19 junho, 2011

Nuno Gomes: Fim da aventura Benfica


A saída de Nuno Gomes do Benfica colocou fim a uma ligação de 12 anos de àguia ao peito. No total fez 166 golos e conquistou sete títulos com a camisola 21 do Benfica, entre eles dois campeonatos nacionais. Para muitos adeptos, Nuno Gomes foi um grande jogador do clube, um símbolo, talvez o mais popular da última década, para outros apenas um produto de marketing bem trabalhado. Na verdade, Nuno Gomes, viveu de tudo nesta longa passagem pelo Benfica. Atravessou a pior fase desportiva e financeira da historia do clube nos finais dos anos 90, como também contribuiu em grandes jornadas nacionais e internacionais.

Talvez a saída de Nuno Gomes tenha surpreendido boa parte, mas para os mais atentos, o capitão deixara de ser opção desde a chegada de Jorge Jesus. Ao longo das últimas duas épocas, J.J. utilizou Nuno Gomes em 21 jogos (2009/2010), mas somente cinco como titular. No total, acomulou, 492 minutos - equivalente a pouco mais de cinco jogos completos - e quatro golos.

Já na última temporada (2010/2011), o aproveitamento foi ainda menor: 12 jogos, sempre como suplente, e apenas 75 minutos em campo. O número de golos assinalados, curiosamente, foi ainda maior (cinco). Uma interessante média de um golo a cada 15 minutos. Apesar disso, Jorge Jesus e o Benfica pretendiam que Nuno Gomes passasse a dirigente. O jogador, por sua vez, queria dar sequência à carreira e, provavelmente, pendurar as botas no final de 2012. O Benfica, então, não renovou o seu contrato, e o avançado rumou a Braga.


O adeus de Nuno Gomes marca o fim de uma ligação iniciada em 1997, quando o jogador, foi transferido do Boavista - onde iniciou a carreira profissional e conquistou a Taça de Portugal contra o própro Benfica - para rumar à Luz. Foram três épocas brilhantes, ainda que sem qualquer título, com 76 golos em 124 partidas. O sucesso levou-o à selecção portuguesa e abriu-lhe portas para uma transferência (13 milhões de euros) para o futebol italiano para representar a Fiorentina. Dois anos volvidos, regressa ao Benfica devido à falência do clube de Florença.

O regresso à Luz foi também a oportunidade de conquistar o que faltou na sua primeira passagem: títulos. Venceu a Taça de Portugal em 2004 e a Liga Portuguesa em 2005, além da Supertaça, também no mesmo ano. Homem de muitos golos, Nuno Gomes infelizmente nunca venceu o troféu de melhor marcador da Liga, muito também por culpa de algumas lesões em fases importantes da época.

A importância de Nuno Gomes na equipa foi recompensada em 2007, ao receber a braçadeira de capitão, então pertencente a Rui Costa. Apesar disso, anualmente, o Benfica trazia novos reforços para a linha avançada, e em muitos casos, foi Nuno Gomes o "sacrificado" para ir ao banco. À medida que a temporada decorria, porém, lá estava o "eterno" novamente no onze. Mantorras, Reyes, David Suazo e Miccoli estiveram entre os "concorrentes" que, em dado momento, viram o seu espaço reocupado pelo camisola 21.

No entanto, quando chegou Jorge Jesus e Saviola, as coisas mudaram. O argentino assumiu dupla com Oscar Cardozo - este o primeiro a "vencer" a concorrência de Nuno Gomes - e o atacante de 34 anos acabou relegado para suplente. Além disso, vieram mais quatro avançados (Kardec, Weldon, Eder Luís e Keirrison) para ampliar a concorrência. A incontestável conquista do título com a dupla sul-americana na frente de ataque e as regulares presenças de Éder Luís e Kardec foram o primeiro sinal que o futuro de Nuno Gomes estava ameaçado na Luz.

O segundo sinal foi justamente o facto de Cardozo ter feito uma época 2010/2011 medíocre e Saviola ter tido um desempenho muito inferior ao da temporada anterior. Kardec, foi outro que não correspondeu, e o recém-chegado Franco Jara acabou como 12º jogador da equipa. Nuno Gomes, mesmo com sua experiência e eficiência quando esteve em campo (golos marcados), foi ainda menos requesitado, o que aumentou a especulação de que os seus dias na Luz estariam contados.


De facto, Nuno Gomes já não é o mesmo de há quatro anos atrás. Ainda tem qualidade de passe e posicionamento. Mas a sua reacção e velocidade estão bem mais reduzidas. É também verdade que Nuno Gomes podia eventualmente permancecer no plantel, principalmente pela importância e consenso que gerava entre os seus companheiros. Porém, é até compreensível que o Benfica o tenha dispensado em vez de ter um jogador mais um ano sem jogar. Fica a ganhar Nuno Gomes, que terá oportunidade de faze-lo em Braga, e o Benfica, que num futuro próximo o fará certamente regressar para assumir outras funções.

No Sporting de Braga, o seu próximo destino, Nuno Gomes deverá fazer dupla com Lima e ter fornecedores como Alan e Paulo César, no que promete ser um dos ataques mais temíveis da Liga Portuguesa. Independente disso, os adeptos e fãns terão, em 2011/2012, a provável última oportunidade de ver um dos ídolos do futebol português dos últimos 14 anos.

Nuno Gomes



Redes Sociais

Acompanhe o Aposta X no Twitter
Conheça a página do Aposta X no Facebook

Página Inicial

18 junho, 2011

Vítor Pereira: Que esperar do novo treinador do FC Porto?


O sucesso do FC Porto na época 2010/2011, teve um impacto tão surpreendente no futebol português e europeu, quanto a saída de André Villas-Boas para o Chelsea um mês depois de ter levantado a Taça da Liga Europa. Se alguém esperava este cenário? Sim, mas não agora e da maneira como se procedeu. Acreditava-se que Villas-Boas fizesse o segundo ano no FC Porto, com o sonho de repetir (porque não) o trajecto desportivo de José Mourinho, e fechar o ciclo no dragões.

O precipitado adeus de Villas-Boas deixou marcas nos adeptos, que na sua grande maioria, consideram-no um traidor. A principal revolta está, por assim dizer, na forma como a saída se veio a verificar. Há pouco tempo, Villas-Boas tinha um novo vínculo com o Porto e insistira no discurso que estava no cargo de seus sonhos. Além disso, o próprio AVB "mandou" umas indirectas a Mourinho pela forma como este saiu do clube e pela maneira arrogante como individualizou o mérito da sua conquista na Champions em 2004.

Rei-morto, Rei-posto, os portistas não precisaram procurar muito para encontrar um substituto. O nome de Vítor Pereira, adjunto até então de Villas-Boas avançou para o suceder no banco do dragão. Vítor Pereira, não é definitvamente um nome muito conhecido pela maioria dos adeptos do futebol, passando apenas por clubes pequenos como a Sanjoanense, Espinho, Santa Clara, e dirigiu uma das equipas da formação do próprio FC Porto. Fez um trabalho razoável no Santa Clara, chegando por duas vezes à última jornada da Liga de Honra com hipóteses de subir, mas sem conseguir o objectivo.


Não sendo um treinador de primeira linha, pesa a favor de Vítor Pereira ser português e bastante conhecedor do material humano que vai dirigir. É conhecido pelo seu enorme apelo táctico, juntando a componente do estudo do jogo. É também um técnico "da casa", por assim dizer, tanto no ponto de vista de formação técnica como de coração (é portista assumido).

Outro factor relevante, é o facto de ter chegado, enfim, ao cargo que esperava desde que foi anunciado como adjunto de André Villas-Boas, em 2010. Na ocasião, rejeitou convites para treinar a Académica (foi Jorge Costa) e Paços de Ferreira. Conhece bem a equipa que terá em mãos, embora não demonstre ter o mesmo estilo enérgico de José Mourinho ou Villas-Boas, mas, como foi dito, além de conhecedor de futebol, é da escola portista.

Por sua vez, Vítor Pereira é um treinador que não tem ainda qualquer experiência na primeira Liga - e apesar de mais jovem, Villas-Boas já tinha feito um bom trabalho na Académica e acomulado uma grande "bagagem" como adjunto de Mourinho. Vítor Pereira, quer queira ou não, estará na sombra do ex-treinador portista e terá constante avaliação dos adeptos na capacidade de repetir as conquistas nacionais, não podendo também descurar a Liga dos Campeões.

Além disso, as próprias incertezas do actual mercado de transferências podem crescer com a saída de Villas-Boas. E as duas primeiras são Falcao e João Moutinho, ambos na mira do novo treinador do Chelsea - que também deseja Hulk. Fernando é ainda dúvida, tal como Rolando, que já desejou publicamente sair para nova aventura. Se André Villas-Boas tivese ficado, a garantia da continuidade do trabalho que trouxe o sucesso (inclusive europeu) era claramente maior, bem como a confiança justificada para que estes jogadores permanecessem.

Agora sem André Villas-Boas, a força negocial de Pinto da Costa terá que ser decisiva na tentativa de resistir à pressão da venda de jogadores. Caso seja mantida a base da equipa, é provável que Vítor Pereira não altere a forma de jogar de Villas-Boas, e, tal como o antecessor, encontre aos poucos forma de dar a sua cunha pessoal à equipa. Veremos em próximos capitulos como este novo cenário será encarado e como Vítor Pereira vai reagir ao maior desafio da sua vida profissional.

Redes Sociais

Acompanhe o Aposta X no Twitter
Conheça a página do Aposta X no Facebook

Página Inicial

17 junho, 2011

Calendário da Liga Portuguesa 2011/2012 - Todas as jornadas


O sorteio das competições profissionais da época 2011/2012 já é conhecido. Além do calendário da Liga Portuguesa (Zon Sagres) e da Liga de Honta (Orangina), foram apuradas as datas dos jogos da 1ª Fase da Taça da Liga (bwin cup).

A Liga Zon Sagres arranca no dia 14 de Agosto, enquanto a Liga Orangina tem início uma semana depois, a 21 de Agosto. A 1ª Fase da bwin cup tem jogos agendados para os dias 31 de Julho, 7 e 14 de Agosto.

Quanto aos jogos da primeira jornada, o FC Porto, campeão nacional, vai estrear-se na Liga de futebol 2011/12 com uma difícil deslocação ao terreno do Vitória de Guimarães, enquanto que o Benfica visita o regressado Gil Vicente. Na 1.ª jornada do campeonato português, os “dragões”, agora com Vítor Pereira no comando, vão iniciar a defesa do título em Guimarães, naquela que será a reedição da final da Taça de Portugal da última temporada, em que o FC Porto venceu por 6-2. Por seu lado, o Benfica, segundo classificado em 2010/11, vai “apadrinhar” o regresso do Gil Vicente à Liga , com uma deslocação a Barcelos. Em teoria, o Sporting terá a tarefa mais fácil dos chamados três “grandes”, ao receber no Estádio de Alvalade o Olhanense, equipa que lutou pela manutenção. O Braga, equipa sensação da Liga nas duas últimas temporadas, inicia a competição no terreno do Rio Ave.

Clássicos

Tal como em 2010/11, quando o FC Porto recebe o Benfica na 6ª jornada, a 25 de Setembro, no Dragão. O dérby de Lisboa será disputado, na Luz, na 11ª jornada, no último fim-de-semana de Novembro. O outro clássico do campeonato será na penúltima jornada, em Alvalade, e já em Janeiro de 2012.

FC Porto – Benfica, 6.ª jornada
Benfica – Sporting, 11.ª jornada
Sporting – FC Porto, 14.ª jornada


Foram também conhecidos os quatro grupos que compõem a primeira fase da Taça da Liga (bwin Cup) 2011/2012, que contará apenas com equipas da Liga de Honra. Seguem para a fase seguinte os dois primeiros classificados de cada grupo.

Grupo A - Belenenses, Leixões, Penafiel, Trofense,
Grupo B - Arouca, Sp. Covilhã, Naval, Santa Clara
Grupo C - Atlético, Freamunde, Moreirense, Portimonense
Grupo D - Desportivo Aves, Estoril, Oliveirense, União da Madeira

Calendário de Jogos da Liga Zon/Sagres 2011/2012

Jornada 1: 15/08/2011 (Jornada 16: 22/01/2012)

Feirense - Nacional da Madeira
Gil Vicente - Benfica
Vitória Guimarães - FC Porto
Marítimo - Beira Mar
Rio Ave - Sp. Braga
Sporting - Olhanense
União Leiria - Académica
Vitória Setúbal - Paços Ferreira

Jornada 2: 21/08/2011 (Jornada 17: 29/01/2012)

Académica - Rio Ave
Beira Mar - Sporting
Benfica - Feirense
FC Porto - Gil Vicente
Nacional - V.Guimarães
Olhanense - V. Setúbal
Paços Ferreira - U. Leiria
Sp. Braga - Marítimo

Jornada 3: 28/08/2011 (Jornada 18: 12/02/2012)

Feirense - Paços Ferreira
Gil Vicente - Académica
V.Guimarães - Beira Mar
Nacional - Benfica
Rio Ave - Olhanense
Sporting - Marítimo
U. Leiria - FC Porto
V. Setúbal - Sp. Braga

Jornada 4: 11/09/2011 (Jornada 19: 19/02/2012)

Académica - Nacional
Beira Mar - U. Leiria
Benfica - V.Guimarães
FC Porto - V. Setúbal
Marítimo - Rio Ave
Olhanense - Feirense
Paços Ferreira - Sporting
Sp. Braga - Gil Vicente

Jornada 5: 18/09/2011 (Jornada 20: 26/02/2012)

Benfica - Académica
Feirense - FC Porto
Gil Vicente - Olhanense
V.Guimarães - Sp. Braga
Nacional - Paços Ferreira
Rio Ave - Sporting
U. Leiria - Marítimo
V. Setúbal - Beira Mar

Jornada 6: 27/09/2011 (Jornada 21: 04/03/2012)

Académica - Feirense
Beira Mar - Rio Ave
FC Porto - Benfica
Marítimo - V.Guimarães
Olhanense - U. Leiria
Paços Ferreira - Gil Vicente
Sp. Braga - Nacional
Sporting - V. Setúbal

Jornada 7: 02/10/2011 (Jornada 22: 11/03/2012)

Académica - FC Porto
Benfica - Paços Ferreira
Feirense - Marítimo
Gil Vicente - Beira Mar
V.Guimarães - Sporting
Nacional - Olhanense
U. Leiria - Sp. Braga
V. Setúbal - Rio Ave

Jornada 8: 23/10/2011 (Jornada 23: 18/03/2012)

Beira Mar - Benfica
FC Porto - Nacional
Marítimo - V. Setúbal
Olhanense - V.Guimarães
Paços Ferreira - Académica
Rio Ave - U. Leiria
Sp. Braga - Feirense
Sporting - Gil Vicente

Jornada 9: 30/10/2011 (Jornada 24: 25/03/2012)

Académica - Sp. Braga
Benfica - Olhanense
FC Porto - Paços Ferreira
Feirense - Sporting
Gil Vicente - Marítimo
V.Guimarães - Rio Ave
Nacional - Beira Mar
U. Leiria - V. Setúbal

Jornada 10: 06/11/2011 (Jornada 25: 01/04/2012)

Beira Mar - Feirense
Marítimo - Académica
Olhanense - FC Porto
Paços Ferreira - V.Guimarães
Rio Ave - Nacional
Sp. Braga - Benfica
Sporting - U. Leiria
V. Setúbal - Gil Vicente

Jornada 11: 27/11/2011 (Jornada 26: 08/04/2012)

Académica - Beira Mar
Benfica - Sporting
FC Porto - Sp. Braga
Feirense - Rio Ave
Gil Vicente - U. Leiria
V.Guimarães - V. Setúbal
Nacional - Marítimo
Paços Ferreira - Olhanense

Jornada 12: 11/12/2011 (Jornada 27: 22/04/2012)

Beira Mar - FC Porto
Marítimo - Benfica
Olhanense - Académica
Rio Ave - Gil Vicente
Sp. Braga - Paços Ferreira
Sporting - Nacional
U. Leiria - V.Guimarães
V. Setúbal - Feirense

Jornada 13: 18/12/2011 (Jornada 28: 29/04/2012

Académica - Sporting
Benfica - Rio Ave
FC Porto - Marítimo
Feirense - U. Leiria
V.Guimarães - Gil Vicente
Nacional - V. Setúbal
Olhanense - Sp. Braga
Paços Ferreira - Beira Mar

Jornada 14: 08/01/2012 (Jornada 29: 06/05/2012)

Beira Mar - Sp. Braga
Gil Vicente - Nacional
V.Guimarães - Feirense
Marítimo - Olhanense
Rio Ave - Paços Ferreira
Sporting - FC Porto
U. Leiria - Benfica
V. Setúbal - Académica

Jornada 15: 15/01/2012 (Jornada 30: 13/05/2012)

Académica - V.Guimarães
Benfica - V. Setúbal
FC Porto - Rio Ave
Feirense - Gil Vicente
Nacional - U. Leiria
Olhanense - Beira Mar
Paços Ferreira - Marítimo
Sp. Braga - Sporting

Links

Calendário completo da Liga Portuguesa 2011-2012
Calendário completo da Liga de Honra 2011-2012
Calendário completo da Taça da Liga 2011-2012

Redes Sociais

Acompanhe o Aposta X no Twitter
Conheça a página do Aposta X no Facebook

Página Inicial

13 junho, 2011

Novos equipamentos do FC Porto 2011/2012


Muito bem, para os adeptos do FC Porto que estavam ansiosos por conhecer os novos equipamentos para a época 2011/2012, o clube actual campeão nacional apresentou a nova roupagem numa cerimónia ao sol na margem de Vila Nova de Gaia com vista para o Rio Douro e Porto.

* clique nas fotos para ver em tamanho maior.


A camisola principal, apresenta as habituais riscas azuis verticais num estilo mais largo do que a camisola do ano anterior. O branco ganha mais espaço nas mangas, embora respeite o estilo original dos dragões. Quanto à publicidade, a Meo substituiu a TMN no equipamento principal, e na secundária inverteu-se as posições.

Os novos equipamentos são ecologicos, aerodinâmicos e regulam activamente e temperatura corporal dos jogadores no terreno de jogo. Pela primeira vez foi apresentado um complemento inovador de roupa de treino e casual, além das roupas que estarão nos jogos. Todas as diferentes gamas estão à disposição do público.


Já a camisola alternativa dos dragões, é uma homenagem, à primeira conquista da Taça dos Campeões Europeus de 1986/87, frente ao Bayern Munique na Áustria. A cor púrpura - símbolo da cidade de Viena, palco da final - surge entre um padrão de tonalidade azul escura. O colarinho é redondo.



Vídeo de apresentação dos equipamento do FC Porto 2011/2012


Podem consultar os equipamentos dos principais clubes europeus, neste post. Como já referi anteriormente, os três grandes de Portugal terão postagens individuais.

Redes Sociais

Acompanhe o Aposta X no Twitter
Conheça a página do Aposta X no Facebook

Página Inicial

10 junho, 2011

Triste destino IV: West Ham na 2ª divisão para a despedida de Upton Park


Para finalizar a crónica "Triste Destino", aponto baterias para o relegado West Ham, o eterno "big four" da cidade de Londres, atrás de Arsenal, Chelsea e Tottenham e dono de uma legião de adeptos ímpares no panorama do futebol inglês. Quem já não viu o filme Green Street Hooligans, que retrata a realidade dos fanáticos Hammers (Martelos) com os seus rivais de Millwall. Em 2011/2012, estes dois clubes vão medir forças na segunda Liga Inglesa num jogo que promete ser explosivo.

Historicamente, o West Ham United, fundado em 1985, apenas alcançou a primeira divisão em 1923. A década de 20, inclusive, é uma das melhores do clube londrino, que conseguiu alcançar a 6ª posição em 1926/1927 e a 7º em 1929/30. Depois de nove épocas na elite, os Hammers foram para a segunda divisão, em 1931/32.

O clube ficou arredado muito tempo do topo. O regresso foi em 1958, alcançando, na temporada, a 6ª posição. Os Hammers, então, fizeram a sua maior seqüencia na primeira divisão, 20 anos, de 1958 até 1978. A melhor posição na tabela classificativa foi, além de 1958/59, 1972/73 com o 6º lugar, um 8º lugar em 1961/62 e 1968/69.

Desde que regressou em 1981, o West Ham assumiu-se como presença constante entre os maiores. Conquistou, na década de 80, a sua melhor posição de todos os tempos: 3º lugar em 1985/86. Desceu em 1988/89, voltando dois anos depois, juntamente com a criação da actual Premier League. Em 1993, voltou a descer, para depois apenas repetir novo fracasso em 2003. A última vez que o West Ham fora rebaixado, até hoje, foi em 2003.

O West Ham que fará, na próxima temporada, a sua última tendo como casa o Upton Park, que é a casa desde 1904. Os Hammers herdarão o estádio olímpico que será utilizado nos Jogos Olimpícos de Londres 2012. O facto pode parecer desastroso, mas tem um lado positivo: O West Ham poderá despedir-se de seu estádio com um título. Pois dificilmente o clube levantará o caneco na Premier League.


Quanto ao destino final que levou o West Ham à segunda divisão, teoricamente era um cenário inesperado. A equipa era composta por bons jogadores, como o jovem Scott Parker e Carlton Cole, o primeiro considerado por muitos como o melhor jogador da Premier League, e o segundo com chamadas frequentes à selecção inglesa. Isso para não falar em Hitzlsperger, Behrami, Demba Ba, jogadores que, sob um comando minimamente competente, poderia ter evitado tal desfecho. Mas nem isso conseguiram.

O treinador israelita Avram Grant consegue, portanto, descer consecutivamente duas equipas em dois anos. Na temporada anterior, havia a desculpa da crise do Portsmouth – além da boa participação na Taça de Inglaterra. Nesta agora, não existe desculpa possível. É evidente que, este treinador lançado internacionalmente por Roman Abramovich, pouco tem para oferecer. O West Ham não teve padrão de jogo, não teve colectivo e não teve regularidade. Pior: os dirigentes não tiveram o bom senso de demitir o seu treinador. E agora amargará mais um ano na segunda divisão, além de provavelmente perderem os seus melhores jogadores.

Redes Sociais

Acompanhe o Aposta X no Twitter
Conheça a página do Aposta X no Facebook

Página Inicial

03 junho, 2011

Triste destino III: Deportivo na 2ª divisão deixa Galiza sem futebol de primeira


Na terceira parte da crónica do "Triste Destino", vou falar sobre o Deportivo da Corunha, clube ícone da Galiza, que vai acompanhar o rival Celta de Vigo no autêntico inferno que é a segunda divisão espanhola. Foram 19 anos de primeira, muitos êxitos, grandes equipas, e um dos maiores dissabores da história do futebol quando perderam o campeonato de 1993 através de um falhanço de Đukic de grande penalidade e no último minuto.

Quando o Deportivo entrou para a última jornada da Liga Espanhola, partia como equipa com melhores condições de permanecer na La Liga. Nem uma cidade e um estádio Riazor à pinha impediram o Valencia de vergar os galegos, que apenas 11 anos antes tinham sido campeõs nacionais e sete depois de serem semi-finalistas da Liga dos Campeões com o FC Porto.


A descida do Deportivo, apesar de chocante para os adeptos do futebol, acaba por não ser totalmente surpreendente. O clube atravessa problemas financeiros há várias épocas e as prestações desportivas eram acompanhadas por classificações piores a cada ano. Muitos dos grandes nomes sairam e nunca foram preenchidos por iguais valores. Sem os recursos de antes, o treinador Miguel Ángel Lotina usou a força defensiva da equipa para segurar o barco, mas essa estratégia transformou-se num vício. Esta temporada, os galegos conseguiram a sétima melhor defesa, o que não foi suficiente quando o ataque do Deportivo foi o pior da Liga Espanhola.

A grande relevação da equipa, o jovem internacional sub-21 espanhol Adrián López, foi de longe o melhor jogador da equipa, em contraste com o internacional mexicano Andrés Guardado, jogador mais mediático da equipa e dono de um excelente Mundial 2010, foi uma autêntica desilusão.


Agora na nova realidade, os adeptos têm demostrado união em foco do clube. Além disso, o presidente Augusto César Lendoiro já anunciou que pretende renovar com alguns jogadores, como o defesa Diego Colotto. O contrato do argentino termina no final da próxima época. Juan Carlos Valerón, o rosto máximo dos tempos de glória do Deportivo vai também continuar a jogar mais um época. Renovar com um dos nomes mais queridos do Riazor indica que o clube pensa voltar à elite em 2012/13.

Outro sinal de mobilização foi o rápido anúncio do novo treinador. José Luis Oltra é o substituto de Miguel Ángel Lotina. O currículo do novo técnico é algo irregular. Teve o seu momento alto ao fazer regressar o Tenerife à primeira divisão em 2008/2009, mas seus os resultados posteriores foram medianos. De qualquer maneira, o clube já inicia a preparação para a próxima temporada, sem perder tempo com lamentações.

O regresso imediato à primeira divisão é fundamental para o futuro do Depor. O clube estava a cortar gastos e investimentos em todas as áreas e, só no último ano, as dívidas caíram 20 milhões de euros (mas ainda é alta: 87 milhões de euros). Ter descido à segunda Liga permite ao Deportivo gastar menos com jogadores, mas não é o suficiente para compensar a quebra na facturação com direitos televisivos, patrocínios e, eventualmente, bilheteria.

Se o clube conseguir estancar a sangria financeira e os adeptos seguirem unidos, há uma possibilidade de o Deportivo regressar à primeira divisão em pouco tempo. Mas, pelo tamanho do passivo, não seria de estranhar se ficar alguns anos na segunda divisão, tipo o que acontece com o Celta de Vigo, actualmente.

Redes Sociais

Acompanhe o Aposta X no Twitter
Conheça a página do Aposta X no Facebook

Página Inicial

02 junho, 2011

Novos equipamentos do Sporting 2011/2012


No seguimento da apresentação dos equipamentos desportivos das equipas portuguesas, segue-se o Sporting Clube Portugal. Ainda com algumas interrogações, porque como sabem os nossos clubes têm o historial de somente divulgar os novos kits no dia da nova época, alguns sites de referência dão como certos estes dois equipamentos para a época 2011/2012.



A nova camisola principal do Sporting recupera a sua simplicidade e história. Quanto ao equipamento alternativo será branco com a gola em verde claro. A patrocinadora Puma, continua a vestir a linha dos leões.



Vídeo da apresentação dos novos equipamentos do Sporting 2011/2012



Podem consultar os equipamentos dos principais clubes europeus, neste post. Como já referi anteriormente, os três grandes de Portugal terão postagens individuais.

Redes Sociais

Acompanhe o Aposta X no Twitter
Conheça a página do Aposta X no Facebook

Página Inicial

01 junho, 2011

França: Relatório sugere alterações na regulamentação da lei de jogo e apostas online. Actuais práticas fiscais visadas


Fez um ano, em 12 de maio, que a França abriu o seu novo mercado totalmente legislado e regulamentado de jogo e apostas online. Desde o início, que a Lei em vigor é um assunto muito sensível. Apesar de servir de exemplo para outros mercados emergentes (Espanha, e fala-se em Portugal), os operadores online e profissionais do sector manifestaram sempre que as estruturas fiscais e leis impostas sobre o tema são injustas e passíveis de criar obstáculos a um mercado rentável e competitivo para todos.

Agora, a AFJEL (L'Association Française du Jeu en Ligne) - A Associação Francesa de Jogos Online, apresentou à comissão financeira da Assembleia nacional francesa um relatório em que discute os seus pontos de vista sobre estes temas. De referir, que os mentores deste trabalho foram Jean-François Lamour (presidente, e ex-relator do projecto de lei (jogo on-line) e Aurélie Filippetti (Partido Socialista francês).

O objectivo do novo relatório é recomendar a implementação de algumas reformas de modo a que o mercado de jogo e apostas online em França seja mais justo tanto para os jogadores, como para os operadores licenciados no país. No relatório, é especificado em detalhe os pontos chave para uma regulamentação mais eficaz.

Por exemplo, as operadoras acham que as restrições estabelecidas na Lei impedem quase por completo alterações à forma legal. Neste caso, citando a questão dos jogos de poker online disponíveis, as opções são limitadas apenas à Pot Limit Omaha e Texas Hold’em. Além disso, o problema estende-se aos casinos online em geral, que estão a sofrer com a falta de opções disponíveis de modo a atrair os jogadores para os seus sites.

Outra questão importante são os impostos praticados. Os operadores argumentam que os impostos exigidos pelo governo francês são bastante elevados e a maioria dos operadores licenciados não têm margem suficiente de lucro para operar com resultados financeiros positivos. Em vez de definir uma taxa de imposta com base no valor das apostas de cada jogador, o governo, deverá sim, arrecadar uma parcela da receita bruta dos operadores.

De acordo com Jean-François Lamour e Aurélie Filippettias, o quadro que foi criado, é bastante satisfatório. Eles, contudo, apontam para uma lacuna - a contínua oferta de jogo ilegal (não licenciado) e revelam algumas conclusões para o actual crescimento do mercado negro (pararelo): a ineficiência das medidas de bloqueio (endereços IP´s), falta de meios da ARJEL (regulador), mas também numerosas restrições técnicas e elevado nível de tributação que pesa sobre a atractividade do mercado legal. Também é apontado a falta de meios humanos e financeiros dedicados à luta contra o problela do jogo on-line (Adicção).

É sugerido, portanto, uma série de recomendações comuns como as modificações que poderiam ser adoptadas através de medidas legislativas (Lei de Finanças de 2012 ou propostas projecto de lei específico) ou por decretos.

Resumo do Relatório proposto à Assembleia Nacional

Após uma breve introdução, recordando o contexto da adopção da Lei 12 de maio e os objectivos do presente relatório, ou seja, para avaliar a implementação da lei, os seus resultados e limites, o relatório está dividido em cinco partes:

1. A primeira parte, descreve e analisa as principais condições da abertura do mercado: supervisão da ARJEL, a criação de uma comissão para o jogo online, a regulamentação da publicidade, a luta contra a lavagem de dinheiro, direitos desportivos, moderadores de jogo.

2. A segunda parte sublinha as questões actuais: status (estado) dos antigos monopólios, as restrições e limitações de licenciamentos de segmentos, as questões fiscais, e a luta contra os sites ilegais.

3. A terceira parte, aborda as evoluções possíveis da lei
4. A contribuição de Aurélie Filippettias
5. A contribuição de Jean-François Lamour

I. Análise do mercado de Apostas e Jogo online em França
Uma avaliação positiva do quadro geral

- Os dois intervenientes sublinham a rapidez do processo de implementação da Lei, desde que foi publicada por decreto (em 6 meses). Eles insistem sobre o importante papel desempenhado pela ARJEL para regular o sector, mas denunciam o atraso de medidas por parte do comité consultivo para o Jogo Online

Jean-François Lamour e Aurélie Filippettias recordam também o histórico dos números e factos publicados pela ARJEL e afirmam que não houve o fenómeno de "canibalização", ou seja, que o sector de jogo online não enfraqueceu o offline (físico). Eles, contudo, expressam as suas preocupações sobre a redução do número de operadores online no mercado (afirmando que o mercado não é o "El Dorado" esperado", e as consequências que tal diminuição pode produzir no orçamento do Estado.

De acordo com os deputados (Lamour e Filippettias), a lei teve em conta essencialmente questões de ordem pública e social, embora a regulamentação da publicidade ao jogo (eles afirmam que não houve "inundação de publicidade"), as medidas para evitar lavagem de dinheiro (afirmam que "o sector do jogo offline causa mais problemas"), e à prevenção de conflitos de interesse. No entanto, relativamente ao jogo problemático (Adicção), o conjunto de delegados reforça a mensagem que as medidas postas em prática são insuficientes.

Acerca dos antigos monopólios, os deputados consideram que o mercado é competitivo, embora o peso da FDJ e PMU mantenha-se forte, especialmente graças a "subsídios cruzados". A este respeito, o relatório refere-se em grande parte o parecer da Autoridade da Concorrência prestados em fevereiro de 2011.

Sobre os direitos desportivos, os dois deputados numa primeira avaliação consideram os resultados "encorajadores". Segundo eles, as primeiras dificuldades para abrir um diálogo entre os operadores e as federações desportivas foram superadas. Além disso, sublinham que o custo para os operadores é "modesto" e não poderia ser uma fonte de desequilíbrio do seu modelo de negócio.

O reconhecimento de que uma oferta de jogo online ilegal prevalece.

É referido pelos mentores do relatório, existir uma oferta residual de jogo ilegal na ordem dos 10% a 15% de acordo o apuramento do Governo e a reguladora ARJEL - e ainda por cima, com todos os tipos de segmentos incluídos, ou seja, jogos de casino e lotarias.

Está a ser feita ainda uma reflexão sobre as razões para esta oferta ilegal persistir. Os meios para lutar contra a oferta de sites e produtos ilegais parece ser insuficiente. Por exemplo, o mecanismo financeiro de bloqueio, tal como previsto no artigo 62, não foi usado ainda. Além disso, a "cyberpatrouilleurs" (sistema de protecção) tem falta de dinheiro. É também referido que os operadores online licenciados têm que lidar com "grandes restrições", nomeadamente relacionadas com a elevada carga fiscal em alguns segmentos de jogo. O segmento de poker é muito restrito e, pouco atraente para lançar um negócio competitivo.

Finalmente, os deputados, afirmam que o sistema fiscal francês é muito elevado comparado com outros países regulamentados e explicam em medida o descontentamento dos operadores pelo actual sistema de tributação. "Não será legítimo perguntar sobre o sistema fiscal, já que a sua rentabilidade e, portanto, quadro regulamentar, não parece ser assegurado?", e acrescentam que "uma redução da tributação poderá permitir aumentar o rácio de receitas fiscais de travar o oportunismo do mercado negro (jogo ilegal).

II. Recomendações comuns

- Reforçar os mecanismos de auto-exclusão e de moderação
- Reforçar os meios humanos e financeiros do "cyber crime informático"
- Permitir que os jogadores registados num outro operador licenciado em outro país europeu possa ter acesso a torneios de poker "fr".
- Criar um modelo de direitos desportivos para apostas hípicas (corridas de cavalo)

Redes Sociais

Acompanhe o Aposta X no Twitter
Conheça a página do Aposta X no Facebook

Página Inicial

31 maio, 2011

Triste destino II: Mónaco na segunda divisão sem glamour


Na continuação do artigo "triste destino", a nossa viagem passa hoje pelo principado, para esbater um pouco as maleitas que atiraram o AS Mónaco para a segunda divisão da Liga Francesa. Eu recordo para quem esteve atento, que inclui o Mónaco na primeira crónica dos quatro grandes clubes europeus despromovidos esta temporada. Ainda faltava uma jornada, mas estava claro que face ao opositor (Lyon) e ao adversário directo pela permanência jogar em casa (Nice) o destino estava traçado.

Foram 34 anos consecutivos a jogar na máxima elite do futebol francês, onde há apenas onze anos, o Mónaco comemorava a conquista de seu 11º campeonato francês. Há sete anos, o AS Mónaco por pouco não alcançou a maior glória da sua história, quando o FC Porto os derrotou na final da Liga dos Campeões. A época 2010/2011 entra para a história do clube do principado como uma página triste diante de tantos bons momentos vividos recentemente. Em queda abismal, os monegascos amargaram uma inacreditável despromoção, logo no seu jogo 2000 na Ligue 1.


Ironicamente, o homem que há onze anos conduziu o Mónaco ao título da Liga Francesa foi agora o responsável pela queda à segunda divisão. Claude Puel conquistou o seu primeiro título como técnico no AS Mónaco, mas agora dependia de um bom resultado diante da equipa do principado para salvar a sua pele no Lyon. A vitória por 0-2 apenas não confirmou o apuramento do Lyon para a Liga dos Campeões como também deu um sopro de alívio ao treinador.

Mesmo a jogar no Estádio Louis II anormalmente bem composto, o Mónaco exibiu os seus problemas acumulados ao longo da presente temporada. Com a necessidade de impor o seu jogo diante do adversário, o Mónaco sucumbiu por não ter um mínimo de qualidade no seu meio-campo. A falta de criatividade saltou aos olhos e era apenas uma questão de tempo para os visitantes abrirem o marcador.

Sem forçar muito, o Lyon fez o óbvio: derrotou um adversário entregue ao destino, que pouco fez para esboçar uma reacção. Sabia-se desde que à partida para este decisivo jogo que o Mónaco tinha a missão espinhosa para escapar da descida, mas a apatia da equipa, para quem deveria entregar a "vida" para tentar um último esforço de salvação, fez os adeptos perderem qualquer tipo de esperança.


Já há algum tempo, que a direcção do Mónaco andava a cometer inúmeros pecados na administração desportiva para afundar o clube, como acabou por se confirmar. A paciência nunca foi uma virtude dos dirigentes responsáveis, que trataram sempre de interromper projectos a longo prazo logo que os maus resultados desportivos imperaram. Como sempre, a corda rompeu para o lado mais fraco, e os treinadores demitidos foram o prato principal, sem nunca ter havido tempo necessário para um trabalho de fundo.

O Monaco também falhou noutro propóstito. Ao apostar num conjunto de jogadores repleto de jovens e com pouca experiência, o clube do principado ignorou na necessidade de ter alguém experiente em campo para assegurar a tranquilidade necessária nos momentos de oscilações. Não houve essa figura, nem alguém com a qualidade necessária para comandar a equipa e lhes dar alguma referência de qualidade no estilo de jogo. Ainda assim, o sul coreano Park Chu-Young, fez 12 golos, e foi o melhor da equipa.

Para a história deste campeonato, o Mónaco conseguiu uns insuficientes 44 pontos - 9 vitórias em 34 jornadas, 17 empates e 12 derrotas. Marcaram uns míseros 36 golos e sofreram 40.

Redes Sociais

Acompanhe o Aposta X no Twitter
Conheça a página do Aposta X no Facebook

Página Inicial

30 maio, 2011

Finanças do mercado do futebol europeu crescem 4% na época 2009/2010. Portugal no 9º lugar


O mercado europeu de futebol cresceu 4 por cento (0,6 mil milhões de euros) ao nível de receitas, atingindo o valor total de 16,3 mil milhões euros na época 2009/10, apesar do clima económico adverso. Para este crescimento global contribuiu a subida de receitas das principais cinco ligas europeias, num total de 8,4 mil milhões de euros.

Quanto à Liga Portuguesa, encontra-se no nono lugar da Europa: gerou na época 2009/2010 receitas de 316 milhões de euros. No primeiro lugar continua a liga inglesa, que chegou aos 2,5 mil milhões de euros (oito vezes mais do que a portuguesa, portanto, para um universo de cinco vezes mais habitantes: 50 milhões contra 10 milhões). Estes números garantiram um aumento de cinco por cento relativamente ao ano anterior. De destacar que o mercado português é quase metade do mercado holandês, com 18 milhões de consumidores).

Refira-se ainda que Portugal surge na frente da lista de custos com pessoal. Os clubes nacionais gastaram 68 por cento de tudo o que ganham em salários (o mesmo de Inglaterra), sendo ultrapassados por Itália: 77 por cento. A liga alemã é a que tem um rácio salários/receitas mais baixo: 54 por cento.

O FC Porto é o clube que mais gastou em salários, com 39,3 milhões de euros (40 por cento dos proveitos totais), seguido pelo Benfica: 38,3 milhões de euros (42,8 por cento). O Sporting gastou 23,3 milhões (60 por cento), enquanto o Sp. Braga surge em quarto: 11 milhões (51 por cento).

A situação mais preocupante é a do Sporting, mas também o Sp. Braga gasta acima dos 50 por cento de tecto recomendado pela UEFA. De resto, o peso da massa salarial aumentou praticamente em todas as ligas, o que é alarmante nas vésperas da aplicação do princípio de fair-play financeiro.

O principal motor de crescimento prende-se aos direitos de transmissão televisiva, até 7 por cento, sendo que o valor das 5 principais ligas representa mais de 4 mil milhões de euros.

A Liga Inglesa (Premier League) continua a ser o campeonato com as maiores receitas do mundo. Na época 2009/10, os clubes ingleses tiveram uma receita conjunta de 2,5 mil milhões, um aumento considerável face aos resultados da época anterior, 2,3 mil milhões de euros. A performance da liga inglesa aumentou a diferença para a segunda liga do ranking (Bundesliga) em 800 milhões de euros.

O campeonato alemão é o líder ao nível da lotação dos estádios, com uma média de 42700 espectadores. Este recorde combinado com o aumento das receitas comerciais e pelo facto da Alemanha ser o maior mercado europeu, faz da Bundesliga um segundo classificado no ranking das ligas de futebol europeias mais rentáveis.

A Liga espanhola (La Liga) foi o campeonato com maior crescimento ao nível de receitas, num total de 8 por cento face à época 2008/09. Este aumento foi impulsionado pela performance financeira dos dois principais clubes, Real Madrid e Barcelona, que juntos são responsáveis por 52 por cento do total de receitas do campeonato espanhol. Estes valores conferem à La Liga o título de campeonato mais polarizado da Europa.

A liga italiana (Serie A) aumentou as suas receitas em 3 por cento (38 milhões de euros) para 1,532 milhões na época de 2009/10. A competição italiana permanece na quarta posição, à frente da liga francesa, cuja receita cresceu apenas 2 por centro face ao período homólogo, num total de 1072 milhões. A competição francesa teve o menor crescimento do top cinco.

Fora dos cinco grandes campeonatos, e a grande distância, estão a liga holandesa (420 milhões), a turca (378 milhões) e a russa (368 milhões).

Dan Jones, partner do Sports Business Group da Deloitte, destaca que “é impressionante o crescimento de receitas dos cinco principais campeonatos europeus face à actual situação económico desfavorável. A lealdade incondicional dos fãs, mesmo em tempos difíceis, e a manutenção das parcerias ao nível de transmissão televisiva e patrocínios, provam que o desporto mais popular do mundo continua vivo e muito atractivo. As novas estrelas do futebol europeu são um dos produtos mais desejados pelos canais de televisão e, em termos de receitas, o futebol continua a ser uma história de sucesso económico na maioria dos países da Europa. No entanto, mantém-se o grande desafio, ou seja, o controlo de custos, nomeadamente com salários de jogadores e taxas de transferência.”

O peso da massa salarial nas cinco principais ligas de futebol aumentou 400 milhões, 8 por cento face ao período homólogo, atingindo o valor conjunto de 5,5 mil milhões de euros na época 2009/2010. Em Inglaterra, Itália e França, a subida da massa salarial excedeu mesmo o crescimento das receitas nos respectivos campeonatos e na Alemanha registou-se um equilíbrio entre as duas realidades. Em Espanha o cenário é completamente diferente, excluindo o Real Madrid e Barcelona, uma vez que o rácio entre salários e receitas teve uma quebra de 60 por cento, a maior descida nos últimos dez anos.

Apesar de uma quebra a nível das receitas operacionais de 172 milhões para 138 milhões, a Bundesliga mantém-se como o campeonato mais rentável da Europa. A Premier League reduziu a diferença entre receitas operacionais e lucros, com as receitas operacionais a atingirem 101 milhões. A Serie A e Ligue 1 mantêm-se deficitárias. Em Espanha, Barcelona e Real Madrid geram lucros substanciais, mas os restantes clubes registaram um prejuízo agregado significativo.

Alex Byars, senior consultant do Sports Business Group da Deloitte, realça que “a intervenção da UEFA seria bem-vinda, numa base pan-europeia, para ajudar os clubes a controlar os seus custos de forma mais sustentável, dado que em quatro dos cinco maiores campeonatos europeus se verificou um aumento do rácio entre salários e receitas”, finalizando que “a aplicação do conceito “fair play” para a área financeira foi aprovada, pela UEFA, em Setembro de 2009 e a regulamentação publicada em Maio de 2010. Neste âmbito, os clubes já deverão estar bastante avançados na implementação dos ajustes necessários aos planos de negócio para época 2011/12 de forma a cumprir as novas regras. Em particular, os clubes devem esforçar-se por garantir um maior equilíbrio entre custos e receitas, como forma de ganhar a flexibilidade interna necessária para absorver eventuais choques de receitas”.

Podem consultar todo o artigo da Deloitte (inglês) neste pdf.

Fonte: Deloitte

Redes Sociais

Acompanhe o Aposta X no Twitter
Conheça a página do Aposta X no Facebook

Página Inicial