14 outubro, 2013

Branqueamento de capitais no futebol: exemplo prático


O relatório de actividades de 2012 publicado recentemente pela TRACFIN, em França, dedica várias páginas aos riscos crescentes de lavagem de dinheiro no sector do desporto profissional, em particular na indústria do futebol. “O contexto de crise económica e financeira global fez aumentar o risco de ingerência ou infiltração de capitais de origem duvidosa/criminosa no sector. A indústria do futebol movimenta milhões e apresenta uma vulnerabilidade acrescida perante o risco de lavagem de dinheiro, lê-se no documento.

Criado em 1990, a TRACFIN – acrónimo de “Traitement du renseignement et action contre les circuits financiers clandestins” (tratamento da informação e acção contra os circuitos financeiros clandestinos) – é um organismo dependente do Ministério francês da Economia e Finanças e tem como missão o combate ao branqueamento de capitais, ao financiamento do terrorismo e a outras operações financeiras ilegais.

Esta “polícia financeira” tem acesso a todas as contas bancárias abertas em França e em 2012 investigou mais de 30 mil casos suspeitos, dando origem a 522 processos instaurados pelas autoridades judiciais e outros 679 abertos por autoridades administrativas, fiscais, etc.

O relatório da TRACFIN inclui um esquema gráfico comum exemplo de lavagem de dinheiro operada através da transferência de um futebolista, com intervenção de fundos de investimento. Graças a esta operação, uma soma considerável de dinheiro é branqueada e transferida de um paraíso fiscal (ou “país com fiscalidade privilegiada”, nas palavras da TRACFIN) para uma praça financeira europeia.

Veja-se como tudo é fácil usando como exemplo a foto guia de apresentação deste post. O clube A, em dificuldades financeiras, é comprado pelo fundo de investimento 1, com sede num paraíso fiscal (“País Alfa”). O clube consegue, dessa forma, evitar a falência iminente. Uns meses mais tarde, o clube B, na América do Sul, compra um jogador do clube A por 15 milhões de euros. Este clube B é detido pelo fundo de investimento 2, igualmente domiciliado num paraíso fiscal (“País Beta”).

Na sequência das investigações, a TRACFIN descobre que os dois fundos de investimento em causa (1 e 2) estão associados diretamente à mesma pessoa (o Senhor X, com ligações ao mundo do crime organizado de um país da América do Sul). Sob a capa de uma transferência entre dois clubes, o Senhor X movimentou desta forma uma soma importante de origem duvidosa, colocando-a numa praça financeira europeia.

Critérios de Alerta de Branqueamento de capitais no futebol

1) Clube que apresente dificuldades financeiras;

2) Dúvidas sobre a origem dos fundos;

3) Modalidades de transferência:

a) relativas ao jogador transferido ( jogador em final de carreira ou lesionado)
b) relativas ao clube de onde foi transferido ( jogador pouco influente na equipa)
c) relativas aos países implicados na transferência
d) relativas às ligações entre os dois clubes envolvidos na transferência

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11 outubro, 2013

Naming rights: Estádio Santiago Bernabéu para Estádio Microsoft...uma questão de milhões


De acordo com a Imprensa económica espanhola, o presidente do Real Madrid está a negociar os “naming rights” do Estádio Santiago Bernabéu. A lista de eventuais interessados inclui parceiros actuais do clube como a Audi, a Emirates ou a Microsoft. O preço, no entanto, deverá ser um problema. O presidente Florentino Pérez quer alargar as fontes de receita do clube e aparentemente está a exigir uma verba próxima dos 50 milhões de euros anuais – um montante absurdo, na opinião de vários especialistas contactados pelo diário alemão “The Wall Street Journal Deutschland”.

A Espanha não tem tradição nesta área de negócio. O único estádio espanhol com “naming rights” é presentemente o Iberostar Estadio, de Palma de Maiorca. O recinto do CA Osasuna voltou a ter a denominação original – El Sadar – e deixou de ser conhecido como Estádio Reyno de Navarra (o governo regional pagava 1,5 milhões de euros/ano, mas a crise obrigou a fechar a torneira).

O Espanyol de Barcelona anda há anos à procura de uma empresa que queira investir no “naming rights” do estádio Cornellà - El Prat, inaugurado no verão de 2009 (o clube quer 6 milhões de euros/ano, mas o mais provável é que aceite um quarto daquele valor).

Aquela verba de 50 milhões de euros/ano exigida por Florentino Pérez está, além disso, totalmente desenquadrada do padrão europeu. Segundo as contas da agência de marketing desportivo Repucom, os contratos de “naming rights” na Alemanha e na Inglaterra – os países europeus com maior tradição nesta área – envolvem em média 2,5 milhões a 2,7 milhões de euros anuais, respetivamente.

A seguradora Allianz, por exemplo, paga seis milhões de euros por temporada pelo “naming rights” do estádio dos campeões europeus, o Bayern de Munique. O contrato mais elevado, na Europa, ronda os 9,5 milhões de euros – o montante que a simpática Etihad Airways paga anualmente ao clube irmão Manchester City.

O facto de o Real Madrid ter um estádio com um nome histórico – profundamente enraizado na tradição futebolística espanhola e mundial – poderá ser um entrave nas negociações de “naming rights”. Florentino Pérez deixou entender que qualquer denominação nova incluirá sempre o nome Bernabéu (por exemplo, “Estádio Microsoft Bernabéu”).

A experiência na Alemanha e na Inglaterra, no entanto, tem demonstrado que, no caso dos estádios mais antigos, é por vezes difícil “convencer” os adeptos e os média a dizer adeus ao nome tradicional.

O Hamburgo SV, por exemplo, foi um dos pioneiros na venda de “naming rights” do seu estádio. O recinto já se chamou AOL-Arena (2001-2007), HSH Nordbank (2007-2010) e Imtech Arena (2010-2016). Para o adepto comum, no entanto, o Hamburgo SV continua a jogar onde sempre jogou – no Volksparkstadion.

Na Bundesliga, 84% dos “naming rights” são subscritos por empresas sediadas na região do estádio.

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04 outubro, 2013

Bélgica - A seleção outsider das casas de apostas


Custa-me dizer isto mas acho muito sinceramente que a maior candidata a ocupar o lugar de Portugal como principal outsider nas próximas competições internacionais será a Bélgica. O potencial é visível mesmo não tendo uma figura de primeira linha mundial, mas são todos muito semelhantes no seu valor global, que já é acima da média. Esta Bélgica ficou apurada para o Mundial com grande superioridade – oito vitórias e dois empates em 10 jogos num grupo onde também estavam Croácia, Sérvia, País de Gales e Escócia.

Os Diabos Vermelhos foram apontados tantas vezes como os outsiders a ter em conta que já deixaram de o ser: as casas de apostas colocam-nos no quinto lugar de candidatos a vencer o Mundial, apenas atrás de Brasil, Argentina, Alemanha e Espanha. Em média, cada euro apostado no triunfo belga multiplica-se por 14 euros. Em julho de 2010, na ressaca de um campeonato na Àfrica do Sul onde nem sequer estiveram, rendia 500 euros; há apenas um ano, ainda pagava mais de 150 euros.

Mas, ao contrário do que sucedeu em outros países que produziram gerações de ouro nos últimos anos, a Bélgica não precisou de procurar muito para chegar aos craques do momento. Olhando para os 25 convocados por Marc Wilmots para a dupla jornada de encerramento da fase de qualificação, percebe-se que quase metade deles transferiram-se para clubes estrangeiros ainda antes de completarem 20 anos. Portanto, mais do que de uma mina de ouro, o futebol belga está a recolher os frutos da geração Erasmus, o programa universitário que permite aos jovens enriquecerem-se com estudos no estrangeiro.

Os dados estão aí para prová-lo: Hazard foi para os franceses do Lille com 15 anos, Vermaelen e Vertonghen para os holandeses do Ajax com 15 e 16 anos, respetivamente, e Zakaria Bakkali, o craque do futuro, está no PSV Eindhoven desde os nove anos! A lei laboral do país é que será um problema incontornável, pelo menos enquanto não for mudada: na Bélgica, estão proibidos os contratos profissionais com menores de 17 anos, quando na maior parte dos países podem ser rubricados a partir dos 16 anos.

Seja no estrangeiro ou no próprio país, a verdade é que o valor de mercado estimado da seleção belga está ao nível das melhoras da Europa, apenas claramente superada por Espanha e Alemanha. Os dados são do sítio especializado em transferências Transfermarkt.de e mostram que a última convocatória da Bélgica valia 354 milhões de euros, com uma desvantagem marginal em relação à França e à Itália.

Para se ter uma ideia, basta dizer que a equipa às ordens de Marc Wilmots vale mais 35 milhões do que a de Portugal, apesar de Cristiano Ronaldo, avaliado em 100 milhões de euros. A diferença é que nos Diabos Vermelhos há 17 futebolistas avaliados em mais de 10 milhões de euros, enquanto que na equipa de Paulo Bento há apenas oito.

Existiu uma explosão de imigrantes nos últimos 10-12 anos o que acabou por ser uma bênção para o futebol belga. Há grandes comunidades de africanos, em especial de magrebinos, nas grandes cidades. Antes, os clubes não estavam tão preparados para receber jogadores oriundos de outros países e culturas, mas agora percebem que são uma mais-valia.

Em 2002, Robert Waseige conduziu uma seleção que apenas tinha dois futebolistas negros – os irmãos Mbo e Emile Mpenza. Agora, a realidade é completamente diferente: Benteke nasceu no Congo, Kompany e Lukaku são descendentes de congoleses, Fellaini e Bakkali de origens marroquinas, Dembelé é filho de um maliano, os antepassados de Witsel são da ilha de Martinica, Mirallas é meio espanhol. Todos futebolistas com talento inato a quem foram dadas as oportunidades certas.

Fuga de talentos belgas para o estrangeiro

Thibaut Courtois para o Chelsea/Atlético de Madrid, aos 19 anos
Koen Casteels para o Hoffenheim, aos 19 anos
Toby Alderweireld para o Ajax, aos 15 anos
Thomas Vermaelen para o Ajax, aos 15 anos
Jan Vertonghen para o Ajax, aos 16 anos
Moussa Dembélé para o Willem II, aos 18 anos
Nacer Chadli para o Maastricht, aos 16 anos
Eden Hazard para o Lille, aos 14 anos
Dries Mertens para o Apeldoorn, aos 19 anos
Zakaria Bakkali para o PSV, aos 9 anos
Kevin Mirallas para oLille, aos 17 anos
Romelu Lukaku para o Chelsea, aos 18 anos

Valor das seleções europeias pela transfermarkt.de

1- Espanha: 532 milhões de euros
2- Alemanha: 469 de euros
3- França: 373 de euros
4- Itália: 363 de euros
5- Bélgica: 354 de euros
6- Portugal: 319 de euros
7- Inglaterra: 316 de euros
8- Holanda: 206 de euros
9- Rússia: 202 de euros
10- Croácia: 195 de euros

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02 outubro, 2013

Liga Francesa: O Imposto 75% sobre 1 Milhão de euros


O controverso imposto de 75% sobre os rendimentos superiores a 1 milhão de euros não vai, afinal, estrangular as contas de todos os clubes da Ligue 1 francesa. No ano passado, recorde-se, François Hollande anunciou aquela taxa extraordinária de IRS durante um dos debates televisivos da campanha presidencial francesa. Hollande ganhou as eleições e manteve a promessa, mas a medida acabaria por ser chumbada em dezembro pelo Tribunal Constitucional francês, obrigando o presidente a fazer uma reformulação.

A nova lei, anunciada no final de março, passou a aplicar-se unicamente às empresas, agora obrigadas a pagar o tal imposto de 75% sobre as remunerações milionárias – superiores a 1 milhão de euros – dos seus assalariados de topo. Este imposto excepcional será aplicado unicamente em 2013 e 2014. Prevê-se que a medida afetará cerca de mil indivíduos, entre eles, naturalmente, dezenas de futebolistas da divisão principal francesa, Ou seja, por cada 100 mil euros ganho acima desse valor, 75 mil irão para as finanças. O novo imposto – por vezes também conhecido como “taxa Ibrahimovic”, por se dizer que foi pensado devido ao seu elevado salário.


De acordo com um documento interno da Ligue de Football Professionnel (LFP), que circulou recentemente nas páginas da Imprensa francesa, 14 clubes da Ligue 1 têm pelo menos um assalariado com rendimentos superiores a 1 milhão de euros anuais. O Paris SG tem 21, bem mais do que Marselha (17), Lille (14), Bordéus (14) ou Lyon (13). Cinco clubes não têm qualquer empregado milionário. O Mónaco não está sujeito à legislação fiscal francesa e não tem de se preocupar, portanto, com esta lei.

Pensava-se que a indústria do futebol não seria poupada. As somas astronómicas normalmente associadas aos seus protagonistas (jogadores, treinadores) continuam a dar origem a comentários de revolta, sobretudo neste período de conjuntura económica difícil. Mas a pressão dos patrões do futebol teve efeito.

O Governo introduziu nova alteração, estabelecendo que aquele imposto extraordinário não poderá exceder um tecto máximo de 5% sobre o volume de negócios das empresas. O Paris SG, por exemplo, teve uma facturação de 393 milhões de euros em 2012/2013. O clube deveria pagar um imposto de quase 44 milhões de euros relativo àqueles 21 empregados milionários, mas graças ao tecto não pagará mais do que 19,7 milhões de euros (5% do volume de negócios). Segundo os cálculos da Liga de Futebol Profissional francesa (LFP), cinco outros clubes pouparão alguns milhões com a alteração.

No fundo, apenas os clubes grandes – essencialmenteo Paris SG, mas também o Marselha, o Lyon e o Lille – vão beneficiar de certa medida com a imposição do tecto máximo. Para os outros, nada muda. Não deixa de ser surpreendente que uma medida concebida, à partida, como uma medida de justiça, acabe por favorecer os mais fortes.

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30 setembro, 2013

Gazprom e as ligações ao futebol europeu


Através da tomada de controlo de clubes de futebol (como o Zenit São Petersburgo), contratos de parceria e patrocínios, a Gazprom faz investimentos de milhões de euros no planeta futebol. Quase sempre com um objectivo político. A maior empresa de gás natural do mundo – cujas receitas ultrapassaram 110 mil milhões de euros em 2012 – passou a estar sob a tutela do governo russo em 2006, por iniciativa de Vladimir Putin.

A Gazprom detém desde então a exclusividade total e o monopólio nas exportações de gás russo. Um ano antes, a empresa passara a controlar o clube de São Petersburgo, a cidade natal não só de Putin (presidente), mas também de Dmitri Medvedev (primeiro-ministro). Além de ter uma participação maioritária no Zenit, a Gazprom é igualmente patrocinadora principal do clube, suportando um investimento milionário – em jogadores, treinadores, estádio novo e outra infraestrutura – que se traduziu, desde então, em três títulos nacionais, várias taças e duas vitórias em finais europeias.

Recorde-se que quando Roman Abramovich do Chelsea vendeu a Sibneft à Gazprom, em 2005, deixou cair o antigo contrato de patrocínio (da Sibneft) com o CSKA de Moscovo e em vez disso adquiriu uma posição de controlo no Zenit. Putin nasceu em São Petersburgo e essa é indiscutivelmente a razão pela qual a empresa se interessou pelo Zenit e não por um dos clubes de Moscovo. O presidente não será porventura um adepto fanático do futebol, mas não deixou de querer ver o clube da sua cidade alcançar o topo.

Nos últimos anos, a Gazprom estendeu os seus tentáculos à Europa do futebol. Em 2007, a empresa assinou um contrato de patrocínio de 125 milhões de euros (cinco anos) com o Schalke. Em 2010, associou-se ao Estrela Vermelha de Belgrado (2,8 milhões de euros/ano). Em 2012, a gigante russa negociou parcerias com o Chelsea e com a UEFA (Champions League, Supertaça Europeia). Em 2013, foi a vez da FIFA.

A Gazprom e o governo da Rússia – utiliza o futebol como uma espécie de ‘soft power’. O futebol funciona como painel publicitário gigante destinado a comunicar comos novos mercados da empresa e a ‘adoçar’ a sua imagem junto da opinião pública dos países ocidentais”, explica James Appell, especialista em futebol russo, numa entrevista à revista “Les Inrockuptibles”.

O investimento no Schalke coincidiu com a negociação de um gasoduto para a Alemanha, o mercado mais importante da Gazprom na Europa Ocidental. A parceria com o Estrela Vermelha foi anunciada ao mesmo tempo que a empresa russa alargou a participação no capital da NIS (a antiga empresa petrolífera estatal da Sérvia) e avançou com o projeto do gasoduto South Stream, um veículo importante da penetração da Gazprom na Europa meridional.

A empresa tenciona assinar uma parceria similar com o Levski de Sofia, na Bulgária – outro acordo que visará facilitar a implementação do South Stream, prevista para 2015.

Escondida sob a capa de promoção dos valores desportivos, esta febre de investimento da companhia russa tem, assim, objectivos claramente políticos: “A Gazprom é um Estado dentro do Estado, a coluna vertebral da economia da Rússia”, escrevem Alain Guillemoles e Alla Lazareva no ensaio “Gazprom: Le nouvel empire”. “A empresa tem 400 mil assalariados, 158 mil quilómetros de gasodutos, um peso de 8% do PIB russo e paga 20% dos impostos do país. A Gazprom é sobretudo a expressão mais acabada do projecto político de Putin.”

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23 setembro, 2013

Preço das camisolas dos clubes da Liga dos Campeões entre 97 e 39 Euros


O FC Basileia tem as camisolas mais caras da Liga dos Campeões. A loja dos campeões da Suíça vende réplicas oficiais (Adidas) ao preço de 120 francos – cerca de 97,3 euros. No extremo oposto do ranking, ou seja a mais barata, está o Viktoria Plzen, cujas camisolas (Puma) custam 999 coroas na loja do clube checo – 38,8 euros.

Numa análise às lojas oficiais dos 32 clubes da Champions League revela que o preço médio de uma camisola simples – equipamento principal 2013/2014, de manga curta, tamanho L, sem personalização – ronda os 75,55 euros. Tanto FC Porto (85 euros) como Benfica (80 euros) têm preços acima da média europeia. Um pequeno luxo!

Os quatro clubes da Premier League (Liga Inglesa) – a liga mais rica do continente europeu –, curiosamente, têm os preços mais acessíveis: 61 euros, em média. O Chelsea presentemente vende camisolas oficiais (Adidas) simples por 46,99 libras (55,4 euros) ou personalizadas com número, nome e emblema da Premier League por 65,94 libras (77,7 euros).

Cinco clubes Nike (Áustria de Viena, FC Barcelona, Juventus, Paris SG, Zenit São Petersburgo) e um Adidas (AC Milan) disponibilizam igualmente versões topo de gama, descritas como “autênticas”, “de jogo” ou “iguais” às dos jogadores – em geral camisolas de poliéster ainda mais leve e resistente, com ombros reforçados, logótipos que não causam irritação, etiquetas confortáveis e tecido diferente em áreas específicas de forma a facilitar a transpiração/evaporação. Estas versões de luxo custam cerca de 120 euros (a do Zenit é um pouco mais barata, a 4490 rublos – quase 103 euros).

A do FC Barcelona custa ainda mais: 125 euros por uma “camisola oficial de jogo”, com “cortes a laser para melhor ventilação, costuras seladas termicamente nos ombros e tecido Dri-FIT reciclado”. Com nome e número nas costas, o preço dispara para os 144,95 euros. Esta é, provavelmente, a camisola mais cara do futebol
europeu.

As Camisolas mais caras da Liga dos Campeões 2013/2014

Basileia, 97 euros
Steaua de Bucareste, 90 euros
Shakhtar Donetsk, 89 euros
FC Barcelona, FC Porto , Juventus, Paris SG, 85 euros
Galatasaray, 84 euros
Atlético de Madrid, 81 euros

As Camisolas mais baratas da Liga dos Campeões 2013/2014

Celtic, Manchester City, Manchester United, 65 euros
Olympiakos, 60 euros
Arsenal, 59 euros
CSKA Moscovo, 57 euros
Chelsea FC, 55 euros
Viktoria Plzen, 39 euros

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19 setembro, 2013

Marcas equipamentos dos clubes portugueses


As marcas estrangeiras de equipamento desportivo fornecem 75% das equipas da Liga Zon/Sagres (divisão principal) do futebol português na corrente temporada 2013/2014. A reformulação da Segunda Liga e entrada em cena das equipas B teve como consequência, igualmente, a redução do peso das marcas portuguesas neste escalão: apenas 11 das 22 equipas (ou 50%) da II Liga vestem produto nacional.

Apesar disso, a Lacatoni continua a ser a marca mais representada no futebol profissional português, com quatro equipas da I Liga (Marítimo, Olhanense, Paços Ferreira e Rio Ave) e sete da divisão da Liga de Honra (Desportivo de Chaves, União da Madeira, Santa Clara, Desportivo da Aves, Trofense, Académico de Viseu e Marítimo B).

Em 2011/2012, recorde-se, esta firma de produção e comercialização de equipamentos desportivos – fundada em 1986, em Braga – fornecia quase metade dos 16 clubes do escalão principal. Dois deles entretanto mudaram-se para a Nike (Académica de Coimbra e Vitória de Guimarães) e outro (Vitória de Setúbal) para a Hummel.

Além da Lacatoni do empresário/treinador Carlos Carvalhal, as únicas empresas nacionais presentes nas ligas profissionais são a Sport Zone (Leixões), a CDT (Moreirense) e a Desportreino – esta empresa fundada em 1995, em Avintes, veste presentemente o Penafiel e o Sporting da Covilhã.

Entre as marcas estrangeiras destaca-se a Macron, com três equipas da I Liga (Sporting de Braga, Gil Vicente e Arouca) e quatro do escalão secundário (Portimonense, Tondela, Oliveirense e Braga B). Esta empresa italiana fornece presentemente equipas das principais ligas europeias, incluindo Espanha (Bétis), França (Mónaco, Lorient), Inglaterra (Aston Villa) e Itália (Nápoles, Lázio, Bolonha).

A gigante Nike, parceira do FC Porto desde 2000, veste igualmente Belenenses, Vitória de Guimarães, Académica de Coimbra e FC Porto B. A Hummel, da Dinamarca – uma das mais antigas do mundo, fundada em 1923 em Hamburgo (Alemanha) – tem tradicionalmente uma presença forte na Escandinávia, mas nos últimos anos estendeu-se a países como Japão, Coreia, Polónia, França (Reims) e Espanha (Valladolid). Em Portugal fornece actualmente Nacional da Madeira, Estoril e Vitória de Setúbal, mais uma equipa da divisão secundária (Beira-Mar).

Adidas (Benfica, Benfica B, Feirense), Puma (Sporting, Sporting B), Joma (Farense) e Tepa (Atlético) são as restantes marcas estrangeiras que completam a lista. Ao todo, portanto, 23 das 38 equipas das duas ligas profissionais de Portugal – ou seja, 61% do total – vestem equipamento desportivo estrangeiro.

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16 setembro, 2013

Adidas e Nike em 28 clubes da Liga dos Campeões 2013-2014


A Liga dos Campeões está a transformar-se cada vez mais num domínio quase exclusivo das gigantes Adidas e Nike. Na temporada 2011/2012, as duas marcas de equipamento desportivo patrocinavam 20 das 32 equipas (ou 62,5% do total) presentes na fase de grupos da Champions League. Em 2012/2013 o número subiu para 24 (75%).

Na corrente época 2013/2014, a Nike e a Adidas vestem 28 das 32 equipas (87,5% do total). Marcas como a Kappa, a Joma, a Diadora ou a Airness – todas elas presentes em 2011/2012 – desapareceram de vista. O mesmo aconteceu à Umbro. Esta marca inglesa, fundada em 1924, pertenceu à Nike entre 2007 e 2012, mas foi vendida ao Iconix Brand Group, em outubro passado, depois dos seus patrocinados mais importantes – como o Manchester City ou a seleção inglesa – terem sido transferidos para a Nike.

A Puma mantém uma presença reduzida, mas estável – com duas ou três equipas –, na fase de grupos da mais importante competição de futebol a nível de clubes. Em 2013/2014, as equipas Puma são o Olympiacos, o Viktoria Plzen e o Borússia Dortmund, finalista da Champions League em maio passado. Tal como aconteceu em 2011/2012, o Nápoles é o único clube patrocinado pela Macron (em 2012/2013, o Nápoles não se qualificou, mas a empresa italiana manteve a presençana Liga dos Campeões através do Sporting de Braga).

Nos anos 90, empresas como a Kelme (Real Madrid), a Kappa (Juventus, Barcelona) ou a Lotto (AC Milan) marcaram presença em finais da Liga dos Campeões. Em 2000, o Valência de Mendieta, Angulo e Claudio López chegou à final da prova vestindo equipamentos Luanvi, uma pequena firmada região.

A partir de 2001, porém, a Adidas e a Nike passaram a dominar quase por completo as finais da Champions League (únicas excepções: Juventus/Lotto em 2003, Mónaco/Puma em 2004, Liverpool/Reebok em 2005 e Borússia Dortmund/Puma em 2013).

O mercado dos equipamentos de futebol – camisolas, bolas, chuteiras, etc. – vale cerca de 5000 milhões de euros por ano. A líder Adidas e a Nike repartem entre si a grande fatia deste mercado. O volume de vendas da Adidas (futebol) ultrapassou 1.700 milhões de euros em 2012 e deverá atingir 2.000 milhões de euros em 2014, ano de Mundial. As vendas da Nike (futebol) rondaram os 1.500 milhões de euros em 2013, uma verba recorde na história desta companhia fundada em 1964 em Beaverton (Oregon, EUA). A Adidas, recorde-se, está ligada ao futebol praticamente desde a fundação da empresa, em 1949. A Nike só entrou no futebol em 1994, mas está cada vez mais empenhada em roubar a liderança à alemã Adidas.

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13 setembro, 2013

Os patrocinadores dos clubes portugueses


Passadas sete jornadas da Liga portuguesa de futebol 2013/2014, duas equipas do campeonato – Gil Vicente e Olhanense – continuam a jogar sem patrocinador principal na frente das camisolas.

Em 2013/2014, o sector de actividade mais representado (37,5%) nas camisolas passou a ser a banca, com seis clubes: os dois clubes madeirenses (que continuam a ser patrocinados pelo Banif), mais Sporting de Braga, Paços de Ferreira, Estoril e Arouca (todos patrocinados pelo Banco BIC). Longe já vão os tempos em que a BetClic patrocinava mais de 85% dos clubes profissionais.

Nove equipas da divisão principal mantêm o mesmo “sponsor” principal da temporada anterior. O Rio Ave continua a ser o único clube cuja frente das camisolas é patrocinada por dinheiros públicos, através da Câmara Municipal de Vila do Conde (o “sponsor” de Nacional e Marítimo também tem, de certa forma, um dedo estatal: em Janeiro, o Estado injectou 1.100 milhões de euros no Banif e passou a ser o accionista maioritário deste banco).

Além da novidade BIC – um banco que nos últimos anos tem investido igualmente no golfe, no ciclismo e no patrocínio das duas taças do futebol nacional –, a única estreia nas camisolas da I Liga é a de Bento Kangamba, o milionário angolano cujo nome e iniciais (BK) surgem agora na frente das camisolas do Vitória de Guimarães. Kangamba é presidente do Kabuscorp (actual líder destacado do campeonato angolano) e empresário com ligações próximas ao governo daquele país africano.

Nos últimos anos, BK manteve contactos com Vitória de Setúbal, Belenenses e Benfica – foi fotografado no Estádio da Luz e apresentado, numa entrevista publicada na Imprensa portuguesa, como “ferrenho adepto benfiquista” –, mas acabou por estreitar relações comerciais com o Vitória de Guimarães. As iniciais BK, curiosamente, surgiram pela primeira vez nos equipamentos vitorianos (calções e fundo das camisolas) na final da Taça de Portugal de maio passado, frente ao Benfica.

Quanto valem as frentes das camisolas da divisão principal do futebol português? É difícil saber ao certo, já que – com a excepção do FC Porto –, clubes e patrocinadores preferem esconder os montantes envolvidos.

Em março de 2011, o FC Porto anunciou a renovação do contrato com o Grupo PT: um mínimo de 3,65 milhões de euros por temporada, até 2014/2015. Em 2011/2012, os patrocínios dos equipamentos do Benfica (Adidas, PT e Sagres) renderam um total de 12,3 milhões de euros. O clube encarnado não discrimina as verbas, mas fontes não oficiais adiantam que a PT paga cerca de 5 milhões de euros/Ano pela presença nas camisolas e nas bancadas da Luz.

O fosso entre as verbas pagas aos “três grandes” e os montantes pagos às restantes equipas da Primeira Liga é gigantesco. A crise económica, a recessão e a proibição das empresas de apostas desportivas não ajudam. Alguns clubes negociaram a frente das suas camisolas por montantes inferiores a 100 mil euros anuais. O valor agregado das 16 camisolas não deverá chegar aos 20 milhões de euros – um montante inferior, por exemplo, aos 24 milhões de euros que o banco Standard Chartered paga anualmente ao Liverpool.

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11 setembro, 2013

Clubes portugueses: Quem vende camisolas na internet?


De acordo com o estudo “Bareme Internet” da Marktest, o número de portugueses que já fez compras através da Internet rondou os 2,5 milhões em 2012. Em 2000, apenas 2,1% da população com 15 ou mais anos (residente no território continental) tinha comprado produtos ou serviços online. Mas em 2012 a percentagem foi de 30%, ou seja, disparou mais de 14 vezes.

Apesar destes números, que revelam uma penetração crescente do comércio online no nosso país, uma fatia importante de clubes da Liga portuguesa (Zon/Sagres) continua a desprezar as vendas de produtos oficiais através da internet. Os adeptos dos 16 clubes participantes que quiserem comprar por via online uma camisola oficial desta época 2013/2014, apenas menos de metade terá essa oferta disponível. Quase metade dos clubes, incluindo: Académica, Olhanense, Rio Ave e Vitória de Setúbal, não dispõe de loja online no site oficial (três deles – Arouca, Estoril e Gil Vicente –, porém, prometem lançar uma loja brevemente).

Apenas os “três grandes”, mais SC Braga e Vitória de Guimarães têm presentemente lojas online onde é relativamente fácil escolher, personalizar, encomendar e pagar com Multibanco ou cartão de crédito por uma camisola oficial de 2013/2014 (no caso do Vitória não é possível comprar camisolas personalizadas; e o pagamento é feito via PayPal). As camisolas de FC Porto e Benfica são, de longe, as mais caras: 84 euros, 99 euros e 80 euros, respectivamente (o preço final rondará os 100 euros com personalização e portes).

Estes preços, diga-se, são dos mais caros da Europa. Por exemplo, é possível comprar na loja online do Chelsea uma camisola oficial de 2013/2014 por perto de 62 euros, incluindo entrega por correio nacional). No site do Manchester United, uma camisola personalizada com número e nome de Nani custava 71 euros incluindo portes.

E depois, temos alguns clubes nacionais que têm uma área no site oficial dedicada à venda de produtos, mas não oferecem a possibilidade de comprar a camisola actual. O Paços de Ferreira, por exemplo, disponibiliza unicamente a antiga camisola com o número e nome de um jogador que passou na temporada 2011/2012!

O Marítimo e Nacional vendem apenas as camisolas oficiais da temporada 2012/2013. Mas a compra, nestes casos, não se revela fácil: o Nacional aceita unicamente pagamento via transferência bancária; e o complicado sistema de registo de cliente instalado no site do Marítimo não funciona. O Belenenses tem uma Loja Azul presente no site oficial, mas o sistema é algo complexo. Quem quiser comprar uma camisola desta época 2013/2014 terá de enviar, primeiro, uma mensagem via email.

Clubes da Liga Portuguesa que vendem camisolas online


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