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24 maio, 2011
Estádio de Wembley: A história do palco da final da Liga dos Campeões 2010/2011
Costuma-se dizer que existem duas Catedrais do futebol mundial, dois estádios que pelo seu simbolismo e pela sua história enriqueceram o palmarés dos mais ilustres clubes e selecções nacionais. Obviamente refiro-me ao Estádio de Wembley, em Inglaterra, e Maracanã, no Brasil.
Como todos já estamos "carecas" de saber, o Estádio do Wembey vai ser palco da final na Liga dos Campeões entre Manchester United e Barcelona, e será neste recinto mítico que vou pormenorizar as suas memórias, as suas finais europeias, e a sua renovação ao longo dos tempos.
Wembley sofreu uma enorme transformação desde a última vez que recebeu a final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em 1992, mas o novo estádio não perdeu o prestígio, mantendo o seu fascínio para adeptos e jogadores. As famosas torres deram lugar a um arco sobre o estádio, que foi totalmente reconstruído e é agora um dos recintos mais modernos e deslumbrantes do Mundo. Com capacidade para 90 mil pessoas, o novo Wembley reabriu as suas portas em 2007, e é novamente a casa da selecção inglesa e das finais da Taça de Inglaterra e da Taça da Liga inglesa.
Conhecido como a Casa do Futebol, Wembley goza há muito de um lugar privilegiado no futebol europeu, tendo recebido cinco finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus, mais do que qualquer outro estádio, assim como duas finais da Taça dos Vencedores das Taças. O AC Milan derrotou o Benfica por 2-1 na primeira final europeia em Wembley, em 1963, antes de o Manchester United se tornar no primeiro vencedor inglês da competição, novamente com uma vitória sobre o clube da Luz, por 4-1, após prolongamento, em 1968. Em 1971, o Ajax derrotou o Panathinaikos por 2-0 e ergueu o troféu pela primeira vez e, nas outras duas finais, o Liverpool derrotou o Club Brugge (1-0) em 1978, e o Barcelona alcançou o mesmo resultado contra a Sampdoria, em 1992.
O Estádio de Wembley original era conhecido como o Estádio do Império, e foi construído como peça central da Exposição do Império Britânico no final da I Grande Guerra. Apesar de só ter sido oficialmente inaugurado pelo Rei Jorge V a 23 de Abril de 1924, o recinto recebeu a sua primeira final da Taça de Inglaterra no ano anterior, quando cerca de 200 mil espectadores assistiram à vitória do Bolton sobre o West Ham, por 2-0. Esse jogo ficou conhecido como a "final do cavalo branco", já que o controlo da multidão foi exercido por polícia a cavalo.
O antigo estádio, que recebeu o nome do subúrbio londrino de Wembley, onde foi construído, seria o centro do futebol inglês até à sua demolição em 2000, para dar lugar à estrutura actual. Wembley recebeu os Jogos Olímpicos de 1948, e ainda a final do EURO 96, mas da perspectiva dos ingleses, o seu ponto alto foi indubitavelmente o dia 30 de Julho de 1966, quando Geoff Hurst marcou um "hat-trick" que ajudou a Inglaterra a vencer a República Federal da Alemanha por 4-2 na final do Campeonato do Mundo.
O estádio não foi apenas cenário de partidas históricas de futebol. Sediou, também, grandes concertos como os: Queen, U2, Tina Turner, Michael Jackson, Madonna, Oasis, Guns N’ Roses, Green Day, Pink Floyd, Bon Bovi, Foo Fighters, entre outras grands bandas e músicos. O recinto recebeu ainda jogos de outros desportos como rugby e futebol americano, este, em outubro de 2007, quando os New York Giants e Miami Dolphins enfrentaram-se num jogo válido pela NFL.
Todas as 5 finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus (Wembley)
AC Milan 2-1 Benfica (22 de Maio de 1963)
O Milan, treinado por Nereo Rocco, tinha no seu plantel nomes como Gianni Rivera, Cesare Maldini e Giovanni Trapattoni. Mas, na final contra o Benfica, quem se destacou foi José Altafini, que venceu o Mundial de 1958 com a Selecção Brasileira. Altafini, marcou os dois golos contra os encarnados.
Vencedor da Taça dos Campeões em 1961 e 1962, o Benfica, por sua vez, contava com "Rei" Eusébio. O Pantera Negra, inclusive, inaugurou o marcador para as Águias em pleno estádio Wembley. Mas, na segunda parte, Altafini garantiu ao AC Milan o primeiro título da competição para uma equipa italiana.
Manchester United 4-1 (ap) Benfica (29 de Maio de 1968)
Dez anos depois do desastre aéreo em Munique, em que sete jogadores do Manchester United morreram devido à queda do avião e ainda Duncan Edwards que faleceu duas semanas depois ao ficar gravemente ferido, os Red Devils conquistaram o seu primeiro título europeu. A equipa de Matt Busby não conseguiu ganhar um jogo fora em toda a campanha, por isso foi com algum conforto que defrontou o Benfica num estádio familiar, mesmo que tenha sido necessário esperar pelo golo de cabeça de Bobby Charlton, aos 53 minutos, para inaugurar o marcador. No entanto, Jaime Graça empatou para o conjunto português a 11 minutos do fim e o Benfica esteve perto de conseguir a vitória quando Eusébio obrigou Alex Stepney a uma defesa decisiva nos instantes finais. O avançado viria a arrepender-se desse falhanço quando George Best e Brian Kidd marcaram nos primeiros quatro minutos da primeira parte do prolongamento. A última palavra pertenceu a Charlton, um dos sobreviventes do desastre de Munique.
Ajax 2-0 Panathinaikos (2 de Junho de 1971)
Antes de implantar o futebol total na seleção holandesa, o treinador Rinus Michels usou a sua táctica no Ajax. A equipa de Amesterdão de 1971, que contava com Johan Neeskens e Johan Cruyff, disputou a final da competição com o Panathinaikos, treinado por Ferenc Puskás. Para os holandeses, era a hipótese da equipa esquecer a derrota no título europeu da época 1968/69, quando foi derrotada pelo AC Milan por 4-1. O Panathinaikos, por sua vez, já fazia história ao ser o primeiro grego a alcançar a final da Taça dos Campeões, feito até hoje nunca alcançado por outro clube da Grécia.
O Ajax suplantou o Panathinaikos graças a dois golos com 82 minutos de diferença: Dick van Dijk inaugurou o marcador logo a abrir, para Arie Haan selar o resultado final ao cair do pano.
Liverpool 1-0 Club Brugge (10 de Maio de 1978)
O Liverpool foi bi-campeão da Europa em 1978, ao derrotar o Brugge por 1-0 na final e tornou-se o primeiro clube inglês a conquistar a competição em dois anos seguidos. O autor do golo da vitória, foi apontado pelo actual treinador dos "reds" Kenny Dalglish, contratado no mesmo ano para substituir o craque Kevin Keegan, que tinha sido transferido para o Hamburgo.
Além de Dalglish, o Liverpool contava com outro escocês bem nos familiar: Graeme Souness. Já do lado do Brugge, a equipa depositava esperança no treinador Ernst Happel. O técnico austríaco jque á tinha sido vencedor da Taça dos Campeões com o Feynoord em 1970. A equipa belga eliminou Atlético de Madrid e Juventus a caminho da final.
Sampdoria 0-1 (ap) Barcelona (20 de Maio de 1992)
Foi a última época em que a competição chamou-se Taça dos Campeões Europeus e última vez que uma final foi disputada em Wembley, Barcelona e Sampdoria tentavam o seu primeiro título na competição maior.
Treinado por Johan Cruyff, o "Dream Team" do Barcelona era composto por Pep Guardiola, Zubizarreta, Stoichkov e Michael Laudrup. Já a Samp tinha Lombardo, Roberto Mancini e Gianluca Vialli como principais fontes de perigo. O internacional holandês Ronald Koeman acabou por fazer o único golo aos 112 minutos, num dos livres típicos que o celebrizaram, desfeiteando Gianluca Pagliuca.
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