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10 outubro, 2010

Sites ilegais de apostas online prejudicam mercado francês

Mercado regulado de apostas em França não é "El Dorado" para operadoras!

O recente mercado regulado de jogo online, em França, não está a atingir as melhores espectactivas dos operadores licenciados. Após dois meses iniciais optimistas, nomeadamente com o grande fluxo que provocou o mundial de futebol, e o arranque intermitente dos principais candidatos ao título da Liga Francesa - que levou as casas de apostas a aumentarem as suas odd´s -, a anàlise comum ao jogador/apostador francês tem que ser considerada moderada, ou seja conservadora.

A ARJEL (autoridade reguladora francesa de jogo online) ainda enfrenta também a problemática dos sites de operadores de jogo ilegais, que segundo as estimativas ainda rondam os 30% a 40% das apostas realizadas.

Desde Junho, altura em que entrou em vigor a legalização dos jogos de azar na Internet, em França, nem todos os operadores têm tido a sua sorte grande. A BetClic, filial da Mangas Gaming, controlado por Stéphane Courbit e pela Société des Bains de Mer, garante o primeiro lugar nas apostas desportivas e a terceira posição no poker (atrás da PokerStars e da Winamax), com 800 mil jogadores franceses registados.

A PMU e a FDJ, casas de apostas francesas, também também apresentam um crescimento desde junho. A PMU, com um aumento de 58% (+ 32% desde janeiro/2010), e com 500 mil clientes até o momento. Com 300 mil clientes, a FDJ tem objectivos mais moderados em relação a junho, embora espere alcançar valores na ordem dos 9 a 10 milhões de euros este ano, um valor que a ser conseguido dobra o de 2009.

Na realidade, o jogo on-line em França não é o “El Dorado” que se esperava por alguns operadores profissionais, isto, após a dinâmica que o mercado estabeleceu após o Mundial de futebol, disse Christophe Blanchard-Dignac, CEO da FDJ.

De acordo com Nicolas Beraud, director-geral da Manga Gaming, o mercado francês ainda é pequeno, rende cerca de 650 milhões de euros de receitas anuais. 200 milhões em apostas desportivas, 250 milhões no poker e 200 milhões para as corridas de cavalos.

O governo lamenta a concorrência ilegal de milhares de sites que operam numa lógica de mercado negro. Apenas trinta licenças foram atribuídas a operadores de jogo e autorizados a oferecer os seus serviços. Dos 51 pedidos de licenciamento, a Arjel concedeu 40 autorizações para as diferentes ofertas: 12 para apostas desportivas, 21 para poker e 7 para apostas de corridas de cavalos.

A consolidação do sector de jogo online em França

O grosso do mercado é composto por essas 30 empresas de jogo on-line. O mercado ilegal ainda representa um grande rombo nas receitas. Ainda existe um caminho a percorrer, mesmo que a luta contra a ilegalidade esteja em execução. A Arjel enviou mais de 50 notificações a sites ilegais. A lei proíbe agora os sites de apostas sem licença de registar novos jogadores.

A concorrência em França é forte, as empresas de apostas sabem disso e colocam o seu esforço na promoção das suas marcas e na qualidade/eficiência dos seus serviços. Num mercado competitivo como o francês, apenas os mais fortes sobrevivem e a consolidação já começou, com a aproximação (fusão) da austríaca Bwin e à PartyGaming.

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05 outubro, 2010

Bwin é a nova patrocinadora da Taça da Liga em Portugal

Bwin sucede à Carlsberg no patrocínio da Taça da Liga Portuguesa de Futebol

A Taça da Liga será designada “bwin Cup” nas próximas três edições!

No decurso de uma conferência de imprensa realizada no Porto, na sede da LPFP, a Bwin, empresa líder mundial de entretenimento online, apresentou um novo patrocínio em Portugal. Num acordo válido para as próximas três edições, a bwin será a patrocinadora da competição Taça da Liga, agora designada “bwin Cup”.

Manfred Bodner, Co-CEO da bwin, fez a seguinte declaração:

É com imenso orgulho que demos mais este passo em frente no fortalecimento da nossa já duradoura ligação à Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Uma colaboração próxima entre os desportos profissionais e os líderes da indústria de jogo online como a bwin irá certamente contribuir para uma garantia de integridade nos desportos e no entretenimento, para ambos consumidores e atletas”.

O recente acordo de patrocínio foi confirmado para as temporadas 2010/2011, 2011/2012 e 2012/2013. Os direitos adquiridos pela bwin incluem a presença do seu logótipo nas camisolas de todos os jogadores participantes na Taça da Liga, além de uma presença reforçada nos estádios dos clubes.

É importante referir que o acordo também inclui acções conjuntas de media, a integração da bwin no website da Liga e o lançamento da página www.bwincup.com. Todos os jogos serão igualmente transmitidos em Bwin para uma audiência global fora de Portugal.

A Taça da Liga é uma competição organizada pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional, realizada pela primeira vez na época futebolística de 2007/2008. Todas as equipas da Primeira Liga de Futebol e da Liga de Honra – disputadas por um total de 16 clubes cada – farão parte desta competição.

Há já alguns anos que a Bwin coopera activamente com a Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Entre 2005 e 2008, foi patrocinadora oficial da primeira divisão da Liga Portuguesa de Futebol, permanecendo sua parceira oficial desde então e até aos dias de hoje.

Nas suas actividades de patrocínio, a bwin sempre se focou em desportos mais populares tais como o futebol, o basquetebol ou os desportos motorizados, não apenas a nível internacional mas também nacional.

A lista de parceiros é extensa: a Bwin é a principal Patrocinadora do Real Madrid, Parceira Global da FIBA e patrocinadora de todos os seus campeonatos Europeus e Mundiais. Além de Parceira habitual do MotoGP desde 2004, detém também o “Title Sponsor” dos circuitos de Jerez (Espanha) e Estoril.

Fonte: Bwin

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25 setembro, 2010

Betfair anuncia entrada na Bolsa de Valores de Londres

Betfair.com prestes a entrar no Mercado de Bolsa de Valores

A Betfair, empresa de apostas desportivas online, anunciou a sua intenção de solicitar a admissão à cotação no segmento premium da lista oficial da UKLA na principal Bolsa de Valores de Londres.

Com 10 anos de existência, a Betfair, é uma das casas de apostas mais consolidadas no mercado europeu, e prepara-se para seguir os passos de outros gigantes das apostas online, nomeadamente a Bwin que está cotada na Bolsa de Valores de Viena, na Àustria. Esta é uma medida que visa sobretudo aumentar a consolidação e confiança das suas marcas junto do cliente.

A administração da Betfair informou que espera que os seus 14 principais accionistas, incluindo os fundadores Andrew Black, Edward Wray e a companhia de telecomunicações japonesa Softbank Corp, ofereçam pelo menos 10 por cento das acções da empresa, e que um grupo com cerca de 600 pequenos accionistas, que representam aproximadamente 25% das acções da companhia, tenham também a opção de vender. A empresa não planeia fazer um novo aumento de capital.

Os britânicos da Betfair contam com um histórico de receitas e rentabilidade sustentada, apresentado grandes oportunidades para garantir o crescimento futuro com base na sua plataforma tecnológica de intercâmbio de apostas online, primeira do género no mercado.

A respeito deste anúncio, David Yu, director executivo da Betfair, disse: "é um passo natural na evolução da empresa". Já Edward Wray, presidente da Betfair, acrescentou: "ao tornar-se uma empresa cotada na Bolsa, a Betfair irá proporcionar maior visibilidade e transparência, o que nos ajudará a consolidar a nossa relação a longo prazo com clientes, órgãos reguladores e parceiros de negócios por todo o mundo".

A Goldman Sachs Group e a Morgan Stanley foram os executores da negociação da operação de entrada em Bolsa. A Betfair, fundada em 2000, tem cerca de três milhões de usuários registrados. Tem também uma participação de 73,5% na Lmax, uma plataforma online de trading financeiro que começará a funcionar em finais deste ano de 2010.

A 30 de abril deste ano, a Betfair apresentou receitas na ordem dos 530,2 milhões de dólares, mais 13% do que em 2009. Os lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, atingiu 53,5 milhões de libras. Em três meses, até 31 de julho, a receita foi de 86 milhões de libras, um aumento de 22% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

A Betfair disse que o maior crescimento do seu negócio deverá resultar da expansão internacional, de mais contéudos desportivos, novos canais de mídia e entrar em mercados com novos produtos, bem como garantir potenciais aquisições. David Yu, disse, que no ano passado, a empresa adquiriu a TVG, uma televisão dos EUA de apostas hípicas (cavalos), o que é um exemplo de uma forte aquisição e garante de um grande centro apoio das nossas operações na América.

Além disso, a Betfair tem uma participação de 50% na Betfair Austrália, uma empresa conjunta que opera intercâmbio de apostas com uma licença australiana.

A Betfair foi nomeada duas vezes Empresa do Ano no Reino Unido pela Confederação da Indústria Britânica e ganhou dois Queen's Awards for Enterprise, sendo reconhecida pela inovação em 2003 e mais recentemente pela Secretaria de Comércio Internacional em 2008.

Actualmente, o Grupo Betfair emprega 2003 pessoas, e outros 143 empregados na Betfair Austrália. O Grupo Betfair tem licenças para operar no Reino Unido, Malta, Itália e Estados Unidos (através da Betfair Austrália), na Austrália.

O mercado de jogos on-line tem crescido fortemente desde o lançamento da Betfair, mas tem sido prejudicado pelas restrições na regulamentação em mercados importantes, como EUA, China e Índia.

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23 setembro, 2010

Itália rendida ao Poker On-line

Italianos adoram jogar Poker Online

Os italianos adoram jogar poker e os números agora conhecidos não deixam dúvidas quanto ao seu jogo favorito. Desde 2008, ano em que surgiu o poker online em Itália, já gerou mais de 4,6 mil milhões de euros.

A evolução do mercado italiano legalizado e regulamentado foi rápido, apesar de terem sido os operadores locais os primeiros a deixar a sua marca no sector. A Gioco Digitale foi a primeira a lançar a sua plataforma de torneios (a única forma permitida de poker na abertura do mercado em Itália) a 2 de setembro de 2008, imediatamente seguida por Microgame. Seguiu-se a Lottomatica e depois a Bwin, sendo este último o primeiro operador internacional a operar no território.

A Snai, Sisal, Cogetech e Eurobet, todas operam na plataforma italiana Playtech, lançada em dezembro de 2008. A PokerStars, embora sem licença italiana (na altura; hoje tem a sua própria plataforma em Itália), era bastante procurada pelos jogadores italianos o que provocou mal-estar dos seus concorrentes, incluindo a Bwin, e a PartyPoker que tinham aderido ao mercado daquele país. Foi em Fevereiro e Maio de 2009, respectivamente que os gregos da Intralot, através de seu acordo com a PartyGaming e BetClick francesa também entraram no mercado.

Em apenas dois anos, o poker online gerou mais de 4.6 mil milhões de euros em apostas, o que torna a forma de jogo mais popular na Itália. O jogo também tem sido uma grande fonte de receitas para os cofres do Estado presidido por Silvio Berlusconi. Só o poker online contribuiu com 1,4 mil milhões de euros em receitas fiscais. Sabe-se também, que o poker é um dos jogos mais lucrativos para os jogadores também.

Mais de 100 milhões de torneios em 2010, com uma média de apostas de 9 milhões de euros por dia.

O montante diário apostado em sites de poker é estimado em mais de 9 milhões de euros durante o inverno, com uma aposta média por jogador de 6 euros, e um pouco menos durante o verão (8 milhões). Os italianos já participaram em mais de 100 milhões de torneios em 2010, em janeiro deste ano, o poker gerou o registro recorde de 288,5M€. Segundo a Agicoscommesse, os piques de tráfego atingem o seu auge ao fim de semana entre 19 horas e as 1 da manhã.

A chegada do 'cash game' (dinheiro real) em 2009 foi realmente causado por um significativo crescimento do poker online na Itália (1,2 mil milhões de euros pela Microgame entre setembro de 2008 e julho de 2010 e de 1,0 mil milhões de euros para a Bwin/Gioco Digitale), enquanto a PokerStars, por causa da sua fama e através de sua máquina de promoção conseguiu tornar-se o número três no mercado italiano desde a sua entrada.

Mas o outro ponto a destacar, é que os primeiros sites a entrar no mercado como a Gioco Digitale, que foi comprada pela Bwin ( por €115 milhões), em setembro de 2009 e a Microgame foram quem mais beneficiaram do sucesso do poker na Itália.

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28 agosto, 2010

Europa regulamenta Jogo Online como forma de encher os cofres

Europa tenta retirar dividendos fiscais com regulamentação do mercado de Jogo Online

A grave crise económica que atravessa a Europa, obrigou os governos dos estados-membros a reduzirem a despesa e controlar os seus défices públicos, através de propostas que implicam grandes sacrificíos de todos nós. Mesmo as severas medidas tomadas, não tem resolvido totalmente o problema, e os politícos europeus tentam agora novas fórmulas de angariação de receitas fiscais.

A contrabalançar com a crise europeia/mundial, o sector de "Jogo Online" cresce a um ritmo ímpar, e alguns dos países de ponta do velho continente (Reino Unido/França/Itália) decidiram criar condições, ou seja, regulamentar as suas leis de jogo, de modo a capitalizar nas suas receitas fiscais. Este modo operandis, tem levado outros governos a avançar para a regulamentação do Jogo Online, embora exista ainda algum cepticismo cauteloso.

Enquanto nos Estados dos Unidos da América, a oposição ao jogo on-Line centrou-se marioritariamente nas preocupações sobre o vício do jogo, os políticos europeus opunham-se por um motivo diferente: com a liberalização do sector, temiam, que prejudicaria os monopólios estatais (lotaria/indústria de jogo tradicional) e os operadores de jogos.

Mas a realidade, é que os jogadores/apostadores estão cada vez mais longe dos tradicionais casinos terrestres, e optam, por sua vez, pelo jogo online na internet através das apostas desportivas, poker, ou jogos de casinos. A verdade, é que muitos dos operadores de jogo online, estão sedeados em locais fora do alcance dos cobradores de impostos (paraísos fiscais). Com o estado débil das finanças públicas, os governos tentam captar este sector/negócio que exerce na economia pararela digital europeia, onde poderá ser regulamentada, e logo tributada.

"O que aconteceu é a realização que não se pode excluir da Internet", disse David Trunkfield, consultor da PricewaterhouseCoopers. "Actualmente as pessoas estão a jogar online. E caso, os governos não regulem a actividade do sector e captem as receitas fiscais inerentes, os jogadores vão sempre acabar por ir para os operadores offshore, onde ai, não existe possibilidade de obter qualquer rendimento fiscal para os cofres do estados".

Em França, onde em 2006 foram presos os principais executivos da Bwin (empresa austríaca de apostas desportivas), quando visitaram aquele país, deu agora, no passado mês de julho/2010, a permissão para que as empresas privadas como a Bwin pudessem operar legalmente, em concorrência com sites de apostas de propriedade pública.

A Dinamarca aprovou, em junho, a legislação de jogo online que autoriza uma mudança semelhante à francesa. A Grécia, tem planos para que dentro de algumas semanas exista a introdução de uma lei legalizando o jogo online, que é actualmente proibido. Outros estados-membros a considerar a liberalização, são a Suíça, Espanha e Alemanha. Todos estão a seguir o exemplo da Grã-Bretanha, que em 2005, tornou-se o primeiro grande país na Europa a conferir respeitabilidade no negócio. Na Itália, é também já uma realidade.

A Europa tornou-se o maior mercado de jogo online do mundo, respondendo por cerca de 14,5 mil milhões de euros, dos 31,3 mil milhões de receita total da indústria, este ano, de acordo com H2 Gambling Capital, uma empresa de consultoria. Se toda esta actividade fosse tributada, os estados potencialmente poderiam arrecadar milhões a cada ano fiscal, embora o montante exacto é difícil de prever, dada a incerteza sobre as taxas de imposto que pode ser aplicada.

A linha de crescimento do "jogo online" contrasta com o estado actual do negócio dos casinos tradicionais em muitos países europeus. Na França, por exemplo, os casinos terrestres sofreram quedas de receita na ordem dos dois dígitos nos últimos anos. Na Grã-Bretanha, os planos megalómanos para a construção de um gigantesco casino ao estilo de Las Vegas, em Manchester, acabaram por não sair do papel.

Noutros mercados gigantes de jogo, como os Estados Unidos e China, as apostas on-line são também amplamente praticadas, apesar de oficialmente banidas. A lei proíbe nos Estados Unidos de se praticar operações financeiras relacionadas com o jogo online, e que foi aprovada em 2006, entrou em vigor este ano.

Ao invés de destacar os potenciais benefícios geradores de receitas, os parlamentares europeus na sua generalidade, citam dois argumentos principais para trazer a abertura/regulamentação da actividade do jogo on-line. Um deles é um desejo de proteger os jogadores problemáticos, regulamentando os sites. A outra, é a pressão da União Europeia (EU), que afirma que alguns estados-membros têm vindo a utilizar as restrições em sites de jogo online como uma forma de proteger os operadores de casinos controlados pelo próprio estado. Menos mencionado é o dinheiro que todo este sector realiza. Muitos analistas dizem que não é por acaso que o novo impulso para a legalização do jogo on-line chegou num momento em que os governos estão sob pressão crescente de encontrarem novas fontes de receitas fiscais.

A França, que começou a permitir às operadoras privadas a oferta de apostas desportivas online a tempo do Campeonato do Mundo de Futebol, anunciou que no primeiro mês, registou mais de 1,2 milhões de novas contas nos sites, gerando movimentos (apostas) num total de 83 milhões de euros. Isso foi quase o dobro do montante apostado legalmente online no período comparável do ano de 2009, quando as apostas estatais eram a única opção. A partir deste mês, esses números devem aumentar ainda mais, dizem os analistas, com o início do poker on-line legalizado, que antes era proibido em terras gaulesas.

O governo francês ainda não informou quanto resultou até ao momento de receitas fiscais com a alteração da Lei de jogo. Mas em Itália, por exemplo, foram recolhidos cerca de 150 milhões de euros em impostos no ano passado, como resultado de uma liberalização parcial do negócio.

Agora, a Itália, que já legalizou apostas desportivas e poker online, cria condições para usufruir ainda mais deste sector, autorizando recentemente a maior rede europeia de poker online, assim como a abertura de casinos pela internet oferecendo jogos como roleta. Analistas dizem que as receitas fiscais podem subir substancialmente.

O governo italiano foi mais audaz do que outros sobre a sua intenção de aumentar as receitas do jogo online, alargando a mais recente legislação para um pacote de angariação de fundos para a região de Abruzzo, que foi atingida por um terremoto no ano passado. A liberalização das regras de jogos online de sorte e azar nem sempre um benefício criado para os governos. No Reino Unido, por exemplo, tem encontrado receitas fiscais evasivas, apesar de ser uma das precursoras.

O problema é que, quando o Reino Unido legalizou o mercado de apostas online, não exigiu aos operadores de jogo a obtenção de uma licença e o pagamento dos impostos no Reino Unido. Muitos sites de Gambling/Jogo Online, de paraísos fiscais como Gibraltar continuaram a servir os jogadores britânicos.

No ano passado, duas grandes empresas britânicas de apostas, a Ladbrokes e William Hill, deslocalizaram as suas operações on-line para Gibraltar, para tirar vantagem dos impostos mais baixos. As empresas que desejam operar legalmente na França, pelo contrário, têm que obter obrigatóriamente uma licença local, respeitar as leis francesas e concordar em pagar impostos franceses. Sites de jogo sem licenças (Unlicensed) continuam a operar em França, também, embora os reguladores já enviaram avisos para uma série de operadores, ameaçando-os com processos, caso não encerrem a sua actividade.

Algumas empresas de Jogo on-line que operavam no mercado em França antes da legislação entrar em vigor, optaram por retirar-se porque consideram ser restrições onerosas. Um desses sites é Betfair, uma das empresas com sede em Londres que permite que os apostadores escolham as suas próprias probabilidades e apostem entre si, ao invés de um bookmaker.

Tim Phillips, director de assuntos públicos europeus da Betfair, disse que a legislação francesa foi injusta para as apostas de intercâmbio, porque são tributadas todas as operações realizadas por um único jogador, ao invés do lucro total. Os usuários de apostas de intercâmbio, por vezes, empregam múltiplas, num único jogo, alguns destes poderiam ganhar, ao perder a "casa", mas sob o sistema francês são tributados em todos os movimentos.

" A nossa visão é que os franceses estão a tentar mudar o nosso modelo de jogo e dizer, 'Nós não queremos esse tipo de apostas," a fim de proteger o negócio", que ainda é controlada pelo Estado, afirmou Phillips. Para as empresas de apostas online que pressionaram os governos europeus a abriram-se ao mercado de apostas na Internet, parece ser um caso cuidadoso", acrescentou.

A Betfair está entre um número de empresas que estão a incitar a Comissão Europeia a definir normas comuns para o jogo online em toda a União Europeia. Dessa forma, os operadores com base num país da União (EU) poderiam servir jogadores noutros 26 estados-membros, como empresas de outras linhas de negócios, como a exemplo, já são frequentemente capazes de fazer. Michel Barnier, comissário (EU) de mercado interno, planeia publicar as propostas sobre a questão até o final do ano, de acordo com o porta-voz, Carmo Dunne.

Até à data, a Comissão Europeia deixa os Estados-Membros fazer as suas próprias regras quanto à regulação/legislação do Jogo Online, em vez de executar acções contra vários países que são considerados como tendo violado as regras da União Europeia contra o proteccionismo, ou seja, conjunto de medidas económicas que favorecem as actividades internas em detrimento da concorrência estrangeira.

Tim Phillips, da Betfair, acrescentou: "uma maior harmonização poderia reforçar a economia europeia, ajudando os operadores de jogo online localizados na Europa a manter a vantagem competitiva em vez de mais empresas apostarem em outras regiões, onde a práctica é ilegal.

"O mercado do jogo online é uma história de sucesso na Europa", disse Phillips. "Este é um negócio em que a Europa lidera o mundo."

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21 agosto, 2010

Portugal prepara Regulação do mercado das Apostas Online

Laurentino Dias e Fernando Gomes anunciaram comissão de trabalho para regular as Apostas Online em Portugal

Depois de praticamente uma década de avanços e recuos, sobre a possível regulamentação das apostas online em Portugal, a secretaria de Estado do Desporto e a Liga Portuguesa de Futebol, através de Laurentino Dias (secretário de Estado do Desporto) e Fernando Gomes (presidente da Liga de Futebol) assumiram o compromisso de trabalharem nesta matéria.

Esta posição do estado português, vem no seguimento das medidas avançadas pela União Europeia (EU) que anunciou o lançamento de uma consulta junto de todas as ligas europeias de futebol no sentido de regular o mercado das apostas desportivas no espaço europeu.

O comissário europeu Michel Barnier, responsável pelo Mercado Interno e Serviços, garantiu às ligas essa preocupação e revelou a necessidade de regular o mercado de apostas, apontado como a principal fonte de receitas das competições.

Desde que assumiu a presidência da Liga, há cerca de dois meses, Fernando Gomes tem mantido contato directo com o Estado, através de reuniões de trabalho com o ministro da Economia, Vieira da Silva, com o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Rui Cunha, com o secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, e agora com Laurentino Dias.

A questão das apostas online merece especial atenção. Nesta matéria é, igualmente, defendida a criação de uma comissão de trabalho, que num prazo de três meses analisará a situação da legislação dos jogos online em Portugal, com base no que acontece nos restantes países europeus.

"Com a criação deste grupo de trabalho está dado o passo necessário para a implementação do jogo online e que os clubes possam tirar um determinado rendimento, em comparação com o que acontece em outros países", frisou Fernando Gomes, lembrando que esta pode ser uma boa fonte de rendimento para os clubes.

Aliás, este anúncio oficial, vem no seguimento do que foi afirmado por Laurentino Dias, a 10 de Fevereiro de 2010, na conferência intitulada - "Apostas Online - Que Regime Jurídico?" - e que contou, com o anterior presidente da Liga de Futebol (Hermínio Loureiro), onde o secretário de Estado do Desporto mostrou-se bastante favorável em encontrar uma solução para ambas as partes (Governo/Desporto/Operadores de jogo) de modo a que regulamentação das Apostas "Online" em Portugal seja uma realidade.

Laurentino Dias especificou ainda que será proposta, pelo grupo de trabalho que envolve as áreas das finanças, do trabalho, da economia e do desporto, uma solução legislativa que tenha presente aquilo que são os objetivos dos jogos sociais e as obrigações dos operadores, quer para o Estado, quer para os organismos de intervenção social ou desportiva.

Da minha parte, e através dos meus artigos publicados sobre as apostas on-line, espero que Portugal encontre consenso sobre esta matéria e siga os melhores exemplos do Reino Unido, França e Itália, que criaram condições para legislar e regular um sector que está em super crescimento na europa e mundo.

Qualquer novidade, sobre este assunto será anunciado no Aposta X.

Poderão consultar todos os artigos sobre regulamentação do Jogo Online, neste link.

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30 julho, 2010

Comissão Europeia quer regular mercado das apostas desportivas


Eu já tinha abordado este assunto (link), mas agora a Comissão Europeia anunciou, em Paris, o lançamento de uma consulta junto de todas as ligas europeias de futebol no sentido de regular o mercado das apostas desportivas no espaço europeu.

Na Assembleia Geral (AG) da Associação das Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL), o comissário europeu Michel Barnier, responsável pelo Mercado Interno e Serviços, garantiu às ligas essa preocupação e revelou a necessidade de regular o mercado de apostas, apontado como a principal fonte de receitas das competições.

A revelação foi feita à Agência Lusa pelo director geral executivo (CEO) da EPFL, o português Emanuel Macedo de Medeiros.

O comissário europeu anunciou que vai lançar um processo de consulta com a participação activa das ligas, tendo em vista a regulação do mercado das apostas no espaço europeu. Esse anúncio foi muito importante para todos, já que essa é a principal fonte de receitas. Este esforço revela também enorme preocupação pela defesa da integridade das competições e verdade desportiva, tal como temos defendido”, disse Emanuel Macedo de Medeiros.

O CEO da EPFL revelou também ter sido transmitido às ligas europeias o plano de actividades até Setembro de 2010, num projecto que pretende dar resposta “a este período de recessão económica que afecta a economia europeia e logo os clubes”.

Queremos proporcionar plataformas para novas oportunidades de negócios com as maiores marcas da indústria do futebol e estabelecemos já uma parceria com a Leaders in Football, os maiores organizadores de eventos do ‘sport business’. E com iniciativas já previstas para Novembro deste ano e Março de 2011”, avançou.

Emanuel Macedo de Medeiros recordou também ter sido discutida a questão da protecção dos direitos de propriedade intelectual das ligas e clubes e garantiu que, a 23 e 24 de Outubro, a EPFL, juntamente com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), vai organizar a segunda edição da jornada europeia contra a fome, em todos os estádios europeus.

Além de tudo isto, destaque ainda para a presença de Jean-François Vilotte, presidente da entidade reguladora francesa de apostas on-line, que apresentou às ligas europeias a nova lei que regulamenta esta questão em França, e do responsável máximo pela Unidade de Desporto da Comissão Europeia, Michal Krejza, que abordou a implementação da especificidade do Desporto no Tratado de Lisboa, que entrou em vigor em Dezembro de 2009”.

A AG contou com a presença de Fernando Gomes, novo presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.(link)

Legalizar apostas é objetivo claro

A protecção dos direitos comerciais das Ligas e a regulação do mercado de apostas desportivas estiveram no topo da agenda, assunto de interesse para o futebol português e para a Liga, uma vez que das 10 prioridades enumeradas pelo Presidente, no seu discurso de Tomada de Posse, a 1ª é “regular o mercado das apostas desportivas com receitas para os clubes que sustentam a possibilidade dessas apostas”, sendo a prioridade nº 2 “potenciar as receitas comerciais e televisivas dos clubes, por via directa ou indirecta”.

A Liga pretende a legalização das apostas desportivas, escolhendo a Santa Casa como parceiro. Fernando Gomes considera que as apostas desportivas são “um mercado que poderá valer cerca de 400 milhões de euros”, falando no exemplo francês, onde a actividade foi recentemente legalizada.

Fonte: Lusa

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29 julho, 2010

Bwin e PartyGaming fundem-se e tornam-se a maior empresa de jogos online do mundo


A Bwin Interactive Entertainment AG (“Bwin”) e a PartyGaming PLC (“PartyGaming”) realizaram uma fusão e formaram uma nova entidade incorporada em Gibraltar e cotada no mercado bolsista ( London Stock Exchange). O acordo de fusão foi assinado pela Bwin e PartyGaming, em 29 de julho de 2010. A nova entidade é propriedade de aproximadamente 48,4% e 51,6% pela PartyGaming e Bwin, respectivamente.

A fusão foi aprovada pelo conselho fiscal da Bwin e a direcção da PartyGaming e apoiado por accionistas de ambas as empresas. Norbert Teufelberger e Jim Ryan vão ser co-CEOs da nova entidade e os cargos de gestão mais importantes serão realizados por pessoas da alta administração de ambas as empresas.

Comentando sobre a fusão projectada, Norbert Teufelberger, co-presidente-executivo da Bwin disse:

Esta combinação de negócios faz grande sentido estratégico, operacional e financeiro. Estaremos na pole position para capitalizar a riqueza de oportunidades que fluem da contínua evolução e expansão da indústria global de jogos online “.

Comentando sobre a fusão projectada, Jim Ryan, executivo da PartyGaming, acrescentou:

Com posições líderes de mercado no poker, apostas desportivas, casino e jogos (bingo, em particular), o Grupo alargado terá uma fórmula vencedora para explorar o crescente mercado de jogos online, apoiado por um forte património, gerando um fluxo de dinheiro significativo e por uma equipa de gestão altamente experiente”.

Em 29 de julho de 2010, a Bwin e a PartyGaming entraram em acordo sobre a aplicação da proposta de fusão. No âmbito do projecto de concentração, os activos e passivos da Bwin serão transferidos para a PartyGaming formando uma sociedade europeia(Sociedade anónima), incorporada em Gibraltar.


Os actuais accionistas da Bwin receberão aproximadamente 51,6% das acções e os actuais accionistas da PartyGaming 48,4% das acções da nova entidade. A proposta de fusão não implica uma oferta pública de aquisição obrigatória (Pflichtangebot) aos accionistas da Bwin sob o austríaco Takeover Act (Übernahmegesetz). Após a conclusão da fusão proposta, as acções da Bwin serão excluídos do mercado bolsista austríaco (Stock Exchange Viena) e as acções da entidade resultante da fusão serão listadas exclusivamente no mercado bolsista do Reino Unido (London Stock Exchange).

A proposta de fusão está sujeita a determinadas condições, que incluem:

■ a aprovação da operação pelos accionistas da Bwin e da PartyGaming em reuniões extraordinárias separadas;

■ a recepção de determinadas autorizações de regulação de defesa da concorrência;

■ a satisfação das necessidades dos trabalhadores aplicáveis à formação de uma Sociedade Europeia.

O conselho de supervisão da Bwin e a direcção da PartyGaming acordaram uma estrutura de gestão equilibrada para o grupo ampliado, aproveitando a força de gestão de ambos os grupos. A direcção do grupo ampliado será liderada por Norbert Teufelberger e Jim Ryan, que serão chefes executivos. Martin Weigold será o Director Financeiro do grupo enquanto Joachim Baca será o Chefe de Operações. Será nomeado um novo e independente, Vice-Presidente Executivo, que se juntará à Direcção do Grupo após a conclusão da fusão.

Excluindo-se o presidente, haverá igualdade de executivos e não executivos na representação dos membros actuais do Conselho de PartyGaming, e da Administração da Bwin. Manfred Bodner (Co-CEO da Bwin) vai passar da Bwin para ser um director executivo no conselho de administração do novo grupo e será envolvido na construção da marca de gestão das estratégias de vendas.

Os principais accionistas de ambas as empresas, Bwin e PartyGaming, comprometeram-se a votar a favor da fusão proposta nas reuniões dos accionistas relevantes “, que são actualmente previstas para ocorrer durante o primeiro trimestre de 2011. A conclusão da fusão proposta deverá ter lugar logo após as reuniões de accionistas.

Fonte: bwin

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19 julho, 2010

Acordo europeu para regulação de Apostas Online em aberto


O Tribunal de Justiça da União Europeia proferiu mais um de entre vários acórdãos recentes sobre a promoção de jogos de fortuna e azar organizados na internet.

O débito jurisprudencial nesta matéria deve-se a um acumular de litigância, com mais de uma dezena de casos pendentes, após as actividades de jogo terem sido excluídas - tal como proposto há época pelos ministros responsáveis pelo desporto - da Directiva Serviços, a célebre Directiva Bolkenstein , ao dar azo a um crescente número de queixas por empresas de apostas desportivas sobre as limitações no acesso aos mercados nacionais. A Comissão viria a instaurar vários processos de infracção contra Estados-Membros (EM) a fim de verificar se as medidas nacionais limitando a oferta transfronteiriça de apostas desportivas online eram compatíveis com as disposições do Tratado.

A jurisprudência do Tribunal tem-se suportado numa linha de interpretação segundo a qual os Estados-Membros têm a faculdade de fixar os objectivos da sua política de jogos e definir o nível de protecção desejado, pelo que podem proibir operadores de oferecerem jogos de fortuna e azar pela internet no seu território, mesmo que se encontrem legalmente estabelecidos noutro Estado-Membro onde forneçam serviços análogos. As restrições devem ser proporcionais e aplicadas de forma não discriminatória de modo a garantir objectivos de ordem pública e social, de protecção dos consumidores, de prevenção de lucros privados através do jogo e de reverter as receitas no financiamento de actividades de relevância social, entre as quais, como se sabe, o desporto. Trata-se, portanto, de reconhecer o jogo como uma actividade económica com uma natureza específica que não pode estar sujeita apenas aos princípios de funcionamento do mercado interno, mas tem de equilibrar princípios de subsidiariedade, solidariedade, precaução, protecção e integridade das competições desportivas, sem que isso signifique, contudo, proteccionismo dos operadores nacionais, camuflando a salvaguarda de receitas públicas, permitindo publicidade agressiva e a introdução de novos jogos, tudo sobre a capa de um monopólio público.

Ora, o Tribunal limita-se a clarificar as soluções regulatórias possíveis à luz do Tratado, mas por mais acórdãos que exare não lhe compete fornecer respostas políticas para uma realidade complexa, como se pode apurar no estudo que a Comissão encomendou sobre o panorama jurídico-económico do jogo nos diversos Estados-Membros da União Europeia. Uma realidade com novos contornos com a expansão da oferta de vários tipos de serviços de jogo e apostas desportivas através de uma plataforma com as particularidades da internet.


O crescimento exponencial do mercado online - com um movimento anual de € 8,3 biliões no ano anterior - tem sido o principal motivo para que mais de metade dos Estados-Membros tenham já iniciado, ou concluído recentemente, a reforma legislativa no sector do jogo, com vista a tentar limitar as operações ilegais, com novos pacotes de medidas. As respostas fornecidas assentam, genericamente, em três modelos: O regime de licenciamento de operadores no país de prestação de serviço com a criação de uma autoridade independente reguladora do mercado, onde o exemplo mais conhecido e estudado foi a reforma do monopólio centenário em França (seguido pela Espanha e Dinamarca). A extensão das licenças dos casinos e salões de jogo ao mercado online, como na Bélgica que seguiu as orientações da OMC . O reforço dos monopólios públicos, através de um único operador público, como ocorreu na Finlândia.

Qualquer destas opções é possível à luz das normas comunitárias. Já o modelo britânico de uma licença única emitida pelo Reino Unido - ou outras jurisdições com políticas fiscais atractivas , como Malta e Gibraltar - válida para todo o território da União Europeia (UE) entra em conflito com a autonomia de cada Estado em estabelecer a sua política de jogo, uma vez que a aplicação do princípio do reconhecimento mútuo se encontra vedada ao sector, e por essa via a harmonização do mercado, conforme pretendem as organizações representantes dos operadores de jogo Online (a EGBA).

Aliás, Malta e o Reino Unido, quer no debate no Parlamento Europeu (PE) sobre o Livro Branco sobre o Desporto, nos aspectos relacionados com a importância do contributo dos jogos sociais no financiamento ao desporto, quer na votação do relatório sobre a integridade dos jogos em linha seguiram uma visão do jogo como uma actividade económica normal, submetida às regras do mercado interno, opondo-se à taxação das actividades de jogo e apostas desportivas no local onde têm lugar. Esta visão liberalizante, ainda que mais comedida, foi também seguida pela anterior comissária para o mercado interno, quando solicitada a pronunciar-se em sede parlamentar.

Ao esbater as fronteiras físicas e legais, através da internet e de outras fontes de acesso remoto, num súbito crescimento no leque de serviços de jogo e apostas transfronteiriças oferecidas, não está apenas em causa a necessidade de uma resposta política para disciplinar um sector em crescimento com um potencial risco de fraude elevado, mas também a alteração de padrões de consumo de jogo, com tudo o que isso implica sobre o funcionamento dos jogos tradicionais (casino, lotarias, máquinas, casas de apostas, etc), em particular os jogos sociais e a contribuição que reverte das suas receitas para o financiamento do desporto.

Deste modo, o principio da subsidiariedade, que garante a cada Estado a autonomia para definir a sua politica de jogo, deve também ser o mesmo que reconhece à União Europeia um papel vital para responder a estes novos problemas de cariz transfronteiriço, os quais não podem claramente se resolvidos a nível nacional/regional. Os Estados-Membros lideram, no âmbito do Conselho, através da implementação de um grupo de trabalho no segundo semestre de 2008, uma estratégia de regulação eficaz e de jogo responsável, clarificando posições comuns em torno de ordenamentos jurídicos nacionais muito diferenciados, com o propósito de definir que elementos devem permanecer na esfera nacional e quais os que requerem uma solução ao nível da União Europeia, bem como o cariz de medidas a aplicar no controlo do jogo remoto. Um primeiro relatório elaborado na presidência francesa sobre o contexto legal e as políticas adoptadas em cada Estado, foi agora actualizado no final da presidência espanhola, abrindo portas a um quadro legal europeu para o sector do jogo e apostas online.

A Comissão, que no passado se recusou a participar neste grupo de trabalho, mantendo-se irredutível em torno dos procedimentos individuais de infracção, compreendeu finalmente o repto lançado pelas iniciativas do Parlamento e do Conselho para alcançar um acordo político sobre o estatuto legal do jogo tradicional e do jogo online na Europa, e anunciou em Estrasburgo, pela voz do seu novo Comissário Michel Barnier 48 horas após ter sido investido em funções, esta prioridade na sua agenda política, comprometendo-se a apresentar no Outono um Livro Verde onde, entre outras, proponha medidas para salvaguardar o financiamento do desporto neste contexto de alteração do mercado de jogos.

Fonte: João Almeida - http://colectividadedesportiva.blogspot.com/2010/07/no-mesmo-dia-em-que-os-holofotes.html

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06 julho, 2010

PMU: Receitas do jogo online em França quadruplicaram após regulamentação


A Pari Mutuel Urbain (PMU), um dos operadores de jogo públicos em França, informou que as suas receitas online quadruplicaram desde a regulamentação do mercado, ocorrido em 9 de Junho de 2010.

Para a PMU, o início da liberalização do mercado de jogo francês, representou um crescimento de 400 por cento com novos clientes no seu site: pmu.fr. correspondente a mais de 9 milhões de visitantes únicos.

Desde então, a Arjel (regulador francês de jogos online) concedeu 23 licenças para dezesseis operadores franceses e estrangeiros, sendo que alguns operadores obtiveram três licenças (Paris Sportifs, Paris Hippiques, Poker.fr), como a PMU ou a BetClic.

Assim, o site pmu.fr registrado em junho, conseguiu mais de 9 milhões de visitantes únicos (+64% em relação a maio de 2010 e + 346% em relação a junho de 2009). A pmu.fr "reforça sua posição como o líder de Paris", afirma Philippe Germond da PMU.

A PMU lançou também um aplicativo (apostas de corridas de cavalo e apostas desportivas) para telemóvel iPhone que gerou um crescimento de mais de 200 por cento.

Quanto à campanha publicitária (TV, imprensa escrita, internet, rádio) para o lançamento do Paris Sportifs, Philippe Germond da PMU diz: "teve um sucesso considerável com o público, suportado por um elevado nível de crescimento do investimento, o que permitiu à PMU atingir uma quota de na ordem dos 23%". A quota de voto é calculada comparando a quantidade de investimento em publicidade de um anunciante no total de todos os anunciantes localizados no mesmo sector de actividade.

                                                     Na foto: Philippe Germond da PMU

Um estudo realizado pelo Instituto de Estudos e Media da Kantar Media, publicado na semana passada, os operadores paris sportifs e Paris Hippiques investiram quase 22 milhões de euros em publicidade entre 8 e 27 de junho.

A PMU não está sozinha neste negócio. Empresas como FDJ (Francaise des Jeux), Bwin, Mangas Gaming, Pokerstars, Partouche and Chili Poker estão também licenciadas e apostam forte em França.

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23 junho, 2010

14 Milhões de euros investidos em França por 6 Casas de Apostas Online


Seis operadores de jogo online, FDJ e PMU na liderança, onde investiram 14 milhões de euros em apenas 12 dias, principalmente no segmento televisivo.

Quase 14 milhões de euros em publicidade foram investidos por seis operadores de jogos online, entre 8 e 20 de junho, de acordo com um estudo divulgado, ontem, pelo Instituto de Estudos e Media da Kantar Media.

Estes são os seis operadores franceses de Jogos Online, a PMU, Bwin, BetClick, Sajoo e Eurosportbet.

Durante este período, o maior orçamento foi gasto pela FDJ (27% de quota de mercado), PMU (24%) e Bwin (20%).

Televisão (63%) receberam a maioria destes orçamentos antes da imprensa escrita (38%) e rádio (7%). O primeiro cartaz de campanhas não foram tidas em conta pela Kantar Media.

"Esse nível de investimento em publicidade, comentou à AFP Eric Trousset, Director da Kantar Media Marketing, recorda apenas quando houve investimento das empresas de telecomunicações móveis, na abertura à concorrência do mercado há quatro anos".

"O Campeonato do Mundo de futebol é, obviamente, um playground ideal" para o lançamento da Paris Sportif e de desportos equestres", a abertura entrou em vigor em 8 de junho para os onze operadores de Jogo Online.


Trousset acha que poderá haver um "declínio" das despesas com publicidade na Paris Sportif após o Campeonato do Mundo (11 junho - 11 julho), mas que o mercado publicitário será revitalizado com a entrada do poker online, programado para o final do mês junho.

Artigo relacionado com esta matéria: Legalização de jogo online em França rende 6,2 M€ em apenas 6 dias (link).

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20 junho, 2010

Grécia quer regular Jogo Online para aliviar dívida


A Grécia como todos sabemos atravessa uma crise económica sem precedentes, estando de momento obrigada a tomar severas medidas, através do rigoroso plano de austeridade desenvolvido pela união europeia.

O apelo à necessidade de arranjar receitas urgentes para diminuir a sua dívida externa, levou a que o governo helénico elabora-se um projecto de regulamentação do jogo online.

Além disso, a maior empresa de apostas na Europa, OPAP (sociedade grega de apostas desportivas), disse na semana passada que poderia reduzir o pagamento de dividendos relativos ao exercício de 2010 para economizar e poder assim expandir as suas operações.

A empresa OPAP, 34% de propriedade estatal, tem vindo a pagar mais de 95% do seu lucro líquido, um dividendo de 1,75 euros por acção em 2009.

"Este ano vamos olhar muito de perto a nossa própria política de dividendos, já que será necessário usar uma grande quantidade de capital próprio, já que estamos pensando em lançar uma série de novas actividades", disse o presidente da OPAP, Haris Stamatopoulos. A OPAP ainda não tomou uma decisão final.

A endividada Grécia, anunciou que vai lançar em breve um projecto de lei para suspender a proibição de máquinas de jogo de baixo custo e as apostas na Internet na tentativa de tentar aumentar as receitas do Estado e fortalecer as finanças públicas.

O governo destinou cerca de 1,3 mil milhões de euros, procedentes das licenças e taxas sobre as apostas para os próximos três anos para pagar parte dos 110 milhões de euros de resgate financiado pelo Fundo Monetário Internacional e a União Europeia.

A OPAP reiterou que iria conceder uma licença para máquinas de jogo, quando o governo lançar uma oferta e disse que também estava conversando com muitos fornecedores de sistemas, incluindo a Intralot, para assegurar a tecnologia necessária antes do lançamento dos jogos pela Internet na Grécia.

A OPAP sofreu uma grande perda de receita devido à concorrência de operadores de jogo online. Embora actualmente ilegais na Grécia, este mercado é estimado entre 3,5 a € 5 mil milhões de euros.

Enquanto vários países europeus encontram mais valias através da legalização do jogo online, Portugal continua sem dar um passo firme nesta matéria. Estamos a falar de grandes quantias monetárias que poderiam ser aplicadas na nossa débil situação económica.

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16 junho, 2010

Legalização de jogo online em França rende 6,2 M€ em apenas 6 dias


Na semana passada, dei conta que a França acabava de alterar a sua lei de jogo (Link) permitindo que algumas das principais casas de apostas online do mundo pudessem operar com plenos direitos e deveres pela legislação gaulesa.

Um semana depois, os média económicos franceses dão relevo que no período de 8 de Junho de 2010 (abertura oficial) até ao dia 13/06, foram investidos 6 milhões e 200 mil euros em publicidade numa primeira estimativa emitida pela Kantar Media.

Aproveitando o impacto do Campeonato do Mundo de Futebol, que está a decorrer na Àfrica do Sul, 192 spots na televisão, 51 inserções na imprensa escrita e 22 spots nas rádios foram transmitidos durante os seis dias pela PMU, a FDJ, Unibet, Bwin, e Eurosportbet Sajoo.

A Bwin destaca-se das demais (1/4 do PDM), com um orçamento de 1.600.000 de euros, seguido pela PMU (quota de mercado de 23,4% e 1,5 M € investidos). Em terceiro vem a
FDJ (22,8% de quota de mercado e 1,4 M €). A Sajoo por sua vez passou 1.000.000 €, a Betclic (388,5k€) e a Eurosportbet 329 mil euros.

Paralelamente, a Arjel (regulador francês) investiu 390 mil euros na sua campanha de prevenção contra o vício do jogo na imprensa e rádio.

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09 junho, 2010

Bwin conquista licença para operar em França


França regula o mercado das Apostas online e permite que a Bwin tenha licença para operar a tempo do Mundial de Futebol 2010, com apostas desportivas e poker.

Pelo seu pioneirismo, foi concedida à bwin, empresa líder mundial de entretenimento online, licença para operar em França. Emitida pelo regulador francês ARJEL, a licença permite que a filial bwin Entertainment Services (BES SAS), em França, ofereça aos seus clientes apostas desportivas online a partir de amanhã, dia 9 de Junho de 2010.

Com a obtenção desta licença, todos os requisitos para garantir o lançamento atempado de actividade antes do Campeonato Mundial de Futebol foram cumpridos.

Estávamos confiantes de que teríamos o mercado francês regulamentado antes do arranque do Mundial da África do Sul. Com a obtenção da licença, ultrapassámos o nosso maior obstáculo“ afirma Norbert Teufelberger, Co-CEO da bwin Interactive AG Entertainment. Os preparativos para o lançamento de Bwin.fr estão finalizados.

Juntamente com a licença de apostas desportivas, à B.E.S. SAS foi também concedida uma licença de poker. Essa licença será válida assim que as condições jurídicas necessárias estiverem reunidas em França. Assim, o poker "real-money” irá estar disponível em http://www.bwin.fr/ a partir do final de Junho.

Lei: um importante primeiro passo

Estamos satisfeitos que, após a Itália, outro país tenha seguido o pedido de um mercado regulado de forma clara e transparente. A presente lei é um grande primeiro passo. Há ainda mais algum caminho a percorrer na direcção do estabelecimento das condições legais que justifiquem a concorrência leal em França. Nós estaremos a trabalhar permanentemente em estreita colaboração com as autoridades francesas de modo a obter estes desenvolvimentos “, afirma Norbert Teufelberger.

Joint venture SAjOO também obtém licenças para apostas desportivas e poker

Não há nada que detenha a sajoo.fr nos próximos dias. Para a SAjOO, uma joint venture entre a bwin e o grupo de media francês Éditions Philippe Amaury (Amaury Group), foi também emitida uma licença pelo regulador francês. “Com a nossa estratégia de dual-brand, a bwin assumirá um papel de liderança no mercado francês de jogo online recentemente regulamentado”, acrescenta Norbert Teufelberger.


Com a lei aprovada no mês passado, a liberalização agora do jogo em França, termina com um monopólio de 471 anos por um decreto do rei Francisco I em 1539. Desde então, o jogo estava sob a autoridade do Estado, que delegou o seu monopólio aos casinos, à lotaria nacional e corridas de cavalos a PMU.

Conheça as operadoras (casas de apostas) que garantiram licença em França:

Bwin/Amaury Groupe (Sajoo.fr): poker, sports – fixed odds and pool betting.
BES SAS (Bwin’s French subsidiary: Bwin.fr): poker, sports – fixed odds and pool betting.
BetClic (BetClic.fr): pari-mutuel horse race betting, poker, sports– fixed odds and pool betting.
Beturf (Groupe Paris Turf): pari-mutuel horse race betting.
EverestPoker (EverestPoker.fr): poker.
France Pari (France-Pari.fr): sports – pool betting.
La Française des Jeux (ParionsWeb.fr): sports – fixed odds and pool betting.
Iliad Gaming/ChiliGaming (Chilipari.fr): sports – fixed odds and pool betting
Pari Mutuel Urbain (Pmu.fr): poker, sports – fixed odds and pool betting.
SPS Betting (Eurosportbet.fr): poker, sports – fixed odds and pool betting.
Table 14 (Winamax.fr) : poker.

Fonte: Bwin

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08 junho, 2010

Jogo Online: EGBA reage ao caso holandês que envolve Betfair/Ladbrokes


Vou voltar a trazer um assunto bem pertinente (Jogo/Apostas Online) que tem dado passos muito significativos em vários países na europa, no que se relaciona com a regulamentação da indústria perante as legislação local.

Alguns dos países de "ponta" da europa encontraram uma solução dentro de um quadro legal de modo a que as principais casas de apostas pudessem operar e competir livremente (com os seus direitos e deveres) entre si. A exemplo, Inglaterra, Itália, França e brevemente Espanha, estão já num patamar acima nesta matéria em relação a Portugal (apenas uma licença) ou Holanda (nem isso).

Aliás na Holanda, na semana passada, o tribunal local diferiu no processo instaurado contra os operadores de apostas Betfair/Ladbrokes pelo governo holandês proferindo que os Estados-Membros tinham o direito de bloquear os operadores privados por motivos de protecção da população contra o crime e dependência no jogo. Eles fizeram isso, apesar de não haver absolutamente nenhuma evidência que prove que um mercado aberto de jogos online (casas de apostas) regulamentadas contribuem para taxas mais elevadas de vício e crime que uma loja convencional (ou melhor, fechada).


Seria importante salientar que os jogos na Internet são uma realidade europeia e mundial. As pessoas fazem isso, independentemente do que é dito pelo legislador/país local. E se este não oferecer uma oferta competitiva real, as pessoas/jogadores tentam em outro lugar e não estão protegidas em tudo (em países como a Alemanha, onde é proibido, não há quase nenhuma redução no jogo online, as pessoas jogam fora do país através dos diversos sits na net).

Considerando que em Itália, com a recente regulamentação das Apostas online, o mercado negro reduziu para mais de metade em relação a 2009.

Entretanto a EGBA (European Gaming & Betting Association) reagiu em comunicado à situação holandesa. (em baixo, as três fotos sequenciais com o texto em inglês.)




Fotos: EGBA

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14 abril, 2010

Bwin apresentou novo Sistema de Transmissão Televisiva Interactiva


A Bwin lançou um novo sistema de transmissão televisivas interactivo designado “Sheeva”, que combina vídeos em directo com plataformas de redes sociais e sistemas de mensagens rápidas, integrando também simultaneamente dados em tempo real das apostas com cobertura da Bwin.

Revelado na Associação Americana de Radiodifusão (NAB) esta semana em Las Vegas, o Sheeva foi concebido como um sistema altamente flexível capaz de transmitir vídeos em tempo real via satélite, Internet e TV móvel através de um único meio de produção.

O Sheeva usa linguagem de programação gráfica e um Framework de áudio, vídeo e tecnologia Web. Além disso, a iluminação e a tecnologia de som podem ser controladas por apenas uma pessoa, o que minimiza o equipamento e custos necessários. No fundo, todas as apostas transaccionadas são processas pelo sistema de contas nele existente.

A Bwin deu o exemplo dos jogos de futebol que podem ser transmitidos televisivamente, reforçados com a oferta de apostas da empresa e um chat em formato Skype controlado por moderadores.

Thomas Fürstner, Director do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Bwin, explica: “O que nós fazemos é transformar todo o tipo de comunicação e redes sociais na Internet em sinal de vídeo, que então trazemos via Satélite em qualidade HD para os telefones móveis dos nossos clientes, como um vídeo em formato flash pela a Internet ou através de sinal digita por via terrestre.”

Para isso, confiamos na tecnologia de imagem Quartz da Apple, Quicktime e Just Live, da empresa austríaca ToolsOnAir, especialista em transmissões televisivas. O Just Live converte dados em tempo real para gráficos num formato ajustável à televisão e Internet”, acrescentou.

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