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21 dezembro, 2010

Karin Klein da Bwin: "Proibir o jogo é incentivar o crescimento do jogo ilegal"


A Bwin, empresa austríaca de jogo online tem sido ao longo dos anos uma das maiores impulsionadores da legalização e regulamentação da indústria pelos diversos países europeus. Apologistas de um mercado concorrencial, têm ditado algumas das principais directrizes do sector no sentido de clarificar regras, ideais e comportamentos associados ao modelo de jogo.

Em Espanha, o jornal CincoDías entrevistou Karin Klein, directora de Compliance e regulamentação da Bwin, no sentido de exprimir as suas ideias quanto ao novo projecto de lei que regulará o mercado em terras espanholas.

Segue-se a entrevista.

- Como analisa o mais recente projecto de lei de jogo em Espanha?

- Estamos convencidos de que um dos pilares de uma regulamentação justa e competitiva é a inclusão na mesma de todos os produtos/segmentos de jogo. No entanto, não se deve negligenciar uma adequada tributação para o jogo na internet, factor essencial para uma regulação justa e competitiva e isso preocupa-nos , tendo em conta o imposto previsto no projecto final publicado pela imprensa.

- É negativo para o consumidor diferenciar as apostas com taxas diferentes?

- Aplicar diferentes cargas fiscais sobre os diferentes tipos de produtos seria totalmente contraproducente para os consumidores. Embora existam diferentes produtos de apostas desportivas é de vital importância compreender que o consumidor não encontra diferença entre elas. O consumidor apenas vê apostas desportivas e tributar um tipo de produto em relação a outro causaria uma distorção no mercado.

- Que aspectos deve contemplar o projecto de lei que nos dias de hoje não está incluído?

- De momento é difícil avaliar com exactidão o projecto completo, porque publicaram-se vários nos últimos meses. No último já apareceu definido o modelo de tributação, e que nos mereceu a nossa preocupação. Além disso, não se deve esquecer que ainda não realizou uma consulta pública com as operadoras, facto que consideramos absolutamente necessário para proceder a uma regulação justa.

- Com as actuais características do projecto, terá a Bwin uma filial em Espanha?

- A exigência de que os operadores tenham obrigatoriedade de ter estabelecimento com Sede permanente em Espanha, como apareceu na primeira versão publicada pela imprensa e ainda assim eliminada na segunda, é na nossa opinião contrária ao direito comunitário e do princípio da liberdade de estabelecimento, porque a lei comunitária permite criar um estabecimento num Estado-Membro e desenvolver o seu negócio em outro.

- O que aconteceria se os operadores de jogo online não se estabelecessem em Espanha?

- Na Internet a oferta de jogo está simplesmente à distância de um clique, independentemente de onde se encontra o jogador. Uma proibição total do jogo, desenvolveria a criação de um enorme mercado negro internacional, onde os consumidores não estão protegidos e o dinheiro saíria para fora do país. Uma regulamentação com uma tributação muita elevada para o jogo online apenas vai incentivar o crescimento do mercado negro e seria contraproducente, para não mencionar a redução do investimento em publicidade ou patrocínios.

- Outros países europeus já regulamentaram o sector. Em sua opinião, qual é a lei mais adequada?

- Para desenvolver uma legislação eficiente no jogo online é essencial por uma lado regular todos os produtos/segmentos e, por outro, estabelecer uma carga tributária razoável, que poderia ser na ordem dos 10% a 20% sobre o valor apostado menos os montantes pagos em prémios. Por exemplo, nas apostas fechadas cerca de 90% a 92% do montante é devolvido em prémios para os jogadores e o operador fica com os 8%, que deve abranger todas as suas despesas. Por exemplo, em França, o imposto é de 8% do volume de negócios e assim, nenhuma empresa pode operar de forma lucrativa.

Bwin não tem interesse na licitação de 30% da LAE (Loterías y Apuestas del Estado)

Desde que foi publicada a intenção do Governo em privatizar 30% da Lotaria e Apostas do Estado (LAE) foi associado o nome da Bwin como um dos possíveis candidatos. Mas actualmente, nada está mais longe da verdade. "A Bwin continua apenas concentrada nos seus produtos no mercado on-line em países abrangidos pela regulamentação, por isso neste momento não está interessado em uma aquisição deste tipo", diz Karin Klein.

A responsável pela pasta da regulamentação do grupo de apostas com sede em Viena reconhece que a privatização "é uma grande notícia para o sector. Além disso, Karin Klein esclarece que a Bwin "não pode entrar em avaliações das possíveis consequências de uma privatização da LAE para o mercado espanhol". "Agora, a Bwin concentra todos os seus esforços no acompanhamento do processo de regulamentação, que espero venha a resultar num regulamento que protega os interesses dos consumidores, além de compreender a natureza do canal da Internet para finalmente trazer para os cofres do Estado os impostos derivados desta "actividade económica", explica Klein para tentar reforçar o peso dos operadores online nas negociações que devem dar luz à uma nova lei de jogo em Espanha.

Se as previsões do sector estiverem correctas, a nova lei de jogo poderá estar finalizada em 2011. Segundo Karin Klein, a lei deverá levar em conta o âmbito transfronteiriço do jogo online. "Uma abordagem puramente nacional é insuficiente para resolver a questão dos jogos de sorte ou azar na internet." "A indústria online não conhece fronteiras", realça a responsável da Bwin.

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30 novembro, 2010

Rumor: Taxa de tributação de 35% em Espanha para o sector de jogos online


O blogue de Laura Guillot, especialista espanhola em matérias relacionadas com a actividade de regulamentação do jogo online, manifesta sérias preocupações com o rumor de uma possível aplicação de uma Taxa de 35 por cento sobre a nova indústria legalizada de jogos na internet.

A Espanha, que prepara a sua reforma no sector de jogos, atravessa ainda algumas questões quanto ao seu modelo definitivo. Certo, ao que parece, é que o governo do país vizinho vai seguir o exemplo da regulamentação francesa, que por sinal, apresenta algumas divergências no capítulo tributário. A debandada de muitas empresas estrangeiras motivada pelos altos encargos fiscais, e o IVA aplicado jogadores (vencedores das apostas) tem deixado indústria e clientes de cabelos em pé! Apenas a exemplo, os impostos em França na matéria de jogos online são 10 vezes superiores aos praticados na Itália ou Reino Unido.

Vale a pena ler o post no blog de Laura Guillot, que explica sobre este e outros pontos, o desenvolvimento da regulamentação online em Espanha.

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19 novembro, 2010

Estado de New Jersey na dianteira para legalizar apostas na internet nos EUA

Estado de New Jersey na pole position para legalizar apostas online

O Estado de New Jersey, nos Estados Unidos da América, colocou-se na linha da frente quanto ao assunto da regulamentação das apostas online ao aprovar por maioria no seu Senado a proposta S490 que visa estabelecer um órgão regulador para monitorizar todas as actividades de jogos de sorte ou azar e casinos online.

Para quem não sabe, um dos grandes pólos da indústria jogo, hóteis e casinos situa-se em Atlantic City, no Estado de New Jersey, que a par de Las Vegas, no estado do Nevada, são das maiores das maiores atrações turísticas dos EUA e do mundo.

Durante meses, muitos estados americanos têm explorado a possibilidade de legalizar o jogo, para ajudar a contrariar a recessão mundial. Muito tempo passou desde do início do debate, mas o estado de New Jersey decidiu finalmente aprovar (com 29 votos a favor e 5 contra) uma proposta de jogo na internet, no que poderá ser o primeiro Estado americano a regulamentar a actividade no país.

A proposta S490, da autoria do senador Ray Lesniak, necessita agora de aprovação da Assembleia de NY e da assinatura do governador Chris Christie, para que passe a lei oficial. O objectivo destas propostas é revitalizar o sector dos casinos e possibilitar a entrada do segmento de jogos online, na vertente do poker e apostas desportivas online.

Para o avanço desta medida, contribuiu a diminuição drástica das receitas nos últimos anos, a partir de jogos de sorte e azar no Estado de Nova Jersey por culpa da concorrência dos países vizinhos (Canadá/região do Caribe) e operadores internacionais. Com todas estas quebras no sector, o senador Lesniak Ray foi pressionado a criar uma lei para regulamentar o jogo online, incluindo poker e receber desta forma os milhões de dólares gerados por este mercado.

A Lei a ser aprovada na sua generalidade, será limitada aos cidadãos do estado de New Jersey não podendo a lei federal (Washington) interferir nos seus limites geográficos.

Estima-se, que aprovada a Lei, o estado de New Jersey receba anualmente 50 milhões de dólares por parte das empresas de jogos on-line. A ideia, segundo palavras do senador, será converter Nova Jersey, na Meca dos jogos de de sorte e azar online e tornar-se o primeiro estado dos EUA a ter uma regulamentação internacional de apostas pela internet.

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16 novembro, 2010

Possível regulação do Jogo Online nos EUA em debate no Congresso americano

EUA discutem assunto da regulamentação do Jogo Online

Há pouco tempo, dei aqui no aposta x, um ponto de situação do actual momento politíco acerca da possível regulamentação do jogo online nos Estados Unidos da América. Agora chegou o tempo de decisões, e o Congresso em Washington prepara durante as duas próximas semanas a discussão para aprovar ou não a legalização do jogo na internet.

Muita tinta tem corrido nos jornais americanos, os prós que encontram na alteração da lei de jogo uma oportunidade de crescimento económico, e os contras, que atacam sobretudo a questão do vicio inerente ao jogo.

As leis em vigor nos EUA quanto aos jogos de sorte e azar na internet são largamente parte da autoria de George W. Bush, que assinou em 2006 a lei UIGEA (Unlawful Internet Gambling Enforcement Act). O congresso, na altura com um maioria republicana, aprovou a lei proibindo todo o tipo de apostas online nos EUA.

Agora, os democratas liderados por Barney Frank, podem fazer exactamente a mesma coisa, já que no próximo ano, os republicanos voltarão a ter maioria no Congresso. Se a legislação não for aprovada agora, provavelmente deverá ser iniciada novamente no Senado em 2011. Correm os rumores em Washington, que os primeiros temas a serem discutidos nas primeiras sessões estão relacionadas com os cortes nos impostos e posições de liderança para o próximo ano.

À medida em que caminhamos para o final de 2010, é de interesse que os democratas avancem para o debate da legislação do Jogo Online e particularmente o segmento de apostas online, isto porque o deputado Barney Frank sabe perfeitamente, que com a maioria republicana a partir de Janeiro de 2011, a hipotese da lei passar, é praticamente nula.

Barney Frank disse recentemente que não pensa que a regulamentação aconteça em 2010, embora, não deixe de lado uma mudança de última hora. Mas uma mudança de última hora é sempre possível. Caso a legislação não seja aprovada muito brevemente, serão os jogadores de poker online os grandes perdedores, já que estes contam com milhões de usuários que recorrem a operadoras estrangeiras.

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24 outubro, 2010

Espanha aponta para 2011 abertura do mercado legal de apostas online

Espanha tem no horizonte abertura do mercado de jogo online em finais de 2011

Como disse a meio da semana, a nossa vizinha Espanha está em negociações para a criação de um quadro legal e regulamentado para o sector das apostas online. Muitas reuniões estão em curso, e vários intervenientes, entre os quais, governo, Loterías y Apuestas del Estado (LAE) e respectivas comunidades autónomas tentam chegar a um concenso em torno de modelo (principalmente tributário) que agrade a todas as partes.

Mas a grande novidade do dia, acaba por chegar de Copenhaga, na Dinamarca, onde decorre a Conferência European iGaming Congress (EiG), onde estão reunidos grande parte dos líderes da Indústria de jogo, e onde, o Director da Apuestas del Estado (semelhante à nossa Jogos Santa Casa) Juan Carlos Alfonso Rubio, disse que, os operadores de jogo on-line poderão ser licenciadas e estar em funcionamento até ao final do próximo ano (2011) ou mais tardar no início de 2012.

Esta informação foi vinculada pelo site GamblingCompliance, num artigo chamado: “Spain Eyes 2011 Online Gambling Launch”.

Citando a mesma fonte, Alfonso Rubio (LAE) afirmou que a regulamentação das apostas online poderiam ser aprovadas antes do Verão de 2011, e que, os operadores de jogo online que operam em Espanha, poderiam obter o primeiro certificado no final do próximo ano ou no início de 2012.

Juan Carlos Alfonso confirmou também a conceder licenças para exploração de apostas desportivas e licenças conjuntas para poker e jogos de casino online.

Representantes da LAE, incluindo Juan Carlos Alfonso, e representantes do Ministério das Finanças realizaram sua primeira reunião formal com as autoridades fiscais das comunidades autónomas no dia 21 de Outubro, poucas semanas depois de o Governo anunciar que tinha desenvolvido um projecto de lei sobre apostas na Internet.

Juan Carlos Alfonso, que na Conferência na Dinamarca, esteve na companhia das entidades reguladoras de jogo de Itália (AAMS) e de França (ARJEL), disse que a Espanha poderia beneficiar com as experiências de ambos os mercados, recentemente legalizados/regulados, na elaboração do novo regulamento, que inclui a tributação em curso, que até agora tem sido um dos temas que mais gera polémica e divisão no processo jurídico espanhol.

O Director de Coordenação da LAE decidiu recusar a ideia de aplicar uma taxa de 10% nas receitas brutas de jogo, proposto por algumas autoridades regionais, por considerar ser um imposto muito baixo. Em contraste, a abordagem actual para apostas desportivas online, está a pagar um imposto sobre o volume de negócios, como na Itália e na França, mas insistiu que não seria tão alto quanto o dos seus vizinhos franceses.

Quem não gostou nada da ideia, foram as empresas espanholas de apostas online e tradicionais (casinos, etc) que de imediato exerceram pressão sobre os níveis de tributação, logo que o governo anunciou, há um mês, os seus planos para o licenciamento e regulação do mercado de apostas online.

Sobre este assunto, Juan Carlos Alfonso Rubio disse: "O factor mais importante quando se trata de impostos são as regiões autónomas, e não as opiniões dos operadores".

No entanto, e uma vez que seja alcançado um acordo com as autoridades regionais, serão consultados os operadores nacionais e estrangeiros sobre o projecto de lei do jogo on-line, bem como as taxas e impostos.

Por sua parte, o advogado Santiago Asensi, que participou como orador na Conferência, e que sempre questionou a falta de transparência no processo de reforma no jogo espanhol, saudou, desta vez, o anúncio feito por Juan Carlos Alfonso Rubio e disse: "É muito positivo falar neste momento sobre os passos para a abertura do mercado espanhol".

Espero trazer-vos brevemente novidades sobre o assunto da regulação espanhola.

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18 outubro, 2010

Espanha acelera projecto de regulação de Jogo Online


A Espanha, é um dos países da União Europeia que vai regulamentar brevemente a sector do jogo/apostas online. Desde o processo de intenções, até o presente momento, houve muitas discussões, nomeadamente, a nível do modelo tributário a colocar em prática pelo estado e as 17 comunidades autónomas.

A percentagem sobre os lucros que as empresas de apostas online terão de pagar ao estado espanhol; os trâmites legais de protecção dos consumidores; as regras de mercado para que as empresas possam competir em igualdade de condições, são condições imperiais.

Com o início das conversações entre o estado espanhol e as autoridades regionais, pretende-se acelerar as reformas de jogo on-line e apresentar um projecto final de lei ao parlamento até final do ano. Por agora, o Ministério das Finanças apresentou às autoridades fiscais regionais um projecto completo com incidência no jogo online, com taxas de imposto proposto.

Quando os Ministros anunciaram, no passado mês de Setembro, que o Gabinete havia aprovado os planos para licenciar e regulamentar o sector de jogo online, foi deixado claro que os governos regionais, que actualmente regulam a maioria das formas de jogo, receberiam a maior parte das receitas fiscais.

Após muitos intraves e tempo perdido, alguns advogados locais disseram que as reformas estavam finalmente a avançar e previram que a legislação poderia ser aprovada até ao Verão do próximo ano. O Orçamento de Estado espanhol para 2011 vai ser peça-chave para a reforma, já que irá separar o jogo do monopólio estatal Loterías y Apuestas del Estado (LAE) em várias entidades reguladoras e operadores licenciados.

Um membro da Loterías y Apuestas del Estado (LAE), presente na reunião, disse a uma fonte de comunicação, que a Espanha queria iniciar rapidamente a nova legislação e que poderia ter o projecto final antes do final de 2010. Depois de dois anos de avanços e recuos, a LAE quer ver terminado este processo e garantir a confiança às empresas europeias no compromisso com a reforma do mercado.

A LAE, tem sido acusada de morosidade no processo de legislação de jogo, tendo também grandes responsabilidades nos novos regulamentos. Antes destas recentes movimentações pela regulamentação, a LAE, unicamente mostrou uma apresentação em PowerPoint, em Janeiro, com planos vagos para dividir-se em unidades regulamentares e exploração.

Sanitago Asensi, especialista do sector e sócio da empresa espanhola Asensi Abogados, saudou os progressos rápidos, mas disse que a falta de um processo transparente foi preocupante. "O processo ignora completamente as empresas europeias, as quais poderiam dar uma ajuda neste processo, e aumentaria pontos válidos, sem necessariamente seguir o seu próprio interesse.", disse Asensi.

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25 julho, 2010

Regulação do Jogo Online: Oportunidade de mais-valias económicas? Governos repensam...


O Jogo on-line (Online gambling) está a ter um crescimento exponencial e todos os sinais estão aí para este sector que se prevê em alta ao longo dos próximos anos. Isto é particularmente relevante na Europa, onde os governos nacionais estão a tentar capturar as receitas fiscais na regulação do mercado de jogo-online.

Um relatório recente da KPMG, intitulado "Jogo Online": Uma aposta ou uma aposta certa? - indicam que os governos nacionais que precisam de dinheiro podem considerar a flexibilização das regras actuais de jogos online e restrições, a fim de fornecer um impulso tão necessário para as suas economias.

Números divulgados em fevereiro pelo Conselho Nacional do Reino Unido (UK National Gamers Survey) revelou que jogadores britânicos gastaram 280 milhões de euros a jogar online em 2009. Estudos semelhantes realizados em outros países revelaram que os jogadores franceses gastaram 220 milhões euros e os alemães 440 milhões no mesmo período.

Um outro levantamento, realizado pela TNS (estudos de mercado), estimou, que existem 13,3 milhões de britânicos a jogar em vários portais de jogo no Reino Unido, onde segundo apurado gastaram 170 milhões de euros em jogos para telemóveis em 2009.

Estes números confirmam o crescimento impressionante que este sector tem vindo a registar ao longo dos últimos meses, e que promete resultados ainda mais acentuados. Baseando-se num estudo recente do Deutsche Bank, a regulação, a penetração e a evolução da banda larga são três das principais razões para este aumento esperado do jogo online em todos os seus segmentos.

Este mesmo relatório do Deutsche Bank afirma que a penetração no mercado de jogos online deverá chegar a 9 por cento em 2012. Com o mercado mundial de jogo on-line a registar um crescimento de 23 por cento desde 2001 e com o acentuado número de utilizadores de banda larga, prevê-se que em 2012, deverá chegar a 750 milhões (acima de 481 milhões em 2008). Juntamente com a regulamentação do jogo online crescente em todo o mundo, essas previsões parecem ser muito viáveis.

Perder oportunidades

Além das evidentes perspectivas de negócio para as operadoras de jogo, a ausência de regulação do mercado de jogo online poderá significar que os governos nacionais estão a encarar uma oportunidade em falta nas suas captações de receitas fiscais. Como tal, muitos desses governos estão silenciosamente a repensar a sua oposição ao jogo online.

Por exemplo, o imposto sobre o jogo poderia aumentar exponencialmente a circulação de dinheiro para os países. Enquanto muitas das empresas/companhias (que detém o monopólio local) viram costas ao jogo on-line sob um ponto de vista da responsabilidade social, poderão esperar-se mudanças nestas sensibilidades, com uma abordagem robusta na regulamentação por parte dos governos e mais abertos a explorar essas oportunidades, mantendo sempre a responsabilidade social na vanguarda do que já se faz.


Outros mercados (E.U.A.)

A 13 de outubro de 2006, o presidente George W. Bush assinou a lei UIGEA (Unlawful Internet Gambling Enforcement Act), que praticamente bloqueava o jogo online dentro dos Estados Unidos da América. Este acto custou perdas imediatas aos operadores de jogo no valor de biliões de dólares e teve um impacto negativo sobre a indústria de jogo online. No entanto, em novembro de 2009, a Reserva Federal dos EUA anunciou que a execução fora adiada por seis meses, para 1 de junho de 2010. Projectos de lei para regular e impostos de jogo online foram também introduzidos, o que sugere previsíveis revisões e debate político da lei de 2006.

A questão de se legalizar ou não, o jogo online nos Estados Unidos da América é um tema quente, não só internamente, mas também em outros países do mundo. Há um contraste acentuado entre os países da União Europeia e os E.U.A. com a adopção de uma posição diferente. Os europeus mais receptivos, enquanto os EUA nem tanto.

Muitos países europeus têm reconhecido as inúmeras vantagens de quem joga legalmente na internet. Por exemplo, a legalização significa que os padrões da indústria cumpram plenamente na segurança, jogo responsável, protecção de menores, combate a fraudes e publicidade justa e não-enganosa, no sentido da defesa dos consumidores.

Aliás num estudo que está em fase de conclusão, sobre os comportamentos de jogo online. Ao contrário do que se supunha, as primeiras análises evidenciam que o jogo online não representa uma maior perigosidade do que o “jogo tradicional”, pelo facto de ser de fácil acesso através da Internet. Por outro lado, uma das principais vantagens dos jogos online, consiste na capacidade de monitorização e de controlo total desta actividade, que só é possível uma vez que é obrigatória a identificação dos jogadores, existindo um completo registo das suas movimentações.

Além disso, aqueles que argumentam a favor das apostas online dizem que as pessoas vão continuar a jogar na internet, independentemente de estar ou não proibido. O congressista americano Barney Frank lidera a luta para levantar a lei (Unlawful Internet Gambling Enforcement Act) como acredita que essa proibição é uma afronta à liberdade pessoal.

O mercado de jogo online é certamente um assunto do momento e independentemente de qual direcção que os E.U.A ou outros países europeus tomarem, uma coisa é certa: terá que haver consenso e não se pode fechar os olhos a uma realidade que está fortemente implantada nas sociedades.

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