03 dezembro, 2010

Mundial 2022: Estádios do Catar


No início, parecia um delírio, algo mesmo fantasioso. O Catar, emirado com pouco mais de 11 mil km² (mais pequeno que o Alentejo ou Algarve) e 1,6 milhão de habitantes, concorrer para sediar o Campeonato do Mundo de futebol de 2022. Com pouca, ou nenhuma expressão no futebol, a Federação do país apostou em projectos ambiciosos e embaixadores de renome, como Zidane, para vencer o cepticismo dos analistas da Fifa e conseguir ser o primeiro país do Médio-Oriente a ter um Mundial.

À partida, o dinheiro não seria o problema. Mesmo diante do cenário turbulento na economia mundial nos últimos anos, a candidatura do Catar manteve-se firme. Estima-se que serão gastos 40 mil milhões de dólares, incluindo 25 mil milhões num sistema de metropolinato que chegará a todos os estádios e 11 mil milhões num novo aeroporto para construir. No total serão sete novos estádios e renovação de outros cinco.

Os contras da candidatura, foram: as altas temperaturas nos meses de junho e julho, quando o termómetro passa facilmente os 40º graus. “A candidatura do Catar é uma miragem no deserto”, vaticinou a CNN, em maio. Problema? Não para o sonho dos organizadores. Estádios climatizados (ar condicionado), com temperaturas ideais para a practica do jogo, como nunca houve num Mundial.

O que parecia impossível – ou, pelo menos, improvável – aconteceu. O Catar foi confirmado para sediar o Mundial 2022. No projecto, os estádios construídos terão um legado, não só para o país, como para outras nações em desenvolvimento. Alguns estádios serão modulares – e partes destes estádios serão doados para a construção de novos estádios em países emergentes, de acordo com a indicação da Fifa.

Com a confirmação do Mundial, com 12 anos de antecedência, algumas questões precisam ser resolvidas. A primeira delas: fortalecer o futebol local. O Catar nunca se classificou para um Mundial, e mesmo no seu centro geográfico, é uma equipa fraca. A partir do início de janeiro, o país recebe a Taça da Ásia das Nações, e agora, o selecionador francês Bruno Metsu terá sobre si ainda mais pressão. Os maiores feitos do futebol do Catar foram os títulos na Taça do Golfo em 1992 e 2004.



O principal estádio do projecto do Mundial 2022 é o Iconic Lusail, projetado para receber a partida de abertura e a final. Com capacidade para 86 mil pessoas, levará quatro anos para ser construído, devendo estar pronto em 2019. O estádio terá um ultramoderno sistema de ar condicionado para atletas e espectadores para diminuir a temperatura em pelo menos 20 graus, e será cercado pela água.

As distâncias serão curtas, com menos viagens e menor desgaste. O país terá 12 anos para apresentar oportunidades de lazer e entretenimento para quem for visitar o Qatar.

Fotos dos estádios do Mundial 2022 no Catar

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02 dezembro, 2010

Mundial 2018: Estádios da Rússia


A Rússia, geográficamente o maior país do planeta acolherá o Campeonato do Mundo de 2018. Pela primeira vez na história a competição acontecerá no leste da europa. A escolha foi surpreendente, apesar de na véspera alguns órgãos de Informação avançarem o favoritismo do projecto russo, em detrimento de Portugal/Espanha, Inglaterra e Holanda/Bélgica.

Não existem muitas dúvidas sobre a capacidade financeira do país, ainda mais com o forte apoio do Estado e dos imensos recursos naturais, como o petróleo e do gás natural (Gazprom) que garantem milhões de euros em receitas. A proposta russa inclui a construção de 13 estádios, com investimentos de 641,3 milhões de dólares - fora outros milhões no futebol do país e 2800 milhões de euros em infraestruturas nos próximos anos. Ao todo, serão 13 sedes e 16 estádios, sendo que o principal - e único com cinco estrelas da UEFA - já está pronto: Luzhniki, em Moscovo.

As cidades propostas para receber os jogos são: Yekaterinburgo, Kaliningrado, Kazan, Krasnodar, Moscovo, Nizhny Novgorod, Rostov-na-Donu, Samara, São Petersburgo, Saransk, Sochi, Volgogrado e Yaroslavl. Algumas cidades serão cortadas - entre três ou cinco. Destas, sete não tem clubes na primeira divisão russa.

Recentemente o calendário dos campeonatos nacionais russos foi adequado ao modelo utilizado em toda Europa. A Premier Liga russa de 2010 foi a última que iniciou-se no primeiro semestre e terminou no segundo. A próxima época terá três voltas, para que se seja disputada entre a época 2011/2012. Depois, os 16 clubes da divisão da principal divisão voltam ao modelo tradicional a duas voltas.

Financiados por grandes companhias - petrolíferas e de exploração de gás normalmente -, os clubes russos têm ganho cada vez mais projecção internacional. Os títulos na Taça Uefa de 2004/05 (CSKA Moscovo) e 2007/08 (Zenit) são provas disso.

A selecção, aos poucos, tem recuperado o seu papel de destaque. A década de 1990 foi praticamente perdida. Após esse período, a federação russa demorou muito tempo a reencontrar o caminho. Em 2007, com a chegada do técnico holandês Guus Hiddink, conseguiu unir o talento dos jogadores e fazer uma boa equipa.

Fora do campo, nomes como Vitaly Mutko, actual ministro do Desporto e ex-presidente da federação russa, Evgeni Giner, presidente do CSKA Moscovo e um dos principais líderes do futebol na Rússia, Aleksandr Dyukov, presidente do Zenit e com ligações à Gazprom, vão passar a ser mais falados no panorama desportivo mundial. Fora, é claro, Roman Abramovich.

Para quem não sabe, Abramovich, mesmo sendo presidente do Chelsea, segue colaborando financeiramente com a Federação Russa. Ele é o responsável pela construção de um moderno centro de estágios para a selecção nos arredores de Moscovo. Também era ele, que pagava os salários astronómicos de Hiddink.

Entre os pontos negativos que foram levantados sobre a candidatura russa, a principal questão sempre foi o sector dos transportes. O país é sofre com a escassez de voos internacionais e a capacidade de seus aeroportos é baixa. Boa parte dos milhões investidos serão destinados a obras de logística.

Sobre a distância entre as cidades, todas praticamente estão na parte europeia da Rússia. Para os menos identificados com geografia, o país localiza-se tanto na Europa como na Ásia. Apenas Yekaterinburgo fica mais a leste.

Fotos dos Estádios do Mundial 2018 (Rússia)

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30 novembro, 2010

Rumor: Taxa de tributação de 35% em Espanha para o sector de jogos online


O blogue de Laura Guillot, especialista espanhola em matérias relacionadas com a actividade de regulamentação do jogo online, manifesta sérias preocupações com o rumor de uma possível aplicação de uma Taxa de 35 por cento sobre a nova indústria legalizada de jogos na internet.

A Espanha, que prepara a sua reforma no sector de jogos, atravessa ainda algumas questões quanto ao seu modelo definitivo. Certo, ao que parece, é que o governo do país vizinho vai seguir o exemplo da regulamentação francesa, que por sinal, apresenta algumas divergências no capítulo tributário. A debandada de muitas empresas estrangeiras motivada pelos altos encargos fiscais, e o IVA aplicado jogadores (vencedores das apostas) tem deixado indústria e clientes de cabelos em pé! Apenas a exemplo, os impostos em França na matéria de jogos online são 10 vezes superiores aos praticados na Itália ou Reino Unido.

Vale a pena ler o post no blog de Laura Guillot, que explica sobre este e outros pontos, o desenvolvimento da regulamentação online em Espanha.

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29 novembro, 2010

Operadores de Jogo Online apostam nas plataformas móveis


Cada vez mais os nossos telemóveis estão a deixar de ser simples equipamentos onde podemos fazer e receber chamadas para se tornarem uma extensão (ou substituição) das nossas mentes e dos nossos PC’s. Conseguimos com eles aceder à Internet, recolher e partilhar informação e até, fazer quase tudo o que fazemos nos computadores convencionais. Com a melhoria das capacidades de processamento e apresentação da informação começa a criar-se caminho para outros tipos de aplicações que vão permitir uma maior interacção destes com o seu utilizador.

Bwin lança aplicativo para jogos no iPhone

O lançamento dos smartphone, e em especial, a nova versão Iphone 4G proporcionou evolução e oportunidades de negócios para as empresas de jogos online que encontram nestes produtos algumas respostas para a expansão dos seus mercados de forma a atrair novos clientes.

Este Iphone 4G da Apple, tem gerado bastante atenção dos operadores de jogo online, oferecendo interfaces muito mais eficientes e que permitem jogar em casinos móveis. A Paddy Power e a Betfair foram as primeiras operadoras a lançar aplicações para o iPhone e, agora, a gigante de apostas desportivas online, Bwin anunciou o lançamento de seu novo aplicativo para o jogo, concebido em mente para este aparelho.

O novo aplicativo da Bwin, a Bwin Live oferece aos jogadores a possibilidade de apostar numa grande variedade de desportos, incluindo futebol, automobilismo e basquetebol.

O aplicativo já está disponível no Reino Unido e Áustria, e a Bwin espera expandir a cobertura para outros países no futuro "Graças à Bwin Live, os jogadores da Bwin têm agora a opção de apostar nos seus iPhones, numa excelente interface, sendo possível verificar o estado e detalhes das respectivas apostas", explicou Berthold Kao da Bwin.

A Bwin também informou que está a trabalhar num aplicativo para a gama Android. Ao que parece, a empresa austríaca está planear ganhar terreno no mercado dos jogos móveis e está a tomar as medidas adequadas nesse sentido.

Full Tilt Poker lança aplicativo de apostas para telemóveis Android

Outra operadora de jogo online, a Full Tilt Poker acaba de anunciar o lançamento de um novo aplicativo para telemóveis Androide, que utiliza programas de software como o Flash 2.2 e 10.1. Com a nova aplicação, os jogadores podem entrar nas suas contas no site da Full Tilt Poker, podendo jogar poker online a dinheiro.

O aplicativo ainda está em fase Beta, e portanto, os jogadores da Full Tilt terão que esperar um pouco mais até ao lançamento da versão final. No entanto, o aplicativo já foi descargado por um grande número de jogadores deixam a espectativa que esta iniciativa seja um sucesso.

Actualmente, existem ainda muito poucas aplicações no mercado que permitam aos jogadores fazer apostas com dinheiro, e a Full Tilt é, certamente, pioneira neste segmento. A expectativa é que outros operadores de poker online começem a fazer algo semelhante nos próximos meses.

O poker online é de longe, o segmento mais popular dos jogos online. Portanto, é natural que os operadores de casinos e os jogos online sejam os primeiros a expandir os seus serviços para os aplicativos de jogos para telemóveis.

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25 novembro, 2010

Bet365 recebe o prémio EGR de Casa de Apostas do Ano


A Bet365 e a Betfair arrecadaram três prémios cada na EGR Awards 2010, com a empresa de apostas sediada em Stoke-on-Trent, Grã-Bretanha, a vencer o tão cobiçado prémio de Operador do ano.

A Bet365 venceu o troféu perante uma curta lista que incluía a 888, a Betsson, a Partygaming, a Unibet e a Betfair, sendo esta última a mais apontada para a conquista do mesmo.

A empresa fundada há 10 anos por Denise Coates venceu o prémio de melhor Casino Online e website com melhor performance, patrocinado pela firma de monitorização de performance Gomez.

A Betfair venceu os prémios de Inovação, Casa de apostas Móvel e de Casa de apostas desportivas da Grã-Bretanha do ano, sendo que a William Hill era a mais forte favorita a arrecadar este último prémio.


Manfred Bodner, da Bwin, recebeu o prémio de Contribuição excepcional para a indústria, o mais prestigiante prémio para os gestores de topo na indústria eGaming. No seu discurso de aceitação, agradeceu à indústria pelos “10 anos divertidos” bem como ao co-fundador Norbert Teufelberger, afirmando que o prémio é na realidade para toda a empresa.

Este prémio é atribuído ao operador europeu que vencer a dura concorrência das várias empresas europeias do mercado de apostas online. Foi feita uma menção especial ao seu contributo para a construção da marca, às suas decisões inovadoras nos anos iniciais da bwin e aos serviços prestados a toda a indústria.

“Sinto-me muito honrado de aceitar este prémio tão distinto. Enche-nos a todos de orgulho, a mim e a todo o staff da bwin, por nos ser reconhecido o esforço e o pioneirismo. Estas distinções demonstram que a bwin dita as directrizes do sector e vai continuar a fazê-lo” acrescentou Bodner.

O Operador Austríaco Bwin que planeia fundir-se com a Partygaming no primeiro trimestre do próximo ano venceu também na categoria de Casa de apostas desportivas europeias, derrotando concorrentes como a a BetClic, a Betsson e a Unibet.

O prémio para maior ascendente foi para a NeioGames Partners, ao passo que o prémio de futuro potencial foi para a Costa Bingo.

O anfitrião na noite foi o comediante de televisão Jack Whitehall, que entreteu a plateia de mais de 800 pessoas da indústria de apostas online.

Tom Barley, da Estrabet, venceu o primeiro prémio no sorteio da noite, recebendo um iPad. Lisa Slocombe, da Ladbrokes, recebeu o segundo prémio, um fim-de-semana no South Lodge Hotel em Sussex, enquanto que Issac Ward da Paddypower recebeu o terceiro prémio, um cabaz da Fortnum e Mason.

O evento angariou também dinheiro para o Great Ormond Street Hospital, com a PartyGaming a doar £20.000.

Vencedores de 2010:

Affiliate Programme – Virgin Games
Innovation – Betfair
Mobile Operator – Betfair
Marketing Capaign – Gamesys
Social Networking Operator – WooHoo Bingo
Asian Operator – SBOBet
One-to-Watch – Costa Bingo
Lottery Operator – Intralot
Customer Relations Operator – Paddy Power
Sports-betting Innovation – Buzz Sports
Financial Betting Operator – London Capital Group
Slots Operator – Party Gaming
Italian Operator – Lottomatica
Skill Gaming Operator – King.com
White Label Operator – Metro (MEGaming)
Socially Responsible Operator – 888.com
Best Website Performance – Bet365
Best Mobile Performance – Blue Square
Innovative Gaming site of the Year – QuickThinkMedia
Gaming Community of the Year – Pokerstrategy.com
Gaming Comparison site of the Year – Oddschecker
Gaming Review Site of the Year – Bettingpro.com
European Sports Betting Operator – Bwin
UK Sports Betting Operator – Betfair
Casino Operator – Bet365
Bingo Operator – Tombola
Poker Operator – PKR
Rising Star – NeoGames Partners
Operator of the Year – Bet365
Outtanding Contribution to the Industry – Manfred Bodner, Bwin

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23 novembro, 2010

Bwin vence batalha jurídica na Alemanha sobre desenvolver publicidade

Boas notícias para Bwin em solo alemão

Ao que tudo indica, chegou ao fim as batalhas legais na Alemanha sobre o litígio/contencioso entre a Casa de Apostas Bwin e a Westlotto (monopolista estatal de jogo alemã) na questão da publicidade. Durante seis longos anos, a austríaca Bwin teve de esperar o parecer favorável do Supremo Tribunal Federal alemão sobre a possibilidade de estar autorizada a desenvolver a sua publicidade na Alemanha.

A Westlotto, empresa operacional com a natureza monopolista que opera no segmento de lotarias da Alemanha (Alemanha Ocidental Lottery Company) aplicou, em 2004, restrições contra a Bwin por dois acórdãos do Tribunal Regional de Colónia e que foram apoiados, em favor da Westlotto. A Bwin não se ficou e apelou ao Supremo Tribunal Federal alemão que agora, passados 6 anos, dá-lhes razão.

O chefe-executivo da Bwin, Norbert Teufelberger, disse: "Já é tempo, e de total interesse dos envolvidos nesta indústria, preparar o caminho para a regulamentação moderna de jogos online na Alemanha. Estamos optimistas de que a Alemanha siga o exemplo de outros países europeus como Itália e França, onde ambos os estados têm regulamentado a abertura de seus mercados de modo a que leve em conta as condições do sector, necessidade de proteção dos jogadores e controlo eficaz na luta contra a fraude."

O monopólio estatal alemão sustenta a ideia que "o jogo é um perigo para o público em geral e que só o monopólio do Estado é capaz de canalizar correctamente o desejo (vício) incontrolável dos jogadores."

A Bwin confirmou a sua posição em cooperar de maneira construtiva em todas as situações correntes necessárias para assegurar a adequada modernização dos jogos on-line na Alemanha, com a introdução de tecnologias e experiências já feitas, principalmente em outros Estados-Membros europeus.

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22 novembro, 2010

Previsões financeiras para a Indústria de Jogo Online em 2011

Accões de casas de apostas podem representar um bom investimento

A indústria de jogos on-line está a crescer e desenvolver-se a cada dia que passa, e parece que o próximo ano de 2011 será um período propício em termos financeiros. Os especialistas prevêem que as empresas de apostas na internet serão os favoritos ao decidir onde investir recursos.

As recentes fusões entre empresas, incluindo a Bwin e a PartyGaming tem captado a atenção dos investidores. A transação de 3,3 mil milhões de dólares, será uma das maiores operações do sector demonstrando que este mercado é uma opção segura quando se pensa em investir em acções.

Neste momento, outras empresas do sector estão a considerar a celebração de acordos semelhantes. O anúncio da fusão da Bwin e da PartyGaming estão a promover uma maior competição e algumas operadoras já demonstraram opções interessantes a este respeito. A Sportingbet e a 888.com estão actualmente a estudar a possibilidade de fusão.

Não é apenas a perspectiva de unir forças entre empresas que automaticamente aumenta as suas quotas de mercado, mas também representa uma significativa fonte adicional de receitas com o aumento no valor das acções.

Com o negócio do jogo online a crescer de ano para ano, as Casas de apostas tornam-se numa alternativa atractiva para os investidores, e este é o momento perfeito para investir. Enquanto, por agora, os preços das acções ainda estão relativamente baixos, é bastante interessante considerar a compra de acções de empresas de apostas online que estão prontas para avançar para uma fusão estratégica.

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19 novembro, 2010

Estado de New Jersey na dianteira para legalizar apostas na internet nos EUA

Estado de New Jersey na pole position para legalizar apostas online

O Estado de New Jersey, nos Estados Unidos da América, colocou-se na linha da frente quanto ao assunto da regulamentação das apostas online ao aprovar por maioria no seu Senado a proposta S490 que visa estabelecer um órgão regulador para monitorizar todas as actividades de jogos de sorte ou azar e casinos online.

Para quem não sabe, um dos grandes pólos da indústria jogo, hóteis e casinos situa-se em Atlantic City, no Estado de New Jersey, que a par de Las Vegas, no estado do Nevada, são das maiores das maiores atrações turísticas dos EUA e do mundo.

Durante meses, muitos estados americanos têm explorado a possibilidade de legalizar o jogo, para ajudar a contrariar a recessão mundial. Muito tempo passou desde do início do debate, mas o estado de New Jersey decidiu finalmente aprovar (com 29 votos a favor e 5 contra) uma proposta de jogo na internet, no que poderá ser o primeiro Estado americano a regulamentar a actividade no país.

A proposta S490, da autoria do senador Ray Lesniak, necessita agora de aprovação da Assembleia de NY e da assinatura do governador Chris Christie, para que passe a lei oficial. O objectivo destas propostas é revitalizar o sector dos casinos e possibilitar a entrada do segmento de jogos online, na vertente do poker e apostas desportivas online.

Para o avanço desta medida, contribuiu a diminuição drástica das receitas nos últimos anos, a partir de jogos de sorte e azar no Estado de Nova Jersey por culpa da concorrência dos países vizinhos (Canadá/região do Caribe) e operadores internacionais. Com todas estas quebras no sector, o senador Lesniak Ray foi pressionado a criar uma lei para regulamentar o jogo online, incluindo poker e receber desta forma os milhões de dólares gerados por este mercado.

A Lei a ser aprovada na sua generalidade, será limitada aos cidadãos do estado de New Jersey não podendo a lei federal (Washington) interferir nos seus limites geográficos.

Estima-se, que aprovada a Lei, o estado de New Jersey receba anualmente 50 milhões de dólares por parte das empresas de jogos on-line. A ideia, segundo palavras do senador, será converter Nova Jersey, na Meca dos jogos de de sorte e azar online e tornar-se o primeiro estado dos EUA a ter uma regulamentação internacional de apostas pela internet.

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18 novembro, 2010

Itália reforma legislação de Jogo Online com resultados para Europa seguir com atenção

Itália grande reformista da europa na regulamentação das apostas na internet

Nos últimos quatro anos, a Itália destacou-se como pioneira, e líder de uma nova abordagem ao jogo online (internet) o que acabou por a tornar no modelo de referência na Europa para vários países (como França e Dinamarca) dispostos a abrir os seus mercados de jogos respectivamente, sem, contudo desistir de seus poderes de decisão em áreas cruciais como a conformidade do licenciamento e tributação.

Embora tradicionalmente a Itália tenha um histórico muito próprio de decisões que se arrastam no tempo (muito própria dos países latinos) e altamente controversas quando se trata de introdução de reformas sem precedentes em qualquer sector empresarial, é preciso reconhecer que, no caso da regulamentação do jogo online tudo aconteceu muito rapidamente e sem problemas. Na verdade os três pontos cruciais para a reforma (Legislação) italiana no jogo na Internet foram os seguintes:

(1) uma forte pressão política da Comissão Europeia sobre a Itália devido a sua legislação ser altamente monopolista, o que resultou em vários processos de infracção contra o governo de Roma,

(2) a constante jurisprudência do Tribunal Europeu de Justiça, em vários casos envolvendo agentes locais de uma casa de apostas baseada em Liverpool, que aceitou as apostas na Itália, e que foram então enviadas remotamente e processadas na Inglaterra através de um sistema de transmissão de dados sem, contudo, ter uma licença de exploração concedida pela autoridade de jogo italiano, e por último mas não menos importante,

(3) o enorme défice orçamental público, que em meados de 2006 se abateu sobre o ministro Romano Prodi, e que levou o governo italiano a tomar medidas urgentes para alcançar novas fontes de receitas tributárias. Com o tema da regulamentação em cima da mesa, o Estado italiano acelerou a liberalização parcial do mercado de jogo online e o lançamento em simultâneo de um novo concurso para contemplar pela primeira vez a atribuição de licenças para operadoras de jogo na internet fora das suas fronteiras. Poucos dias depois, a 2 de agosto de 2006, nasceu o Decreto Bersani que foi aprovado por lei pelo parlamento.

As principais características da reforma de 2006 do Jogo Online em Itália podem ser resumidas da seguinte forma.

• Legalização do sistema remoto interativo peer-to-peer em que permite apostar em odds fixas (bolsa de apostas)

• Legalização dos jogos de sorte e azar (dinheiro real) na internet.

• Possibilidade para os operadores com base em qualquer país da União Europeia e da EFTA (Associação Europeia de Livre Comércio), Inclusive as empresas sediadas numa jurisdição offshore, de solicitar uma licença de jogo italiana, desde que cumpram com ajuste de certas exigências próprias e re-localizem os seus servidores de jogos online para a Itália.

• Nova proposta de licença visando a reformulação e reorganização da rede de casas de apostas online, assim como a legalização da actividade (jogo on-line), ainda que, estritamente no âmbito dos jogos na internet e com a licença a ser concedida pela AAMS (órgão regulador de jogo italiano) e sujeita ao pagamento de uma taxa única de licença de 300 mil euros.

O processo licitatório foi oficialmente concluído a 28/12/2006. Um total de 33 licenças de jogo online foram também concedidas principalmente aos grandes operadores estrangeiros, tais como a Betfair, a Unibet, William Hill, Ladbrokes, Intralot, e a 888.

Como as licenças da AAMS ainda estavam num âmbito muito precoce, a Lei das Finanças de 2007 (conhecida como "FA07") passou então para o primeiro dia de 2007. Duas das disposições nele contidas, são particularmente dignas de ser mencionadas para apreciação pela forma como as autoridades italianas lidaram com a abertura do mercado interno mediante do acoplamento da legalização e da regulamentação progressiva dos produtos de jogo cada vez mais com a execução simultânea dos sites ilegais (sem licença) bloqueando o acesso a estes através do endereço IP. Apenas é possível jogar na net em Itália, através do endereços terminados em it.

Quanto ao jogos da mente, a lei FA07 estipula que "qualquer tipo de jogos de cartas são considerados jogos de habilidade baseada desde que (1) sejam organizadas sob a forma de um torneio, e (2) a participação é limitada à taxa de inscrição cobrada para jogar no torneio ". Esta disposição foi afixada no texto para legalizar os torneios de poker online que, assim, automaticamente se enquadravam na categoria de jogo de habilidade ou da mente.

Os outros dados relevantes da lei FA07, trata-se do êxito da medida de restrição contra sites estrangeiros que aceitavam residentes em Itália sem a devida licença da AAMS. Estas restrições foram introduzidas pela Lei das Finanças de 2006 ("FA06") e, finalmente, implementado por um decreto em Fevereiro de 2006 acompanhado de uma lista negra de mais de 500 sites de jogo online "ilegais" em que os ISPs não eram permitidos operar em Itália sob pena de pesadas sanções.

A política de restrições aos sites ilegais pelas autoridades italianas parece ter funcionado na perfeição, como comprova o crescimento saudável e consistente das empresas de apostas legalizadas nos dados conhecidos de 2010. Nos primeiros nove meses do corrente ano, a indústria de jogo apresentou um facturamento total de cerca de 45 mil milhões de euros, com mais 12,82% em relação a 2009, e por outro lado, a lista negra tem diminuído em função de uma grande maioria dos operadores internacionais ao longo dos últimos três anos, optar por garantir uma licença junto da AAMS.

O ano de 2009 foi o que marcou, se não o fim, definitivamente, o ponto de inflexão mais importante do processo de reforma de jogo que a Itália que começou em meados de 2006. As medidas relativas ao sector do jogo podem ser resumidas nos seguintes pontos:

• Legalização de jogos online (casinos online e jogos no estilo Las Vegas)

• A legalização do poker online e jogos de mesa

• Mandato de autorização para a AAMS (a autoridade reguladora do jogo italiano) regular a troca de apostas, apostando em eventos virtuais e jogos de vídeo (VLTs). Curisosamente esses jogos já tinham sido legalizados em 2006, só que a AAMS não conseguiu implementar as regras que haviam anunciado tendo ficado numa espécie de limbo regulamentar.

Introdução de um regime fiscal sem precedentes, com fins lucrativos, com uma taxa fixa de 20% aplicável a todos os novos jogos listados, tirando apenas os VLTs. Esta disposição, é de suma importância, pois prepara o caminho para o lançamento de jogos que de outra forma nunca poderiam ter sido oferecidos em Itália, dado o seu regime fiscal penalizar o volume de negócios, contudo, continuará a aplicar-se às apostas desportivas, corridas de cavalos, bingo, lotarias e jogos de habilidade (incluindo os torneios de poker online que continuarão a ser tributados em 3% do total de buy-ins vendidos pelas respectivas operadoras.

Por último, mas não menos importante, a Lei nº. 88 de 07 de julho de 2009 ("Lei 88/09"), que garante a introdução de novas formas de jogar, através dos serviços móveis e televisão interactiva, e que permitiu uma nova ronda de licenciamento pela AAMS (não por meio do concurso, como em 2006, mas simples pedido) de até 200 novas licenças de jogo que permitirá às operadoras oferecer uma ampla gama de serviços de jogo online no âmbito dos mais recentes regulamentos europeus.

O novo quadro regulamentar de jogo online em Itália

As principais características do remodelado sector italiano de jogo na internet e que estão na iminência de ser executados pela AAMS sob a Lei 88/09 são os seguintes,

• No acordo com a AAMS, os operadores têm que garantir uma licença a 9 anos para puderem fazer a oferta dos seus produtos online.

• O custo único da licença é de 350 mil euros (mais IVA a 20%), a pagar no momento da emissão da mesma.

• A licença para jogo online na internet abrange actualmente: odds fixas nas apostas/bilhar, corridas de cavalos, apostas desportivas, jogos de habilidade (incluindo torneios de poker online e torneios de qualquer outro tipo - os elegíveis para a classificação de jogos de perícia), e bingo (sujeito a uma sub-distribuição de acordo com o titular da lotaria actual com licença exclusiva),

• Mas quando a AAMS regula probabilidades fixas de jogos de azar (casino online, por exemplo) de poker online e de outros jogos a dinheiro (e numa fase posterior, as apostas em eventos virtuais e também bolsa de apostas), estes jogos serão também incluídos no jogo remoto com devida licença. É necessário ter todos os regulamentos secundários propostos, e decorrentes da Lei 88/09 que foram aprovados e autorizados pela Comissão Europeia (o prazo terminou com êxito a 15 de Outubro de 2010). Os esperados e pertinentes decretos da AAMS serão publicados muito em breve, possivelmente antes do final de 2010.

• A aplicação da licença da AAMS é aberta a qualquer operador de jogo baseado na jurisdição do Espaço Económico Europeu (“EEE”)- países da Europeia mais a Islândia, Noruega e Liechtenstein.

• A licença pode ser emitida directamente a um requerente estrangeiro, desde que possua um passaporte EEE, pelo que não é mais necessário para o requerente incorporar uma empresa italiana.

• A licença pode ser concedida também a um não-operador (inicialização ou de uma empresa que venha um sector de negócios totalmente diferente), desde que: (1) garanta a liberação junto da AAMS e que apresente uma garantia bancária de 1,5 milhões de euros e (2) uma auditoria que será fornecido por um certificador independente, na medida em que o candidato possui a infra-estrutura tecnológica necessária, know-how e gestão de recursos para executar as operações exigidas pela licenciadora AAMS.

O controlo des jogadores na internet só pode ser oferecido aos residentes italianos através de uma plataforma dedicada e autonomizada identificando o sufixo (it), o qual deve estar totalmente ligado ao sistema de controlo centralizado pela AAMS, através do seu parceiro tecnológico SOGEI, de modo que cada aposta/apostas/jogo colocados por um cliente italiano possam ser devidamente registrados, monitorados, controlados, validados e tributados.

• A prestação de serviços de jogo online por parte de um operador estrangeiro com base na plataforma com o sufixo ".com" para residentes italianos é estritamente proibido e sujeito a restrições, e repressão (a tal lista negra).

• Quem oferecer serviços de jogos on-line na Itália, sem efectuar o devido licenciamento junto da AAMS está sujeito a pena de prisão de seis meses até três anos.

• Em Itália, quem organizar, oferecer e receber apostas online, com licenças de jogos regulamentadas pela AAMS, e operar de maneira diferente das exigidas pela AAMS, está sujeito a detenção de três meses a um ano e multa de 500 a 5 mil euros, mesmo se o infrator for titular de um certificado da AAMS.

• As operadores licenciadas pela AAMS estão autorizadas a manter os seus servidores de jogos no estrangeiro, desde que estejam localizadas no Espaço Económico Europeu (EEE) e disponham de uma conexão em tempo real com o sistema de controlo centralizado pela reguladora italiana AAMS.

• Tanto a plataforma do operador, como do software de jogos (nomeadamente, casino online, poker e jogos de mesa) devem ser devidamente certificados por um laboratório de ensaios aprovado pela AAMS.

O modelo tributário que vai ser executado, uma vez que os regulamentos são publicados pela AAMS, será uma mistura híbrida de volume de negócios gerados e o lucro bruto de base.

Os seguintes jogos online vão continuar a ser objecto de tributação sobre o lucro bruto de base (entre parênteses as taxas aplicáveis mais relevantes): apostas desportivas (3,5% em média), apostas de corridas de cavalos (cerca de 10%), jogos de habilidade (3%), bingo (quase 11,5%).

Todas os novos segmentos de jogos online, nomeadamente, casino online, poker, intercâmbio de apostas e apostas em eventos virtuais (estes dois últimos segmentos ainda não estão regulamentados - apenas para meados de 2011), serão objecto tributação por volume de negócios gerados a uma taxa fixa de 20%.

Com o lançamento dos novos decretos de lei, por parte da AAMS, também os primeiros operadores licenciados terão que se actualizar e cumprir conforme as novas empresas no mercado italiano. De facto, como as licenças actuais não cobrem os novos segmentos de jogos regulamentados pela AAMS, nem as respectivas plataformas estão certificadas em conformidade com as normas da AAMS, os "antigos" operadores terão que: (1) actualizar o acordo de licença com a AAMS, assinando o documento sendo necessário, (2) obter a sua plataforma de jogos a dinheiro real, devidamente autenticadas, e, em seguida, (3) pedir uma aurorização à AAMS para ser autorizado as operações de casinos online e/ ou poker a oferecer ao cliente.

Previsões para 2011 do sector de jogo online em Itália

Neste momento, a grande reforma do sector do jogo italiano que começou em 2006, está praticamente concluída, embora ainda existam algumas questões importantes a serem tratados pela AAMS, possivelmente já durante o próximo ano (2011).

As áreas que necessitam de acção urgente por parte do regulador estão devidamente identificadas:

Bingo - falta de diversidade de jogos, apenas o "Bingo 90 bolas" está regulamentado em Itália. O intercâmbio de apostas (Betting Exchange em inglês) e os eventos virtuais. Estes são certamente. os dois últimos importantes produtos que ainda constaram no portfólio de jogos da AAMS.

Apostas móveis (pelo telemóvel). Este segmento não enfrenta problemas de natureza regulamentar, o problrma deve-se à falta de condições técnicas (pltaformas tecnológicas).

Apenas para concluir, se a AAMS resolver definitivamente as questões finais pendentes da regulamentação para 2011, a Itália será de pleno direito a primeira jurisdição na Europa a concluir de forma bastante abrangente, consistente e sustentável o caminho da liberalização do mercado de jogos na internet: uma conquista bastante notável para um país onde os centros de pressão local e cartéis oligopolistas de origem e natureza diversas, ainda estão prosperando em muitos outros sectores da economia nacional.

Fonte: Quirino Mancini (boa parte)

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