29 março, 2010

Adeptos do Manchester United querem comprar clube


Muitos dos meus carissímos leitores já devem ter reparado que nos jogos do Manchester United em Old Trafford, os adeptos têm levado cachecóis com as cores verde e amarelo em detrimento do tradicional vermelho e preto. Esta simbólica acção, deve-se à grande insatisfação que sócios e simpatizantes dos red devils têm na actual gestão do clube, que pertence por maioria à família Blazer.

Apesar de ser um dos clubes mais ricos do Mundo, o Manchester United, que ganhou o campeonato da Premier League durante os últimos três anos, e que também garantiu a ‘Champions League' em 2008, tem actualmente dívidas de cerca de 709 milhões de libras.


Aqui aparece os Red Knights. Para quem não sabe, trata-se de um grupo de adeptos do Manchester United que tornou pública a intenção de arrecadar fundos para comprar o clube a familia Glazer. Não seria novidade, não fosse o facto de que o grupo de adeptos ser encabeçado por figuras influentes e poderosas, que podem muito bem ter dinheiro próprio para fazê-lo.

Keith Harris, a figura mais proeminente do grupo, é um ex-chefe-executivo da HSBC, e foi importante nas aquisições de West Ham, Aston Villa e Manchester City. Jim O’Neill, outro membro do grupo, é economista chefe do Goldman Sachs, um dos bancos que emprestou dinheiro aos Glazer para comprar o ManUnited. Mark Rawlinson é advogado e comentarista económico. Paul Marshall é outro do mundo das finanças. E, finalmente, Richard Hytner, é o principal executivo da Saatchi & Saatchi, um dos maiores grupos do mundo na área da publicidade. Hytner foi fundamental na formação do grupo que impediu que Rupert Murdoch comprasse o Manchester United em 1998.

Cinco pessoas influentes (milionárias), todos adeptos do United. Têm plenas condições de juntar o dinheiro necessário para fazer frente aos Glazer. Se conseguirem, será a primeira vez que os adeptos derrotam os capitalistas, fazendo a mesma jogada que os americanos (Glazer) fizeram para chegar ao colosso inglês. Para já, fala-se de uma oferta incial de 2,25 mil milhões de dólares! E um precedente importante e auspicioso.

Ainda sobre esta matéria, Owen Gibson, do Guardian online, mostra nesta matéria que existe um plano do governo inglês para dar mais poder aos adeptos. Os clubes teriam que ter pelo menos 25% de suas acções nas mãos dos adeptos/sócios.

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1 comentário:

  1. É nestas situações que se vêm os grandes clubes. Muitos falam em Portugal que gostavam que viesse um Messias qualquer da Rússia ou dos EUA salvar as situações dos clubes e abrir cordões à bolsa, mas depois o que fica é clube falido, e sócios sem qualquer tipo de decisão. Força MU!

    ps: força com o blog, tens aqui bom material para fazer uma bela "casa"

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