26 maio, 2011

Antevisão: Manchester United - Barcelona - final da Liga dos Campeões 2010/2011


Esta é a 11ª final da Champions em que um dos finalistas joga em "casa". Essa vantagem teórica tem sido determinante, pois em sete ocasiões, prevaleceu o "factor-casa", sendo que em 1968, o Manchester conquistou o seu primeiro troféu em Wembley, diante do Benfica. Real Madrid, Milan, Ajax, Liverpool, Juventus e Dortmund foram as restantes equipas que fizeram a festa nas suas nações. Curiosamente, o Barcelona, em 1986, já perdeu uma final em Sevilha, diante do Steaua de Bucareste.


Em dez confrontos entre as duas equipas há um empate técnico: três vitórias para cada lado e quatro empates. No que toca a finais, o Barcelona venceu a última, em 2009, relativa à Champions, enquanto o Manchester United derrotou os catalães em 1991, na Taça das Taças.


Barcelona

Foi debaixo das velhas torres gémeas de Wembley que o Barcelona venceu o seu primeiro título de campeão europeu, em 1992. O reconstruído estádio nacional de Inglaterra volta agora a poder coroar os "azulgrana", numa altura em que estes se preparam para defrontar o Manchester United na repetição da final da Champions League de 2009 entre ambos.

O Barcelona saiu vencedor há duas temporadas e parte ligeiramente como favorito ao triunfo, dado o espantoso, atraente e incisivo futebol de passe e circulação de bola que lhe permitiu marcar 27 golos rumo à final. Depois de encabeçar o Grupo D à frente do FC Copenhaga, os catalães eliminaram o Arsenal e o Shakhtar Donetsk antes de fazerem o mesmo nas meias-finais ao arqui-rival espanhol do Real Madrid.

O treinador Josep Guardiola ganhou a Taça dos Clubes Campeões Europeus em Wembley como jogador em 1992 e espera conseguir guiar o clube ao seu quarto título no recinto. Pode ser a penúltima oportunidade para o fazer, pois desde que renovou contrato com o emblema até 2012, disse que o seu reinado está "mais perto do fim do que do início".

Palmarés nas competições de clubes da UEFA

• Taça dos Clubes Campeões Europeus: 1992, 2006, 2009; (1961), (1986), (1994)
• Taça dos Vencedores das Taças: 1979, 1982, 1989, 1997; (1969), (1991)
• Taça UEFA: 1992, 1997, 2009; (1979), (1982), (1989), (2006)

Palmarés nacional

• Campeonatos: 21
• Taças de Espanha: 25

Presenças anteriores em finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus

6 (venceu 3, perdeu 3)

Ranking de clubes da UEFA

2º (o adversário Manchester United é 1º)

Melhor marcador

Liga: Lionel Messi, 31
Champions League: Lionel Messi 11

Pontos fortes e fracos

O instinto para reter a posse da bola parece estar programado no código genético dum jogador do Barcelona. O clube catalão tem mais vezes a bola em seu poder do que o adversário em todos os jogos, em casa e fora, desde a derrota por 4-1 frente ao Real Madrid, em Maio de 2008. Em termos individuais, o avançado argentino Lionel Messi é, obviamente, a jóia da coroa, com 52 golos apontados esta época, todas as competições incluídas, incluindo 11 em 12 jogos na Liga dos Campeões. No entanto, as preocupações adensam-se quanto à eventual fadiga mental e física da equipa, os efeitos da batalha de quatro meses de Carles Puyol contra uma lesão num joelho e a recente seca de golos de David Villa.

Momento-chave

Por toda a sua criatividade cintilante e capacidade implacável para marcar, a presença do Barça nas meias-finais deve-se muito ao ponta-de-lança Nicklas Bendtner, do Arsenal, que falhou uma ocasião de golo tardia em Camp Nou e que poderia ter afastado os anfitriões há duas eliminatórias. O Arsenal roubou a bola a Adriano no flanco direito, Arshavin passou a Wilshere e este, por sua vez, desmarcou Bendtner no centro do terreno, mas um mau domínio do avançado permitiu a Víctor Valdés agarrar a bola. "Se o Bendtner tivesse dominado melhor, talvez tivéssemos sido eliminados", reflectiu Guardiola.

Herói improvável

Tinha que ser o notável Valdés. Os "blaugrana" pressionam tão alto no terreno que muitas das suas defesas são em lances de um-para-um, nos quais seria de esperar golo por parte do atacante. A concentração do guarda-redes, de 29 anos, também precisa de ser elevada, já que por vezes está uma hora ou mais sem ter muito trabalho – e, depois, subitamente precisa de realizar intervenções em fracções de segundo. Sofreu apenas 16 golos nos últimos 21 jogos da competição e as inúmeras defesas efectuadas nos quartos-de-final irão, provavelmente, causar pesadelos aos avançados do Shakhtar durante os próximos meses.

Forma

Lugar no campeonato: 1º (Últimos cinco jogos: DVEEV)

Equipa dominante em Espanha nas últimas três épocas, o Barcelona pode finalmente estar a pagar o preço por disputar tantos jogos ao mais alto nível e a um ritmo diabólico, com os homens-chave de Guardiola também em destaque nas respectivas selecções. Continuam a dominar a posse de bola, no entanto, parecem ter perdido alguma acutilância na hora de rematar à baliza, enquanto alguma falta de ritmo na defesa também permitiu aos adversários terem mais oportunidades do que é costume. Embora se tivessem sagrado campeões mais uma vez, não o fizeram com a mesma verve e estilo criativo durante grande parte do tempo.

Estatística decisiva

Para além dos 140 golos marcados na presente época em todas as competições, os jogadores do Barça já acertaram nos ferros da baliza por 28 vezes.


Manchester United

O Manchester United percorreu um círculo completo até ao local do primeiro triundo da prova, quando se prepara para defrontar o Barcelona na final da Liga dos Campeões naquela que é a "casa espiritual" do futebol inglês, Wembley.

Foi no antigo Wembley que a formação de Old Trafford escreveu pela primeira vez o seu nome na lista dos campeões europeus de clubes, ao derrotar o Benfica em 1968 e é a Wembley que vai regressar no sábado à procura da desforra do desaire frente aos espanhóis no jogo decisivo da competição em 2009 rumo ao quarto título.

Invicto na competição, o United tem estado muito forte defensivamente na prova, tendo sofrido apenas quatro golos. A turma de Manchester venceu o Grupo C à frente do Valencia, com quatro vitórias e dois empates e superou o Olympique de Marselha nos oitavos-de-final com 2-1 no total das duas mãos, antes de derrotar o rival Chelsea com triunfos em casa e fora nos quartos-de-final e fazer o mesmo ao Schalke 04.

Palmarés nas competições de clubes da UEFA (finalista vencido entre parêntesis)

• Taça dos Clubes Campeões Europeus: 1968, 1999, 2008; (2009)
• Taça dos Vencedores das Taças: 1991
• SuperTaça Europeia: 1991 (2008)

Palmarés nacional

• Campeonato: 19 (2011)
• Taça de Inglaterra: 11 (2004)
• Taça da Liga inglesa: 4 (2010)

Presenças anteriores em finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus

4 (venceu 3, perdeu 1)

Ranking de Clubes da UEFA

1º (o adversário Barcelona é 2º)

Melhor marcador

Liga Inglesa: Dimitar Berbatov, 21
Champions League: Javier Hernández, 4

Pontos fortes e fracos

A caminhada do United na prova tem sido pautada por uma enorme solidez defensiva. Edwin van der Sar, aos 40 anos, continua a mostrar extrema segurança. O holandês vai despedir-se dos relvados neste jogo e tenciona conquistar o seu terceiro troféu na prova, 16 anos depois da primeira conquista ao serviço do Ajax. Esta será a quinta final para o guarda-redes holandês que já venceu uma Liga dos Campeões pelos red devils, frente ao Chelsea. Em caso de vitória torna-se no jogador mais velho a erguer a Taça, batendo a marca de Paolo Maldini, que venceu a Champions pelo Milan em 2007, aos 38 anos.

Rio Ferdinand e Vidic formam uma formidável dupla de centrais. Com apenas 12 golos marcados, o United apresentou o pior ataque entre as quatro equipas presentes nas meias-finais, mas assinou seis contra o Schalke e sublinhou o regresso de Wayne Rooney à boa forma e a impressionante parceria com Hernández, revelação nesta sua época de estreia. A experiência de Ryan Giggs e o ressurgimento de Michael Carrick ajudaram o United a compensar a ausência do lesionado Darren Fletcher, embora as críticas se mantenham quanto à necessidade de ter um médio-centro mais dominador e possível motivo de preocupação dada a força do Barcelona nessa área do terreno.

Momento-chave

O ManUnited deu o mote para o que seria esta sua participação na prova na segunda jornada da fase de grupos, na visita a Valência, quando Hernández saltou do banco para decidir um encontro extremamente equilibrado com um golo ao cair do pano, o primeiro do jovem mexicano na Champions League. Foi um sinal do que estava para vir: antes do embate com o Schalke, seis dos sete triunfos do United tinham sido alcançados pela margem mínima. O campeão da Liga Inglesa chegara à final sofrendo apenas um golo fora de Old Trafford e, com a vasta experiência europeia que possuem, têm um invejável conhecimento no que toca a jogos vitoriosos.

Herói improvável

Poucas vezes mencionado, Ji-Sung Park não é daqueles jogadores que gostem de se colocar à frente dos holofotes, mas foi justamente aclamado após apontar o golo da vitória na partida da segunda mão dos quartos-de-final, com o Chelsea. O golo de Park – o seu primeiro desde Dezembro, quando garantiu o triunfo sobre o Arsenal – sublinhou a sua apetência para actuar a grande altura nos jogos mais importantes do United. Ferguson deixou-o de fora da final em 2008, mas a energia e versatilidade de Park fazem dele um elemento determinante.

Forma

Lugar no campeonato: 1º (últimos cinco jogos: VDVEV)

A formação de Old Trafford confirmou a conquista do seu 19º título a 14 de Maio ao empatar 1-1 no terreno do Blackburn Rovers. Teve ainda mais motivos para festejar, pois permitiu-lhe ultrapassar o recorde de 18 há largos anos fixado pelo Liverpool. O United, que encerrou a sua campanha com um triunfo em casa sobre o Blackpool, por 4-2, mostrou ser especialista durante a Primavera na ponta final da prova, uma vez que ganhou cinco e empatou dois dos derradeiros oito encontros da Liga.

Estatística decisiva

O Manchester United é a primeira equipa na era da Champions League a atingir a final da prova sem ter sofrido qualquer golo fora de casa.

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