A Rússia, geográficamente o maior país do planeta acolherá o Campeonato do Mundo de 2018. Pela primeira vez na história a competição acontecerá no leste da europa. A escolha foi surpreendente, apesar de na véspera alguns órgãos de Informação avançarem o favoritismo do projecto russo, em detrimento de Portugal/Espanha, Inglaterra e Holanda/Bélgica.
Não existem muitas dúvidas sobre a capacidade financeira do país, ainda mais com o forte apoio do Estado e dos imensos recursos naturais, como o petróleo e do gás natural (Gazprom) que garantem milhões de euros em receitas. A proposta russa inclui a construção de 13 estádios, com investimentos de 641,3 milhões de dólares - fora outros milhões no futebol do país e 2800 milhões de euros em infraestruturas nos próximos anos. Ao todo, serão 13 sedes e 16 estádios, sendo que o principal - e único com cinco estrelas da UEFA - já está pronto: Luzhniki, em Moscovo.
As cidades propostas para receber os jogos são: Yekaterinburgo, Kaliningrado, Kazan, Krasnodar, Moscovo, Nizhny Novgorod, Rostov-na-Donu, Samara, São Petersburgo, Saransk, Sochi, Volgogrado e Yaroslavl. Algumas cidades serão cortadas - entre três ou cinco. Destas, sete não tem clubes na primeira divisão russa.
Recentemente o calendário dos campeonatos nacionais russos foi adequado ao modelo utilizado em toda Europa. A Premier Liga russa de 2010 foi a última que iniciou-se no primeiro semestre e terminou no segundo. A próxima época terá três voltas, para que se seja disputada entre a época 2011/2012. Depois, os 16 clubes da divisão da principal divisão voltam ao modelo tradicional a duas voltas.
Financiados por grandes companhias - petrolíferas e de exploração de gás normalmente -, os clubes russos têm ganho cada vez mais projecção internacional. Os títulos na Taça Uefa de 2004/05 (CSKA Moscovo) e 2007/08 (Zenit) são provas disso.
A selecção, aos poucos, tem recuperado o seu papel de destaque. A década de 1990 foi praticamente perdida. Após esse período, a federação russa demorou muito tempo a reencontrar o caminho. Em 2007, com a chegada do técnico holandês Guus Hiddink, conseguiu unir o talento dos jogadores e fazer uma boa equipa.
Fora do campo, nomes como Vitaly Mutko, actual ministro do Desporto e ex-presidente da federação russa, Evgeni Giner, presidente do CSKA Moscovo e um dos principais líderes do futebol na Rússia, Aleksandr Dyukov, presidente do Zenit e com ligações à Gazprom, vão passar a ser mais falados no panorama desportivo mundial. Fora, é claro, Roman Abramovich.
Para quem não sabe, Abramovich, mesmo sendo presidente do Chelsea, segue colaborando financeiramente com a Federação Russa. Ele é o responsável pela construção de um moderno centro de estágios para a selecção nos arredores de Moscovo. Também era ele, que pagava os salários astronómicos de Hiddink.
Entre os pontos negativos que foram levantados sobre a candidatura russa, a principal questão sempre foi o sector dos transportes. O país é sofre com a escassez de voos internacionais e a capacidade de seus aeroportos é baixa. Boa parte dos milhões investidos serão destinados a obras de logística.
Sobre a distância entre as cidades, todas praticamente estão na parte europeia da Rússia. Para os menos identificados com geografia, o país localiza-se tanto na Europa como na Ásia. Apenas Yekaterinburgo fica mais a leste.
Fotos dos Estádios do Mundial 2018 (Rússia)
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Em São Petersburgo, será construído um estádio para 69 mil pessoas e que deve ficar pronto já em 2013
Em Kaliningrado, no noroeste da Rússia, um estádio para 45 mil pessoas que será erguido até 2017
Em Moscovo, o estádio Lujnik, antes chamado Lénin e construído para as Olimpíadas de 1980, será reformado e terá a maior capacidade do Mundial 2018: 80 mil pessoas
Além de Lujnik, a região de Moscovo oferecerá um segundo palco: será um estádio para 44 mil torcedores.
O estádio do Spartak Moscovo também é candidato a receber jogos d Mundial. A capacidade será de 46 mil lugares
A cidade de Kazan é a casa do Rubim Kazan, cujo estádio seria reformado visando o Mundial
Às margens do Volga, está Níjni Novgorod, que projecta um novo estádio para 44 mil pessoas e conclusão prevista em 2017
O estádio de Iaroslav também está para ser construído. Com capacidade para 44 mil pessoas, tem um design inovador no tecto do complexo
Samara também fica às margens do Volga e aproveita o belo cenário para um estádio de 44 mil pessoas com conclusão prevista para 2017
Volgogrado é o nome contemporâneo da histórica cidade de Stalingrado. A estádio terá lugar para 45 mil adeptos e deve ficar pronto até 2017
Também seguindo o curso do Volga, fica Saransk, onde se erguirá um estádio para 44 mil adeptos
A cidade de Krasnodar apresenta um estádio debruçado sobre as águas com capacidade prevista para 50 mil pessoas
O estádio de Rostov ainda será construído e terá capacidade para 43 mil lugares
Sóchi será sede das Olímpiadas de Inverno de 2014 e projeta utilizar o mesmo estádio dos Jogos do mundial. Ficará pronto em 2013 e terá 47 mil lugares
Ecaterimburgo é a única sede proposta que fica na Rússia asiática. O estádio precisa de profundas reformas
Por fim, outro estádio moscovita. O do Dínamo, que precisa ser reformado e terá capacidade para 44 mil pessoas
Fotos: Placar
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Ei, bom trabalho,,,, obrigado por uma informação tão valiosa,,,,
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