27 junho, 2011

Perspectivar o novo Sporting 2011/2012


De cara lavada, o Sporting parece querer finalmente demonstrar que está pronto para acordar da longa depressão das últimas duas épocas. Dois anos negros que pintaram os piores resultados desportivos da história do clube leonino. Para já, ainda não existe pontos ou competições para disputar, mas a forma enérgica como o Sporting se apresentou no mercado de transferências pode pelo menos fazer renascer a velha máxima do antigo líder sportinguista Sousa Cintra - "este ano é que é".

Depois de José Eduardo Bettencourt ter abandonado precocemente o projecto presidencial, em Janeiro último, e de ter falhado redondamente em todas as àreas, o Sporting atravessou um intenso período eleitoral culminando com a eleição de Godinho Lopes, no final de Março. No discurso de vitória, prometeu a contratação de nomes fortes e de um treinador português, jovem e ambicioso. Quatro meses depois, não se pode dizer que os Leões não estão a trabalhar, ainda que os efeitos dessa "movimentação" sejam uma incógnita.

De Maio até agora, passaram cerca de dois meses, e de lá para cá, chegaram 14 novos reforços, além do regresso dos vários emprestados e da promoção de alguns juniores. Dos nomes vindos a público na altura das eleições, é verdade que apenas Domingos Paciência (treinador) e o defesa peruano Rodríguez (Sp. Braga) são parte das promessas ao sócios. Segundo o presidente Godinho Lopes, cerca de 20 milhões de euros - o orçamento previsto era de 30 milhões - já foram investidos em reforços. Ao mesmo tempo, outros jogadores foram dispensados, para aliviar a folha de salários. Entre os nomes já contratados, várias surpresas (algumas até positivas, outras passíveis de observação e, claro, jogadores que inicialmente soam como desnecessários).

Na baliza está o nome que, num primeiro momento, soa inexplicável. O Sporting já tinha três guarda-redes e parecia decidido a manter Rui Patrício, Tiago e Vítor Golas. Eis que chega, do Marítimo, Marcelo Boeck. Em tese, para ser o suplente directo de Rui Patrício, mais ou menos nos moldes da chegada de Hildebrand no último ano.

No sector defensivo, considerado um dos mais delicados da equipa, ganhou uma variedade interessante de opções. Na defesa, além de Rodriguez, chegou o norte-americano Oguchi Onyewu (Milan) e o jovem colombiano Santiago Arias. Em princípio, o peruano e Onyewu devem render Anderson Polga e Daniel Carriço e formar uma dupla mais forte do ponto de vista físico. Nas laterais, há o ingresso de João Gonçalves (emprestado ao Olhanense) para a direita e a chegada do francês Atila Turan do Grenoble de França.

No meio-campo, existem muitos reforços mas que na maioria soam mais como apostas do que efectivamente certezas. O mais conhecido do adeptos portugueses é Luís Aguiar, que estava no Peñarol e que teve uma boa passagem pelo Braga. Stijn Schaars, oriundo do AZ ALkmaar, foi capitão do clube holandês, destacou-se no campeonato que valeu o título (Eredivisie) em 2008/2009 e esteve no último campeonato do Mundo. Tem características de liderança e organização de jogo que estavam em falta em Alvalade, mas necessitará de adaptação ao ritmo do futebol português, já que passou toda a carreira na Holanda. De Espanha, e concretamente do Sevilha chega Diego Capel, o espanhol de 23 anos é um extremo-esquerdo de boa qualidade e que vai garantir maior largura no ataque através da sua verticalidade e velocidade.

Mas ambos terão concorrência difícil, já que o russo Izmailov, enfim, parece recuperado das lesões sistemáticas e polémicas que tem marcado a sua passagem pelo Sporting e, que em condições normais, é um natural titular. Além disso, permanece no plantel o irregular, mas reconhecidamente bom jogador chileno Matías Fernandez, provável concorrente de Luis Aguiar e Schaars, caso a equipa jogue com três homens no meio-campo com apenas um a ligar o sector ofensivo.

Já Fabián Rinaudo é um médio-defensivo que apesar de ter descido com o Gimnasia La Plata para a segunda divisão argentina, era o grande nome da equipa, chegado a ser mesmo convocado para a Albiceleste. Deverá fazer dupla com André Santos, uma vez que o sector de médios defensivos foi o que sofreu mais perdas, com as rescisões de Zapater, Maniche e Pedro Mendes. Esta última, aliás, talvez a dispensa mais inexplicável, vista a experiência do internacional português e o rendimento dele ser proporcionalmente melhor que grande parte da equipa.


Na frente de ataque, "sobreviveram" Hélder Postiga e Yannick Djaló. Mas a dupla da casa terá séria concorrência. O nome mais forte é o búlgaro Valeri Bojinov, ex-jogador do Parma e com larga experiência no futebol italiano. Ricky van Wolfswinkel, ex-Utrecht, foi um dos principais goleadores da Liga Holandesa (Eredivisie) passada e tem a seu favor a capacidade de jogar também a 10. Já o peruano André Carrillo, grande esperança do futebol daquele país, desponta como "rookie" do ataque. Sabe actuar em ambos os lados do ataque, o que lhe pode ser um diferencial. Também bastante jovem (18 anos), o promissor avançado chileno, Diego Rubio, chegou do Colo Colo. Diego Rubio é apontado como uma das grandes promessas chilenas da actualidade e destacou-se nos últimos meses com vários golos.

Em relação aos empréstimos, o Sporting cedeu Diogo Salomão, uma boa surpresa de 2010/2011, ao Deportivo. Também poderia tranquilamente disputar a posição entre os selecionáveis leoninos. Porém, a oportunidade em Espanha e a responsabilidade de ajudar o histórico clube da Corunha em regressar à elite pode ajudar-lhe a amadurecer.

Mas as grandes perspectivas estão mesmo no banco, com a chegada de Domingos Paciência para treinador. As credencias são as melhores, e até por isso, entende-se que o grupo com o qual contará tenha alguns de seus jogadores mais importantes da época no Sp. Braga, como os "antigos" João Pereira e Evaldo e os "novatos" Rodriguez e Luis Aguiar.

Domingos Paciência já demostrou ser um treinador competente, algo que tem faltado ao Sporting nos últimos anos, e terá um grupo tecnicamente superior ao do Braga para trabalhar, ainda que tenha que organizar e planear toda uma nova estrutura. Se em Braga, a pressão de resultados não é comparável aos três "grandes", sabe-se que, em Alvalade, o tempo e a margem de erro serão curtas.

Em conclusão, o Sporting depois de um longo tempo de hibernação iniciará a época 2011/2012 com alguma perspectiva. A possibilidade mais palpável de regressar à Liga dos Campeões, derivado a Portugal dispôr no próximo ano três vagas na Champions, é hoje foco principal do clube - ainda que o discurso seja o de lutar pelo título, actualmente ainda inviável, visto que FC Porto e Benfica tem equipas mais fortes em teoria. De qualquer forma, a intensa movimentação sportinguista neste defeso 2011/2012 é, já, uma boa surpresa para a época que está prestes a começar.

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24 junho, 2011

Subidas e Descidas. Consagrados e Estreantes do Futebol europeu 2010/2011


Para fechar de vez o que foi a temporada 2010/2011, destaco as subidas e descidas do futebol europeu com particular incidência para as segundas ligas dos principais campeonatos.

A Segunda Liga e demais inferiores são normalmente parte secundária da atenção dos amantes do futebol. Por norma são campeonatos pautados pela competividade e apenas a presença de emblemas históricos atraem a curiosidade do grande público. A época 2010/2011 teve um número incomum desses clubes que pela sua história encaixam nesse perfil. Falo do Belenenses, em Portugal, como também do Torino e Atalanta, na Itália, Leeds e Nottingham Forest, na Inglaterra, Hertha Berlim, na Alemanha, e Bétis e Valladolid, na Espanha, e nem todos conseguiram o desejado regresso à elite.

Também houve espaço para clubes de pequenas cidades, mais recentes ou com menos tradição, que geralmente complicam a vida de qualquer equipa quando actuam nos seus campos, e que pela regra terminam a meio da tabela classificativa e raramente conseguem a promoção. São os casos de Feirense, Novara, Swansea, Augsburgo e Granada, que ignoraram os prognósticos e conseguiram ascender à elite das ligas mais importantes do velho continente.

Em Portugal, o Gil Vicente sagrou-se campeão da Liga Orangina (Liga de Honra), com o Feirense, da cidade de Santa Maria da Feira a chegar também à Primeira Liga, 21 anos depois da terceira e última presença (1989/1990) dos fogaceiros no escalão maior do futebol português. No caminho oposto, Portimonense e Naval da Figueira da Foz fazem agora parte do campeonato do Belenenses, Leixões e Estoril, clubes com muita história. Do terceiro escalão (Segunda Divisão Nacional) fazem agora parte dos campeonatos profissionais Atlético Clube Portugal e União da Madeira, duas equipas com um passado rico entre os maiores, especialmente o clube da tapadinha que chegou a ser um dos clubes "clássicos" dos anos 60. Na segunda divisão caiu outro histórico, o Varzim e um sobe e desce - o Fátima.

Em Inglaterra, os londrinos do Queens Park Rangers beneficiado pela boa situação financeira garantiu o acesso à Premier League com relativa tranquilidade, mantendo a liderança desde o início e garantindo o título com 88 pontos, sem sobressaltos. O principal destaque da equipa comandada pelo treinador Neil Warnock foi o médio marroquino Adel Taarabt, capitão e melhor-marcador com 19 golos e já cobiçado por Arsenal e Chelsea. O seu companheiro de posição Alejandro Faurlin e o lateral esquerdo Kyle Walker também chamaram a atenção, e o segundo inclusive já acertou com o Aston Villa para 2011/2012.

O segundo classificado foram os "canarinhos" do Norwich, que somou 84 pontos e teve o melhor ataque da competição, com uns impressionantes 83 golos marcados em 46 jogos. Durante boa parte do campeonato, a equipa do norte de Inglaterra permaneceu no embrulho dos primeiros posicionados, e a promoção chegou com um “sprint final” de quatro vitórias e um empate nas últimas cinco jornadas e a consequente ultrapassagem sobre Swansea, Cardiff e Reading. O destaque da equipa foi o avançado Grant Holt, autor de 21 golos.

Ao contrário de Queens Park Rangers e Norwich, o Swansea nunca tinha conseguido disputar a Premier League e é o primeiro clube do País de Gales a disputar a competição. A última vaga chegou após conseguir o terceiro lugar, com 80 pontos, e a vitória nos play-offs, eliminando o Nottingham Forest na meia-final e batendo o Reading na grande final de Wembley (foto no início do post) por 4-2. O destaque do clube galês foi o médio Scott Sinclair, autor de 19 golos.

Os agora promovidos substituem Birmingham, Blackpool e West Ham, despromovidos na Premier League. Preston, Sheffield United e Scunthorpe United desceram à terceira divisão inglesa.

Em Espanha, na longa Liga Adelante, quem deu cartas foi o Betis de Sevilha, que somou 83 pontos e ficou com o título de campeão, garantindo o regresso à primeira divisão, de onde havia sido despromovido em 2008/2009. O clube teve como ponto forte o seu ataque, o melhor da competição a par do Barcelona B, com 85 golos, 57 deles marcado pelo trio formado por Rubén Castro, com 26, Jorge Molina, com 18, e Achile Emaná, com 13. O treinador da equipa, Pepe Mel, já renovou contrato e permanece em 2011/2012.

O Rayo Vallecano, segundo classificado com 79 pontos, lutou com o Betis até ao fim pelo título e garantiu o acesso com jornadas por disputar. A subida da equipa, que não disputava a primeira divisão desde 2003, estabelece um marco histórico no futebol em Espanha, porque, pela primeira, quatro clubes de Madrid fazem parte da elite da La Liga (os outros são Real Madrid, Atlético de Madrid e Getafe). O principal destaque do clube foi o médio ofensivo argentino Emiliano Armenteros, que marcou 20 golos.

Na terceira posição ficou o Barcelona B, de Nolito (agora no Benfica) e Jonathan Soriano, melhor marcador da Segunda Liga com 32 golos. Mas como a filial do Barça não pode subir de divisão (pelas regras), a última vaga foi disputada por Elche, Granada, Celta de Vigo e Valladolid, que terminaram nas posições subsequentes. O Granada levou a melhor após eliminar o Celta de Vigo nas grandes penalidades nas meias-finais dos play-offs e o Elche na final com dois empates, por 0-0 e 1-1 (fora), com o golo marcado fora pelo nigeriano Odion Ighalo. Com isso, o clube regressou à elite espanhola após 35 anos de ausência.

Os promovidos ocuparam os postos deixados por Deportivo da Corunha, Hércules e Almería, despromovidos à Liga Adelante. Salamanca, Tenerife, Ponferradina e Albacete desceram para a terceira divisão.

Na Itália, a Atalanta recuperou facilmente da descida em 2009/2010 e teve nítida superioridade sobre os demais clubes. A equipa terminou a competição com 79 pontos, dois a mais que o segundo Siena, e o ponto positivo foi a manutenção da equipa-base formada por jogadores que já conhecem o clube e têm identificação com os tifossi. É o caso, por exemplo, do guarda-redes Andrea Consigli, do defesa Giampaolo Bellini e do médio Cristiano Doni, este último com 38 anos. O melhor marcador foi o avançado Simone Tribocchi, com 14 golos marcados.

Outro dos despromovidos em 2009/2010, o Siena tratou também de erguer-se e voltar logo à elite italiana. Chegou a liderar a competição, mas uma pequena série de maus resultados no fim fez com que fosse ultrapassado pela Atalanta e ficasse com o segundo lugar. O clube apostou numa mescla entre juventude e experiência, com nomes como Simone Vergassola dando suporte a destaques recentes das seleções jovens italianas, como Luca Marrone e Ciro Immobile, ambos emprestados pela Juventus.

A última vaga para a Serie A ficou com o surpreendente Novara, que ficou na terceira posição e conseguiu lugar nos play-offs, derrotando então Reggina e Padova. A equipa do norte de Itália, regressa ao convívio dos grandes após 55 anos de ausência, e teve como principais destaques os avançados Cristian Bertani, com 17 golos, e Pablo González, que facturou outras 15 vezes. E este Novara, que pessoalmente só conhecia pela modalidade de Hóquei Patins será uma das atrações da próxima época, e que terá a vantagem de utilizar no seu estádio um relvado sintético para amealhar pontos.

Para a Serie B, cairam a Sampdória, Brescia e Bari. Triestina, Portosummaga, Fonsione e Piacenza desceram à Serie C.

Tal como em Inglaterra, Espanha e Itália, a Segunda Liga alemã (2.Bundesliga) foi marcada pela promoção de um clube com muita tradição, o Hertha Berlim, e outro praticamente desconhecido do grande público, o Augsburgo, que será estreia absoluta na primeira divisão. O Bochum, terceiro classificado, disputou um play-off com o Borussia Mönchengladbach, mas acabou derrotado e permanece na segunda divisão em 2011/2012.

O Hertha Berlim, despromovido em 2009/10, liderou o campeonato desde o início e venceu com folga, mostrando-se uma equipa coesa e confiável e capaz de manter-se na primeira divisão em 2011/2012. Destaque da equipa, o colombiano Adrián Ramos, autor de 15 golos. O regresso do clube marca também a volta do futebol de primeira à capital alemã.

O Augsburgo, por sua vez, teve uma vida um pouco mais difícil, pois passou todo o campeonato nas primeiras posições, mas sofreu uma certa irregularidade, garantido um lugar directo apenas na última jornada por ter um gol-average superior ao Bochum. A equipa teve como pontos de referência o experiente guarda-redes Simon Jentzsch, que foi dono da baliza do Wolfsburgo alguns anos, além do avançado Nando Rafael, autor de 14 golos.

Os dois promovidos substituem Eintracht Frankfurt e Sankt Pauli, despromovidos para a segunda Liga. Osnabrück, Rot-Weiss Oberhausen e Aminia Bielefeld desceram à terceira divisão da Alemnha.

Restantes subidas e descidas do futebol europeu

França
Subiram: Evian (campeão), Ajaccio e Dijon
Desceram: Vannes, Nimes e Grenoble

Holanda
Subiram: RKC Waalvijk
Desceu: Almere City

Bélgica
Subiram: OH Leuven (campeão) e Mons
Desceram: Rupel Boom, Tournai e Turnhout

Rússia
Subiram: Kuban (campeão), Volga Nizhny Novgorod e Krasnodar (secretaria)
Desceram: Dynamo São Petersburgo, Salyut Belgorod, Rotor Volvogrado, Irtysh Omsk e Avangard Kursk

Ucrânia
Subiram: Oleksandria (campeão) e Chornomorets
Desceram: Prykarpattya e Feniks Ilichovets

Grécia
Subiram: Panaitolikos e PAS Giannina
Desceram: Anagennisi Karditsas e Kallithea

Turquia
Subiram: Mersin Idmanyurdu, Samsunspor e Orduspor
Desceram: Altay e Diyarbakispor

Áustria
Subiu: Admira Wacker
Desceu: Gratkorn

Suíça
Subiram: Lausanne Sports (campeão) e Servette
Desceram: Schaffhausen e Yverdon Sport

Escócia
Subiu: Dunfermline
Desceram: Stirling Albion e Cowdenbeath

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19 junho, 2011

Nuno Gomes: Fim da aventura Benfica


A saída de Nuno Gomes do Benfica colocou fim a uma ligação de 12 anos de àguia ao peito. No total fez 166 golos e conquistou sete títulos com a camisola 21 do Benfica, entre eles dois campeonatos nacionais. Para muitos adeptos, Nuno Gomes foi um grande jogador do clube, um símbolo, talvez o mais popular da última década, para outros apenas um produto de marketing bem trabalhado. Na verdade, Nuno Gomes, viveu de tudo nesta longa passagem pelo Benfica. Atravessou a pior fase desportiva e financeira da historia do clube nos finais dos anos 90, como também contribuiu em grandes jornadas nacionais e internacionais.

Talvez a saída de Nuno Gomes tenha surpreendido boa parte, mas para os mais atentos, o capitão deixara de ser opção desde a chegada de Jorge Jesus. Ao longo das últimas duas épocas, J.J. utilizou Nuno Gomes em 21 jogos (2009/2010), mas somente cinco como titular. No total, acomulou, 492 minutos - equivalente a pouco mais de cinco jogos completos - e quatro golos.

Já na última temporada (2010/2011), o aproveitamento foi ainda menor: 12 jogos, sempre como suplente, e apenas 75 minutos em campo. O número de golos assinalados, curiosamente, foi ainda maior (cinco). Uma interessante média de um golo a cada 15 minutos. Apesar disso, Jorge Jesus e o Benfica pretendiam que Nuno Gomes passasse a dirigente. O jogador, por sua vez, queria dar sequência à carreira e, provavelmente, pendurar as botas no final de 2012. O Benfica, então, não renovou o seu contrato, e o avançado rumou a Braga.


O adeus de Nuno Gomes marca o fim de uma ligação iniciada em 1997, quando o jogador, foi transferido do Boavista - onde iniciou a carreira profissional e conquistou a Taça de Portugal contra o própro Benfica - para rumar à Luz. Foram três épocas brilhantes, ainda que sem qualquer título, com 76 golos em 124 partidas. O sucesso levou-o à selecção portuguesa e abriu-lhe portas para uma transferência (13 milhões de euros) para o futebol italiano para representar a Fiorentina. Dois anos volvidos, regressa ao Benfica devido à falência do clube de Florença.

O regresso à Luz foi também a oportunidade de conquistar o que faltou na sua primeira passagem: títulos. Venceu a Taça de Portugal em 2004 e a Liga Portuguesa em 2005, além da Supertaça, também no mesmo ano. Homem de muitos golos, Nuno Gomes infelizmente nunca venceu o troféu de melhor marcador da Liga, muito também por culpa de algumas lesões em fases importantes da época.

A importância de Nuno Gomes na equipa foi recompensada em 2007, ao receber a braçadeira de capitão, então pertencente a Rui Costa. Apesar disso, anualmente, o Benfica trazia novos reforços para a linha avançada, e em muitos casos, foi Nuno Gomes o "sacrificado" para ir ao banco. À medida que a temporada decorria, porém, lá estava o "eterno" novamente no onze. Mantorras, Reyes, David Suazo e Miccoli estiveram entre os "concorrentes" que, em dado momento, viram o seu espaço reocupado pelo camisola 21.

No entanto, quando chegou Jorge Jesus e Saviola, as coisas mudaram. O argentino assumiu dupla com Oscar Cardozo - este o primeiro a "vencer" a concorrência de Nuno Gomes - e o atacante de 34 anos acabou relegado para suplente. Além disso, vieram mais quatro avançados (Kardec, Weldon, Eder Luís e Keirrison) para ampliar a concorrência. A incontestável conquista do título com a dupla sul-americana na frente de ataque e as regulares presenças de Éder Luís e Kardec foram o primeiro sinal que o futuro de Nuno Gomes estava ameaçado na Luz.

O segundo sinal foi justamente o facto de Cardozo ter feito uma época 2010/2011 medíocre e Saviola ter tido um desempenho muito inferior ao da temporada anterior. Kardec, foi outro que não correspondeu, e o recém-chegado Franco Jara acabou como 12º jogador da equipa. Nuno Gomes, mesmo com sua experiência e eficiência quando esteve em campo (golos marcados), foi ainda menos requesitado, o que aumentou a especulação de que os seus dias na Luz estariam contados.


De facto, Nuno Gomes já não é o mesmo de há quatro anos atrás. Ainda tem qualidade de passe e posicionamento. Mas a sua reacção e velocidade estão bem mais reduzidas. É também verdade que Nuno Gomes podia eventualmente permancecer no plantel, principalmente pela importância e consenso que gerava entre os seus companheiros. Porém, é até compreensível que o Benfica o tenha dispensado em vez de ter um jogador mais um ano sem jogar. Fica a ganhar Nuno Gomes, que terá oportunidade de faze-lo em Braga, e o Benfica, que num futuro próximo o fará certamente regressar para assumir outras funções.

No Sporting de Braga, o seu próximo destino, Nuno Gomes deverá fazer dupla com Lima e ter fornecedores como Alan e Paulo César, no que promete ser um dos ataques mais temíveis da Liga Portuguesa. Independente disso, os adeptos e fãns terão, em 2011/2012, a provável última oportunidade de ver um dos ídolos do futebol português dos últimos 14 anos.

Nuno Gomes



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18 junho, 2011

Vítor Pereira: Que esperar do novo treinador do FC Porto?


O sucesso do FC Porto na época 2010/2011, teve um impacto tão surpreendente no futebol português e europeu, quanto a saída de André Villas-Boas para o Chelsea um mês depois de ter levantado a Taça da Liga Europa. Se alguém esperava este cenário? Sim, mas não agora e da maneira como se procedeu. Acreditava-se que Villas-Boas fizesse o segundo ano no FC Porto, com o sonho de repetir (porque não) o trajecto desportivo de José Mourinho, e fechar o ciclo no dragões.

O precipitado adeus de Villas-Boas deixou marcas nos adeptos, que na sua grande maioria, consideram-no um traidor. A principal revolta está, por assim dizer, na forma como a saída se veio a verificar. Há pouco tempo, Villas-Boas tinha um novo vínculo com o Porto e insistira no discurso que estava no cargo de seus sonhos. Além disso, o próprio AVB "mandou" umas indirectas a Mourinho pela forma como este saiu do clube e pela maneira arrogante como individualizou o mérito da sua conquista na Champions em 2004.

Rei-morto, Rei-posto, os portistas não precisaram procurar muito para encontrar um substituto. O nome de Vítor Pereira, adjunto até então de Villas-Boas avançou para o suceder no banco do dragão. Vítor Pereira, não é definitvamente um nome muito conhecido pela maioria dos adeptos do futebol, passando apenas por clubes pequenos como a Sanjoanense, Espinho, Santa Clara, e dirigiu uma das equipas da formação do próprio FC Porto. Fez um trabalho razoável no Santa Clara, chegando por duas vezes à última jornada da Liga de Honra com hipóteses de subir, mas sem conseguir o objectivo.


Não sendo um treinador de primeira linha, pesa a favor de Vítor Pereira ser português e bastante conhecedor do material humano que vai dirigir. É conhecido pelo seu enorme apelo táctico, juntando a componente do estudo do jogo. É também um técnico "da casa", por assim dizer, tanto no ponto de vista de formação técnica como de coração (é portista assumido).

Outro factor relevante, é o facto de ter chegado, enfim, ao cargo que esperava desde que foi anunciado como adjunto de André Villas-Boas, em 2010. Na ocasião, rejeitou convites para treinar a Académica (foi Jorge Costa) e Paços de Ferreira. Conhece bem a equipa que terá em mãos, embora não demonstre ter o mesmo estilo enérgico de José Mourinho ou Villas-Boas, mas, como foi dito, além de conhecedor de futebol, é da escola portista.

Por sua vez, Vítor Pereira é um treinador que não tem ainda qualquer experiência na primeira Liga - e apesar de mais jovem, Villas-Boas já tinha feito um bom trabalho na Académica e acomulado uma grande "bagagem" como adjunto de Mourinho. Vítor Pereira, quer queira ou não, estará na sombra do ex-treinador portista e terá constante avaliação dos adeptos na capacidade de repetir as conquistas nacionais, não podendo também descurar a Liga dos Campeões.

Além disso, as próprias incertezas do actual mercado de transferências podem crescer com a saída de Villas-Boas. E as duas primeiras são Falcao e João Moutinho, ambos na mira do novo treinador do Chelsea - que também deseja Hulk. Fernando é ainda dúvida, tal como Rolando, que já desejou publicamente sair para nova aventura. Se André Villas-Boas tivese ficado, a garantia da continuidade do trabalho que trouxe o sucesso (inclusive europeu) era claramente maior, bem como a confiança justificada para que estes jogadores permanecessem.

Agora sem André Villas-Boas, a força negocial de Pinto da Costa terá que ser decisiva na tentativa de resistir à pressão da venda de jogadores. Caso seja mantida a base da equipa, é provável que Vítor Pereira não altere a forma de jogar de Villas-Boas, e, tal como o antecessor, encontre aos poucos forma de dar a sua cunha pessoal à equipa. Veremos em próximos capitulos como este novo cenário será encarado e como Vítor Pereira vai reagir ao maior desafio da sua vida profissional.

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17 junho, 2011

Calendário da Liga Portuguesa 2011/2012 - Todas as jornadas


O sorteio das competições profissionais da época 2011/2012 já é conhecido. Além do calendário da Liga Portuguesa (Zon Sagres) e da Liga de Honta (Orangina), foram apuradas as datas dos jogos da 1ª Fase da Taça da Liga (bwin cup).

A Liga Zon Sagres arranca no dia 14 de Agosto, enquanto a Liga Orangina tem início uma semana depois, a 21 de Agosto. A 1ª Fase da bwin cup tem jogos agendados para os dias 31 de Julho, 7 e 14 de Agosto.

Quanto aos jogos da primeira jornada, o FC Porto, campeão nacional, vai estrear-se na Liga de futebol 2011/12 com uma difícil deslocação ao terreno do Vitória de Guimarães, enquanto que o Benfica visita o regressado Gil Vicente. Na 1.ª jornada do campeonato português, os “dragões”, agora com Vítor Pereira no comando, vão iniciar a defesa do título em Guimarães, naquela que será a reedição da final da Taça de Portugal da última temporada, em que o FC Porto venceu por 6-2. Por seu lado, o Benfica, segundo classificado em 2010/11, vai “apadrinhar” o regresso do Gil Vicente à Liga , com uma deslocação a Barcelos. Em teoria, o Sporting terá a tarefa mais fácil dos chamados três “grandes”, ao receber no Estádio de Alvalade o Olhanense, equipa que lutou pela manutenção. O Braga, equipa sensação da Liga nas duas últimas temporadas, inicia a competição no terreno do Rio Ave.

Clássicos

Tal como em 2010/11, quando o FC Porto recebe o Benfica na 6ª jornada, a 25 de Setembro, no Dragão. O dérby de Lisboa será disputado, na Luz, na 11ª jornada, no último fim-de-semana de Novembro. O outro clássico do campeonato será na penúltima jornada, em Alvalade, e já em Janeiro de 2012.

FC Porto – Benfica, 6.ª jornada
Benfica – Sporting, 11.ª jornada
Sporting – FC Porto, 14.ª jornada


Foram também conhecidos os quatro grupos que compõem a primeira fase da Taça da Liga (bwin Cup) 2011/2012, que contará apenas com equipas da Liga de Honra. Seguem para a fase seguinte os dois primeiros classificados de cada grupo.

Grupo A - Belenenses, Leixões, Penafiel, Trofense,
Grupo B - Arouca, Sp. Covilhã, Naval, Santa Clara
Grupo C - Atlético, Freamunde, Moreirense, Portimonense
Grupo D - Desportivo Aves, Estoril, Oliveirense, União da Madeira

Calendário de Jogos da Liga Zon/Sagres 2011/2012

Jornada 1: 15/08/2011 (Jornada 16: 22/01/2012)

Feirense - Nacional da Madeira
Gil Vicente - Benfica
Vitória Guimarães - FC Porto
Marítimo - Beira Mar
Rio Ave - Sp. Braga
Sporting - Olhanense
União Leiria - Académica
Vitória Setúbal - Paços Ferreira

Jornada 2: 21/08/2011 (Jornada 17: 29/01/2012)

Académica - Rio Ave
Beira Mar - Sporting
Benfica - Feirense
FC Porto - Gil Vicente
Nacional - V.Guimarães
Olhanense - V. Setúbal
Paços Ferreira - U. Leiria
Sp. Braga - Marítimo

Jornada 3: 28/08/2011 (Jornada 18: 12/02/2012)

Feirense - Paços Ferreira
Gil Vicente - Académica
V.Guimarães - Beira Mar
Nacional - Benfica
Rio Ave - Olhanense
Sporting - Marítimo
U. Leiria - FC Porto
V. Setúbal - Sp. Braga

Jornada 4: 11/09/2011 (Jornada 19: 19/02/2012)

Académica - Nacional
Beira Mar - U. Leiria
Benfica - V.Guimarães
FC Porto - V. Setúbal
Marítimo - Rio Ave
Olhanense - Feirense
Paços Ferreira - Sporting
Sp. Braga - Gil Vicente

Jornada 5: 18/09/2011 (Jornada 20: 26/02/2012)

Benfica - Académica
Feirense - FC Porto
Gil Vicente - Olhanense
V.Guimarães - Sp. Braga
Nacional - Paços Ferreira
Rio Ave - Sporting
U. Leiria - Marítimo
V. Setúbal - Beira Mar

Jornada 6: 27/09/2011 (Jornada 21: 04/03/2012)

Académica - Feirense
Beira Mar - Rio Ave
FC Porto - Benfica
Marítimo - V.Guimarães
Olhanense - U. Leiria
Paços Ferreira - Gil Vicente
Sp. Braga - Nacional
Sporting - V. Setúbal

Jornada 7: 02/10/2011 (Jornada 22: 11/03/2012)

Académica - FC Porto
Benfica - Paços Ferreira
Feirense - Marítimo
Gil Vicente - Beira Mar
V.Guimarães - Sporting
Nacional - Olhanense
U. Leiria - Sp. Braga
V. Setúbal - Rio Ave

Jornada 8: 23/10/2011 (Jornada 23: 18/03/2012)

Beira Mar - Benfica
FC Porto - Nacional
Marítimo - V. Setúbal
Olhanense - V.Guimarães
Paços Ferreira - Académica
Rio Ave - U. Leiria
Sp. Braga - Feirense
Sporting - Gil Vicente

Jornada 9: 30/10/2011 (Jornada 24: 25/03/2012)

Académica - Sp. Braga
Benfica - Olhanense
FC Porto - Paços Ferreira
Feirense - Sporting
Gil Vicente - Marítimo
V.Guimarães - Rio Ave
Nacional - Beira Mar
U. Leiria - V. Setúbal

Jornada 10: 06/11/2011 (Jornada 25: 01/04/2012)

Beira Mar - Feirense
Marítimo - Académica
Olhanense - FC Porto
Paços Ferreira - V.Guimarães
Rio Ave - Nacional
Sp. Braga - Benfica
Sporting - U. Leiria
V. Setúbal - Gil Vicente

Jornada 11: 27/11/2011 (Jornada 26: 08/04/2012)

Académica - Beira Mar
Benfica - Sporting
FC Porto - Sp. Braga
Feirense - Rio Ave
Gil Vicente - U. Leiria
V.Guimarães - V. Setúbal
Nacional - Marítimo
Paços Ferreira - Olhanense

Jornada 12: 11/12/2011 (Jornada 27: 22/04/2012)

Beira Mar - FC Porto
Marítimo - Benfica
Olhanense - Académica
Rio Ave - Gil Vicente
Sp. Braga - Paços Ferreira
Sporting - Nacional
U. Leiria - V.Guimarães
V. Setúbal - Feirense

Jornada 13: 18/12/2011 (Jornada 28: 29/04/2012

Académica - Sporting
Benfica - Rio Ave
FC Porto - Marítimo
Feirense - U. Leiria
V.Guimarães - Gil Vicente
Nacional - V. Setúbal
Olhanense - Sp. Braga
Paços Ferreira - Beira Mar

Jornada 14: 08/01/2012 (Jornada 29: 06/05/2012)

Beira Mar - Sp. Braga
Gil Vicente - Nacional
V.Guimarães - Feirense
Marítimo - Olhanense
Rio Ave - Paços Ferreira
Sporting - FC Porto
U. Leiria - Benfica
V. Setúbal - Académica

Jornada 15: 15/01/2012 (Jornada 30: 13/05/2012)

Académica - V.Guimarães
Benfica - V. Setúbal
FC Porto - Rio Ave
Feirense - Gil Vicente
Nacional - U. Leiria
Olhanense - Beira Mar
Paços Ferreira - Marítimo
Sp. Braga - Sporting

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13 junho, 2011

Novos equipamentos do FC Porto 2011/2012


Muito bem, para os adeptos do FC Porto que estavam ansiosos por conhecer os novos equipamentos para a época 2011/2012, o clube actual campeão nacional apresentou a nova roupagem numa cerimónia ao sol na margem de Vila Nova de Gaia com vista para o Rio Douro e Porto.

* clique nas fotos para ver em tamanho maior.


A camisola principal, apresenta as habituais riscas azuis verticais num estilo mais largo do que a camisola do ano anterior. O branco ganha mais espaço nas mangas, embora respeite o estilo original dos dragões. Quanto à publicidade, a Meo substituiu a TMN no equipamento principal, e na secundária inverteu-se as posições.

Os novos equipamentos são ecologicos, aerodinâmicos e regulam activamente e temperatura corporal dos jogadores no terreno de jogo. Pela primeira vez foi apresentado um complemento inovador de roupa de treino e casual, além das roupas que estarão nos jogos. Todas as diferentes gamas estão à disposição do público.


Já a camisola alternativa dos dragões, é uma homenagem, à primeira conquista da Taça dos Campeões Europeus de 1986/87, frente ao Bayern Munique na Áustria. A cor púrpura - símbolo da cidade de Viena, palco da final - surge entre um padrão de tonalidade azul escura. O colarinho é redondo.



Vídeo de apresentação dos equipamento do FC Porto 2011/2012


Podem consultar os equipamentos dos principais clubes europeus, neste post. Como já referi anteriormente, os três grandes de Portugal terão postagens individuais.

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10 junho, 2011

Triste destino IV: West Ham na 2ª divisão para a despedida de Upton Park


Para finalizar a crónica "Triste Destino", aponto baterias para o relegado West Ham, o eterno "big four" da cidade de Londres, atrás de Arsenal, Chelsea e Tottenham e dono de uma legião de adeptos ímpares no panorama do futebol inglês. Quem já não viu o filme Green Street Hooligans, que retrata a realidade dos fanáticos Hammers (Martelos) com os seus rivais de Millwall. Em 2011/2012, estes dois clubes vão medir forças na segunda Liga Inglesa num jogo que promete ser explosivo.

Historicamente, o West Ham United, fundado em 1985, apenas alcançou a primeira divisão em 1923. A década de 20, inclusive, é uma das melhores do clube londrino, que conseguiu alcançar a 6ª posição em 1926/1927 e a 7º em 1929/30. Depois de nove épocas na elite, os Hammers foram para a segunda divisão, em 1931/32.

O clube ficou arredado muito tempo do topo. O regresso foi em 1958, alcançando, na temporada, a 6ª posição. Os Hammers, então, fizeram a sua maior seqüencia na primeira divisão, 20 anos, de 1958 até 1978. A melhor posição na tabela classificativa foi, além de 1958/59, 1972/73 com o 6º lugar, um 8º lugar em 1961/62 e 1968/69.

Desde que regressou em 1981, o West Ham assumiu-se como presença constante entre os maiores. Conquistou, na década de 80, a sua melhor posição de todos os tempos: 3º lugar em 1985/86. Desceu em 1988/89, voltando dois anos depois, juntamente com a criação da actual Premier League. Em 1993, voltou a descer, para depois apenas repetir novo fracasso em 2003. A última vez que o West Ham fora rebaixado, até hoje, foi em 2003.

O West Ham que fará, na próxima temporada, a sua última tendo como casa o Upton Park, que é a casa desde 1904. Os Hammers herdarão o estádio olímpico que será utilizado nos Jogos Olimpícos de Londres 2012. O facto pode parecer desastroso, mas tem um lado positivo: O West Ham poderá despedir-se de seu estádio com um título. Pois dificilmente o clube levantará o caneco na Premier League.


Quanto ao destino final que levou o West Ham à segunda divisão, teoricamente era um cenário inesperado. A equipa era composta por bons jogadores, como o jovem Scott Parker e Carlton Cole, o primeiro considerado por muitos como o melhor jogador da Premier League, e o segundo com chamadas frequentes à selecção inglesa. Isso para não falar em Hitzlsperger, Behrami, Demba Ba, jogadores que, sob um comando minimamente competente, poderia ter evitado tal desfecho. Mas nem isso conseguiram.

O treinador israelita Avram Grant consegue, portanto, descer consecutivamente duas equipas em dois anos. Na temporada anterior, havia a desculpa da crise do Portsmouth – além da boa participação na Taça de Inglaterra. Nesta agora, não existe desculpa possível. É evidente que, este treinador lançado internacionalmente por Roman Abramovich, pouco tem para oferecer. O West Ham não teve padrão de jogo, não teve colectivo e não teve regularidade. Pior: os dirigentes não tiveram o bom senso de demitir o seu treinador. E agora amargará mais um ano na segunda divisão, além de provavelmente perderem os seus melhores jogadores.

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03 junho, 2011

Triste destino III: Deportivo na 2ª divisão deixa Galiza sem futebol de primeira


Na terceira parte da crónica do "Triste Destino", vou falar sobre o Deportivo da Corunha, clube ícone da Galiza, que vai acompanhar o rival Celta de Vigo no autêntico inferno que é a segunda divisão espanhola. Foram 19 anos de primeira, muitos êxitos, grandes equipas, e um dos maiores dissabores da história do futebol quando perderam o campeonato de 1993 através de um falhanço de Đukic de grande penalidade e no último minuto.

Quando o Deportivo entrou para a última jornada da Liga Espanhola, partia como equipa com melhores condições de permanecer na La Liga. Nem uma cidade e um estádio Riazor à pinha impediram o Valencia de vergar os galegos, que apenas 11 anos antes tinham sido campeõs nacionais e sete depois de serem semi-finalistas da Liga dos Campeões com o FC Porto.


A descida do Deportivo, apesar de chocante para os adeptos do futebol, acaba por não ser totalmente surpreendente. O clube atravessa problemas financeiros há várias épocas e as prestações desportivas eram acompanhadas por classificações piores a cada ano. Muitos dos grandes nomes sairam e nunca foram preenchidos por iguais valores. Sem os recursos de antes, o treinador Miguel Ángel Lotina usou a força defensiva da equipa para segurar o barco, mas essa estratégia transformou-se num vício. Esta temporada, os galegos conseguiram a sétima melhor defesa, o que não foi suficiente quando o ataque do Deportivo foi o pior da Liga Espanhola.

A grande relevação da equipa, o jovem internacional sub-21 espanhol Adrián López, foi de longe o melhor jogador da equipa, em contraste com o internacional mexicano Andrés Guardado, jogador mais mediático da equipa e dono de um excelente Mundial 2010, foi uma autêntica desilusão.


Agora na nova realidade, os adeptos têm demostrado união em foco do clube. Além disso, o presidente Augusto César Lendoiro já anunciou que pretende renovar com alguns jogadores, como o defesa Diego Colotto. O contrato do argentino termina no final da próxima época. Juan Carlos Valerón, o rosto máximo dos tempos de glória do Deportivo vai também continuar a jogar mais um época. Renovar com um dos nomes mais queridos do Riazor indica que o clube pensa voltar à elite em 2012/13.

Outro sinal de mobilização foi o rápido anúncio do novo treinador. José Luis Oltra é o substituto de Miguel Ángel Lotina. O currículo do novo técnico é algo irregular. Teve o seu momento alto ao fazer regressar o Tenerife à primeira divisão em 2008/2009, mas seus os resultados posteriores foram medianos. De qualquer maneira, o clube já inicia a preparação para a próxima temporada, sem perder tempo com lamentações.

O regresso imediato à primeira divisão é fundamental para o futuro do Depor. O clube estava a cortar gastos e investimentos em todas as áreas e, só no último ano, as dívidas caíram 20 milhões de euros (mas ainda é alta: 87 milhões de euros). Ter descido à segunda Liga permite ao Deportivo gastar menos com jogadores, mas não é o suficiente para compensar a quebra na facturação com direitos televisivos, patrocínios e, eventualmente, bilheteria.

Se o clube conseguir estancar a sangria financeira e os adeptos seguirem unidos, há uma possibilidade de o Deportivo regressar à primeira divisão em pouco tempo. Mas, pelo tamanho do passivo, não seria de estranhar se ficar alguns anos na segunda divisão, tipo o que acontece com o Celta de Vigo, actualmente.

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02 junho, 2011

Novos equipamentos do Sporting 2011/2012


No seguimento da apresentação dos equipamentos desportivos das equipas portuguesas, segue-se o Sporting Clube Portugal. Ainda com algumas interrogações, porque como sabem os nossos clubes têm o historial de somente divulgar os novos kits no dia da nova época, alguns sites de referência dão como certos estes dois equipamentos para a época 2011/2012.



A nova camisola principal do Sporting recupera a sua simplicidade e história. Quanto ao equipamento alternativo será branco com a gola em verde claro. A patrocinadora Puma, continua a vestir a linha dos leões.



Vídeo da apresentação dos novos equipamentos do Sporting 2011/2012



Podem consultar os equipamentos dos principais clubes europeus, neste post. Como já referi anteriormente, os três grandes de Portugal terão postagens individuais.

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01 junho, 2011

França: Relatório sugere alterações na regulamentação da lei de jogo e apostas online. Actuais práticas fiscais visadas


Fez um ano, em 12 de maio, que a França abriu o seu novo mercado totalmente legislado e regulamentado de jogo e apostas online. Desde o início, que a Lei em vigor é um assunto muito sensível. Apesar de servir de exemplo para outros mercados emergentes (Espanha, e fala-se em Portugal), os operadores online e profissionais do sector manifestaram sempre que as estruturas fiscais e leis impostas sobre o tema são injustas e passíveis de criar obstáculos a um mercado rentável e competitivo para todos.

Agora, a AFJEL (L'Association Française du Jeu en Ligne) - A Associação Francesa de Jogos Online, apresentou à comissão financeira da Assembleia nacional francesa um relatório em que discute os seus pontos de vista sobre estes temas. De referir, que os mentores deste trabalho foram Jean-François Lamour (presidente, e ex-relator do projecto de lei (jogo on-line) e Aurélie Filippetti (Partido Socialista francês).

O objectivo do novo relatório é recomendar a implementação de algumas reformas de modo a que o mercado de jogo e apostas online em França seja mais justo tanto para os jogadores, como para os operadores licenciados no país. No relatório, é especificado em detalhe os pontos chave para uma regulamentação mais eficaz.

Por exemplo, as operadoras acham que as restrições estabelecidas na Lei impedem quase por completo alterações à forma legal. Neste caso, citando a questão dos jogos de poker online disponíveis, as opções são limitadas apenas à Pot Limit Omaha e Texas Hold’em. Além disso, o problema estende-se aos casinos online em geral, que estão a sofrer com a falta de opções disponíveis de modo a atrair os jogadores para os seus sites.

Outra questão importante são os impostos praticados. Os operadores argumentam que os impostos exigidos pelo governo francês são bastante elevados e a maioria dos operadores licenciados não têm margem suficiente de lucro para operar com resultados financeiros positivos. Em vez de definir uma taxa de imposta com base no valor das apostas de cada jogador, o governo, deverá sim, arrecadar uma parcela da receita bruta dos operadores.

De acordo com Jean-François Lamour e Aurélie Filippettias, o quadro que foi criado, é bastante satisfatório. Eles, contudo, apontam para uma lacuna - a contínua oferta de jogo ilegal (não licenciado) e revelam algumas conclusões para o actual crescimento do mercado negro (pararelo): a ineficiência das medidas de bloqueio (endereços IP´s), falta de meios da ARJEL (regulador), mas também numerosas restrições técnicas e elevado nível de tributação que pesa sobre a atractividade do mercado legal. Também é apontado a falta de meios humanos e financeiros dedicados à luta contra o problela do jogo on-line (Adicção).

É sugerido, portanto, uma série de recomendações comuns como as modificações que poderiam ser adoptadas através de medidas legislativas (Lei de Finanças de 2012 ou propostas projecto de lei específico) ou por decretos.

Resumo do Relatório proposto à Assembleia Nacional

Após uma breve introdução, recordando o contexto da adopção da Lei 12 de maio e os objectivos do presente relatório, ou seja, para avaliar a implementação da lei, os seus resultados e limites, o relatório está dividido em cinco partes:

1. A primeira parte, descreve e analisa as principais condições da abertura do mercado: supervisão da ARJEL, a criação de uma comissão para o jogo online, a regulamentação da publicidade, a luta contra a lavagem de dinheiro, direitos desportivos, moderadores de jogo.

2. A segunda parte sublinha as questões actuais: status (estado) dos antigos monopólios, as restrições e limitações de licenciamentos de segmentos, as questões fiscais, e a luta contra os sites ilegais.

3. A terceira parte, aborda as evoluções possíveis da lei
4. A contribuição de Aurélie Filippettias
5. A contribuição de Jean-François Lamour

I. Análise do mercado de Apostas e Jogo online em França
Uma avaliação positiva do quadro geral

- Os dois intervenientes sublinham a rapidez do processo de implementação da Lei, desde que foi publicada por decreto (em 6 meses). Eles insistem sobre o importante papel desempenhado pela ARJEL para regular o sector, mas denunciam o atraso de medidas por parte do comité consultivo para o Jogo Online

Jean-François Lamour e Aurélie Filippettias recordam também o histórico dos números e factos publicados pela ARJEL e afirmam que não houve o fenómeno de "canibalização", ou seja, que o sector de jogo online não enfraqueceu o offline (físico). Eles, contudo, expressam as suas preocupações sobre a redução do número de operadores online no mercado (afirmando que o mercado não é o "El Dorado" esperado", e as consequências que tal diminuição pode produzir no orçamento do Estado.

De acordo com os deputados (Lamour e Filippettias), a lei teve em conta essencialmente questões de ordem pública e social, embora a regulamentação da publicidade ao jogo (eles afirmam que não houve "inundação de publicidade"), as medidas para evitar lavagem de dinheiro (afirmam que "o sector do jogo offline causa mais problemas"), e à prevenção de conflitos de interesse. No entanto, relativamente ao jogo problemático (Adicção), o conjunto de delegados reforça a mensagem que as medidas postas em prática são insuficientes.

Acerca dos antigos monopólios, os deputados consideram que o mercado é competitivo, embora o peso da FDJ e PMU mantenha-se forte, especialmente graças a "subsídios cruzados". A este respeito, o relatório refere-se em grande parte o parecer da Autoridade da Concorrência prestados em fevereiro de 2011.

Sobre os direitos desportivos, os dois deputados numa primeira avaliação consideram os resultados "encorajadores". Segundo eles, as primeiras dificuldades para abrir um diálogo entre os operadores e as federações desportivas foram superadas. Além disso, sublinham que o custo para os operadores é "modesto" e não poderia ser uma fonte de desequilíbrio do seu modelo de negócio.

O reconhecimento de que uma oferta de jogo online ilegal prevalece.

É referido pelos mentores do relatório, existir uma oferta residual de jogo ilegal na ordem dos 10% a 15% de acordo o apuramento do Governo e a reguladora ARJEL - e ainda por cima, com todos os tipos de segmentos incluídos, ou seja, jogos de casino e lotarias.

Está a ser feita ainda uma reflexão sobre as razões para esta oferta ilegal persistir. Os meios para lutar contra a oferta de sites e produtos ilegais parece ser insuficiente. Por exemplo, o mecanismo financeiro de bloqueio, tal como previsto no artigo 62, não foi usado ainda. Além disso, a "cyberpatrouilleurs" (sistema de protecção) tem falta de dinheiro. É também referido que os operadores online licenciados têm que lidar com "grandes restrições", nomeadamente relacionadas com a elevada carga fiscal em alguns segmentos de jogo. O segmento de poker é muito restrito e, pouco atraente para lançar um negócio competitivo.

Finalmente, os deputados, afirmam que o sistema fiscal francês é muito elevado comparado com outros países regulamentados e explicam em medida o descontentamento dos operadores pelo actual sistema de tributação. "Não será legítimo perguntar sobre o sistema fiscal, já que a sua rentabilidade e, portanto, quadro regulamentar, não parece ser assegurado?", e acrescentam que "uma redução da tributação poderá permitir aumentar o rácio de receitas fiscais de travar o oportunismo do mercado negro (jogo ilegal).

II. Recomendações comuns

- Reforçar os mecanismos de auto-exclusão e de moderação
- Reforçar os meios humanos e financeiros do "cyber crime informático"
- Permitir que os jogadores registados num outro operador licenciado em outro país europeu possa ter acesso a torneios de poker "fr".
- Criar um modelo de direitos desportivos para apostas hípicas (corridas de cavalo)

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