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08 abril, 2011
FC Porto: A história do campeão 2010/2011
Tal como tinha previsto, e não foi muito díficil, o FC Porto confirmou o que todos já esperavam desde, aproximadamente a sexta jornada da Liga Portuguesa, vencer o título nacional 2010/11. O que não estava nos planos de ninguém foi matemática ditar uma possível festa em pleno Estádio da Luz, que ao contrário do Benfica no ano passado, os portistas não desperdicaram ficando agora a uma distância de 7 títulos dos benfiquistas.
Com uma campanha imparável sem derrotas, com 23 vitórias e somente dois empates, na qual os comandados de André Villas-Boas contam, ainda, com o melhor marcador da competição (Hulk, com 21 golos) e o terceiro goleador (Falcão, 11 golos). Têm o ataque mais produtivo (58 golos) e a defesa menos batida (apenas 9 golos sofridos). O maior vencedor português dos últimos 20 anos - período no qual conquistou 14 títulos nacionais - retomou o comando do futebol português.
A passagem de testemunho em Portugal, perdida na época passada após a espectacular temporada do Benfica, chegou após o clube contar com alguns factores importantes, tais como excelente planeamento, e desempenho dentro de campo e, naturalmente, a sorte. O Porto soube preparar-se depois da época desastrosa que culminou no terceiro lugar. Foi buscar um treinador jovem (André Villas Boas) identificado com o clube e que já havia trabalhado na equipa (foi auxiliar de José Mourinho e actuou também com Bobby Robson), e que deu sangue e alma nova à equipa.
No mercado de transferências, conseguiu quanto a mim, uma das pedras para o sucesso - João Moutinho, ao concorrente Sporting. Chegou também, um avançado que pudesse ser uma opção a Falcão (Walter); um médio para disputar posição com Guarin que estava em situação delicada (Souza); um defesa para o lugar de Bruno Alves (Otamendi) e um extremo, capaz de disputar posição com Varela ou Hulk, conforme o decorrer da temporada (James Rodrigues). Destes nomes, apenas os brasileiros Walter e Souza não renderam o esperado.
No aspecto táctico, André Villas-Boas teve o mérito de não ter feito grandes modificações. A mais visível no início de época, foi o adiantamento de Belluschi no apoio ao ataque, com João Moutinho a fazer o box-to-box. O argentino atravessou o seu melhor momento de azul e branco, enquanto o ex-capitão do Sporting mostrou o futebol que o destacou em Alvalade.
Avançada a temporada, Villas-Boas apresentou mais uma mudança: aproveitou um ascendente Guarín no lugar de Belluschi, dando-lhe menos responsabilidade defensiva e permitindo que actuasse mais avançado, mantendo a liberdade de desenhar para Moutinho. Mais equilibrado que Belluschi no tocante ao apoio ofensivo, o colombiano mostrou um futebol jamais visto em Portugal. Na frente de ataque, sem invenções: três homens, um mais avançado (Falcão) e dois extremos no apoio (Hulk e Varela). E bateu certo.
André Villas-Boas
Há muitas pessoas que questionam a importância de um treinador numa equipa, mas todos reconhecem que José Mourinho é capaz dos maiores feitos nas suas equipas. Villas-Boas, embora não admita e muito menos goste de responder a perguntas sobre o seu antigo mestre, não esconde que é “seguidor” do Special One. Boa parte do sucesso dos Dragões passa pelo rapaz de apenas 34 anos.
Villas-Boas, é capaz de mudar a alma e a determinação da sua equipa, além de ser um profundo conhecedor técnico e táctico dos recursos humanos que tem em mãos. Já mostrara isso em Coimbra, e confirmou o seu talento no Porto. Soube mexer quando foi necessário, e não mudou a sua forma de actuar independente do rival (fosse Benfica, Besiktas ou Portimonense).
Vibrante no banco, nos treinos e ácido qb nas conferências de imprensa, faz lembrar "Mou" e por isso comparado e tido como possível sucessor. Mesmo tão jovem, é já uma realidade. Não foi à toa, que Villas-Boas foi colocado na mira do Inter de Milão mesmo antes dos italianos apostarem em Leonardo.
Percalços do Benfica culminaram na passagem de testemunho
Todos os campeões precisam de sorte. Com o FC Porto, não foi diferente. E a sorte viu-se logo nas primeiras jornadas. O ainda campeão, Benfica teve um começo de temporada horrível. Somou apenas três pontos em quatro partidas, ficando desde logo com nove pontos de atraso em relação aos azuis e brancos.
A derrota em casa, na primeira jornada, com um golo quase do meio campo, sofrido nos descontos, frente à Académica, mostrou que a temporada não seria um passeio para às Águias. O tropeço ante o Nacional assustou mais ainda. A vitória contra um combalido Marítimo não convenceu. E a derrota em Guimarães, parecia o cúmulo do inacreditável. Foi o pior início benfiquista da história do futebol português.
Depois, o Benfica acordou e conseguiu uma grande série de vitórias. Parecia determinado a “assustar” o Porto. Eis então que apareceu o Braga no caminho, e com um petardo de Mossoró, os Arsenalistas limaram de vez as chances de novo título encarnado, a ponto de Jorge Jesus, abdicar definitivamente de perseguir o líder nos jogos seguintes.
Clássico decisivo
Muito do êxito para a conquista do título portista passou pelo 5-0 aplicado no Dragão sobre o Benfica. O resultado quase destituiu Jorge Jesus e expôs a diferença das duas equipas, não pelo patamar técnico, mas na óptica da motivação e da eficiência. O FC Porto dominou o jogo como quis, e quando teve a oportunidade, raramente perdeu as chances.
Já no Estádio da Luz, no jogo do título, faltou novamente ao Benfica a motivação necessária. E tal qual no Dragão, o Porto foi extremamente eficiente. Ainda que com uma ajudinha de Roberto no lance do primeiro golo, os portistas atacaram o necessário para confirmar a vitória. Comandaram as acções e festejaram o primeiro campeonato de sempre no campo do grande rival para desgosto dos benfiquistas.
Sondagem
Para finalizar, deixo os resultados da sondagem do Aposta X, onde pedimos a vossa opinião sobre quem seria o campeão nacional. Como podem constatar, Porto e Benfica ditam larga margem dos demais concorrentes, com os portistas a vencer com quase 100 votos de diferença sobre os encarnados. A todos, obrigado pela vossa participação.
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Bem...á que dar merito...mas foi ajudado no inicio do campeonato!!
ResponderEliminartenho dito...saudações benfiquistas!!!
O campeonato do Porto este ano não tem discussão, tal como o do Benfica não teve na época passada. É verdade que o SLB teve a sua longa série de vitórias, mas com o FCP a não vacliar uma única vez, as coisas ficaram encaminhadas. Fez lembrar actualmente as corridas de Fórmula 1, quando o primeiro sai bem nunca mais larga o posto.
ResponderEliminarCumprimentos
O campeonato sem dúvida foi bem entregue O FC PORTO está a fazer uma grande época... não so internamente como na Europa...
ResponderEliminarhttp://futebolnoticia7.blogspot.com
Cumprimentos